20 de nov. de 2024

ADÍLIA - INÉDITO

  Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=Qd1FT2bxdDM

Vídeo gravado em 2001 com a ex-cangaceira Adília, por Paulo Gastão, Ângelo Osmiro, Lemuel Rodrigues e Paulo Moura, onde ela conta fatos inéditos da época do cangaço. Alcino Costa estava presente nesse dia. Para participar da Expedição Rota do Cangaço entre em contato pelo e-mail: narotadocangaco@gmail.com Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / @cangacoaderbalnogueira   Parcerias: narotadocangaco@gmail.com #lampiao #cangaço #maria bonita #cangaceiros

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19 de nov. de 2024

A COBRANÇA

  Clerisvaldo B. Chagas, 19 de novembro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3. 148

Não era ônibus moderno, nem o trem, nem vans, era o caminhão bruto quem levava e trazia passageiros e mercadorias. Os mascates de Santana do Ipanema que davam feira em Olho d’Água das Flores, Carneiros, Pão de Açúcar, submetiam-se a esse único tipo de transporte. Assim, os caminhões partiam para as cidades circunvizinhas lotados de mercadorias para vender naquelas feiras. Os donos da mercadoria, isto é, os mascates, viajavam em cima da mercadoria, sentados em duas alas, pernas penduradas para fora da carroceria. A dureza da profissão fazia surgir tipos engraçados que também iam para feira levando tipos de jogos como negócios. Piadas gargalhadas, histórias curtas e divertidas, procuravam amenizar a tensão nascente do dia.

Representação Santana

Quando o destino era Olho d’Água das Flores, por exemplo, a jornada pela rodagem empoeirada, tinha estacionamento na divisa dos dois municípios onde havia uma casa de fundos voltados para rodagem e um grande pé de jasmim no terreiro. Ali, o proprietário do caminhão, o próprio motorista, fazia a cobrança subindo à carroceria e se equilibrando por cima de lona dobrada, caixas de tecidos, louças e tantos outros objetos. Registramos proprietários caminhoneiros como o senhor José Cirilo e Plínio, irmão de Eduardo Prazeres, dono de olaria. Clientela costumeira, sem problema algum, pagamento certinho, cobrança em lugar estratégico e jornada de volta.  Em tempos de inverno, às vezes, no retorno da feira, se pegava o valente riacho João Gomes com cheia violenta e ainda sem ponte. Pense na trabalheira infernal que entrava pela noite!

Essa gente representava os verdadeiros heróis do progresso que abasteciam cidades e municípios de tudo o que eles precisavam

para garantir azeitado o cotidiano. Tempo duro para quem era mole onde o futuro era ali mesmo na hora presente. Ah... E quando o rio Ipanema, também sem ponte, assustava os mascates com suas cheias descomunais! Entretanto, desafios sempre estiveram presentes no caminho da humanidade. Sem desafio tudo vira rotina e monotonia esfriando o caminheiro do planeta Terra. Mas, voltando aos heroicos tempos dos mascates, nunca conseguimos apagar da mente a parada da cobrança, na casa virada do pé de jasmim.

Assim é o caminhar da gente quando, de vez em quando, a vida pára e nos faz a cobrança.


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17 de nov. de 2024

MORTE DO CANGACEIRO BRIÓ.

 Por José Mendes Pereira

 

Como muitos sertanejos que saem das suas terras para outras, na intenção de adquirirem uma vida melhor, Zé Neco Camburanga e sua Bubu não foram diferentes desses outros, pois foram empurrados pela seca, deixando a sua velha morada na caatinga, e foram morar no Alto, bem pertinho da cidade de Poço Redondo, no Estado de Sergipe. Em suas companhias, foram sete amados filhos: Santo, Brió, Zé Neco, Maria, Lilinha, Conceição e Tereza.                

Zé Neco, influenciado talvez pelas roupas que os cangaceiros usavam ornamentadas, tempos depois foi para o bando, e lá no cangaço, foi apelidado de Demudado, aquele que morreu juntamente com Zé Baiano no massacre do coiteiro Antonio de Chiquinha, que juntamente com outros comparsas, tramaram a chacina. Mas antes de Demudado entrar para o cangaço, sua família presenciou a grande tragédia, o assassinato de seu filho, irmão Brió, pelos seus futuros companheiros, os cangaceiros.                       

Diz Alcino que o verdadeiro nome de Brió era Benjamim, um rapaz que levava a vida alegre e galhofeira. Era um bom e cativo frequentador de festas. Não perdia uma festa, um leilão, ou mesmo um grande forró de pé-de-serra. 

Certa vez, achou-se compromissado com uma moça chamada Maria, esta sendo uma bela jovem, filha de um senhor chamado Cândido Saturnino. Durante o ano, trabalhou com muita garra, no intuído de ir ao altar com Maria no final do ano que corria. Mas Brio não imaginava o que o destino lhe reservava.

https://www.adorocinema.com/filmes/filme-250626/

Nos finais de semana, Zé de Julião gostava de fazer bailes em sua casa, e em um desses, realizou um bailão, e toda a rapaziada de Poço Redondo estava presente para apreciar o toque e o tinir do triângulo e do pandeiro, agarrando-se a uma cabocla cheirosa e carinhosa.

O baile estava bastante animado sobre os efeitos da cachaça, dominava os dançadores no meio do salão.  Lá fora, a noite estava vaidosa, mas já dava sinais de que logo, logo iria embora, pois o dia não mais tardava chegar. De repente, um início de confusões desinquietou os dançarinos do forró. E quem eram os brigões? O noivo Benjamim, o Brió, havia dado uma grande tapa no rosto de um rapaz chamado Lameu. Em tempos longínquos, uma tapa na cara era uma das maiores desonras do sertanejo. Ou ela seria perdoada definitivamente, ou alguém morreria por isso. Mané Lameu, o seu filho tomou suas dores para si, trocando tapas, que com isso, obrigou muitos dançarinos abandonarem o salão. Todos tentavam apartar os brigões.                   

Zé de Julião, apesar de ter aconselhado os bagunceiros, como era muito amigo de Mané Lameu, ficou a favor deste, retirando a razão de Brió. E posteriormente, sentindo-se decepcionado com a atitude de Zé Baiano, Brió dizia por onde passava que podia esperar, que a cobrança seria cara. Não media o tamanho das palavras, forçando o povo a acreditar que iria entrar na volante de Zé Rufino, somente para se vingar. 

Tropa de Zé Rufino. Responsável pela morte Corisco em Barra do Mendes.Foto colorizada e retificada por Rubens Antonio.https://br.pinterest.com/pin/72128031512085854/

Estas ameaças de Brió eram dirigidas a Mané Lameu, e não para Zé Baiano. Brió andava conversando pelos cantos da boca. Melhor seria diminuir o tamanho das palavras ou pesá-la, para ter a certeza do tamanho e do peso. Brió estava dizendo aquilo, porque sabia que todos temiam a carrasca volante que era de Zé Rufino, e queria preocupar toda aquela gente. Mas antes desta confusão, ele já havia sido contratado por Zé Sereno.

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Nesse dia, os cangaceiros estavam nas Capoeiras, e naquela semana, já aguardavam a chegada de Brió para acompanhá-los. Mas por infelicidade do novo cangaceiro, o famoso Zé de Julião foi ao coito.  Não satisfeito com o que Brió tinha feito em seu baile, formando certas confusões em sua casa, fazendo com que os dançarinos fossem embora, e ainda por cima, boatando que iria entrar na força volante do tenente Zé Rufino, o famoso Zé de Julião contou aos cangaceiros todos os fatos do baile e as palavras ditas por Brió.      

Chateados, julgando uma traição, os cangaceiros tomaram uma solução de imediato. Matar Brió assim que chegasse ao coito.  Não iriam dar armas para um suspeito.  As intrigas que tantos males levavam para as famílias sertanejas, acabavam de desgraçar mais uma inocente vida, que com certeza, iriam levar péssimos resultados.  

Certo dia, pela manhã, Brió foi até à beira do riacho para pegar o seu animal que lá estava peado, em seguida dar início aos seus trabalhos rotineiros. Mas ele, em vez de ir buscar o animal, foi direto para o coito, já que era um esperado pela cangaceirada.

O tempo foi se gastando, o sol ficou a pino, e com o passar dos minutos, o pai da natureza foi-se embora, dando lugar a noite que alegremente ocupou o seu horário. E nada de Brió chegar. Brió não retornou para casa. Todos do lugar estranharam a sua ausência. Por onde anda Brió? Quem dá notícias de Brió? O que aconteceu com Brió? 

Zé Baiano e Zé Sereno eram primos do cangaceiro Mané Moreno, que na foto aparece do lado esquerdo. 

Os dias se passaram e em certa noite, o cangaceiro Mané Moreno e um dos seus bandoleiros, juntos, foram até a casa da mãe de Brió, a Bubu.  Com ansiedade, a velha recebeu notícias do filho. Mané Moreno disse que não se preocupasse, o moço viajara a serviço deles, e dentro de uma semana, retornaria. Felizmente o pesadelo que antes incomodava muito dona Bubu, acabou a partir dali.  Cheia de alegria, a velha preparou um gostoso e bem quentinho café e, satisfeita, ofereceu aos bandidos. Saciados aquela vontade de esquentarem o sofrido estômago, rumaram para a fazenda Propiá, onde iriam passar a noite dançando. Os Camburanga não imaginavam que o bandido estava mentindo, e que a verdade ainda não havia ocupado o lugar da mentira. 

Vamos até o coito? Não se preocupe, vamos com cuidado!  

O cangaceiro Juriti. É aquele que foi queimado pelas mãos do sargento Deluz dentro de uma fogueira.

No coito, só tinham sanguinários: Mané Moreno, Juriti e Zé Sereno. Brió, sem saber que estava caminhando para a morte, assim que chegou, foi imediatamente preso e condenado. Ao receber a voz de condenado, ficou sem saber o motivo da prisão. Ainda não tinha participado de combates, não havia traído nenhum deles, e ele tinha direito de saber o tamanho do castigo que estava recebendo. Mas o pobre Brió, não se lembrava das palavras pesadas que havia dito com o amigo de Zé de Julião, o Mané Lameu. Agoniado, perguntou:                              

- O que foi que eu fiz, gente? Eu vim para trabalhar com vocês e sou recebido dessa maneira?!                                                           

- Que trabalhar que nada, seu traidor! Você está querendo perseguir a gente? Quer ir para força para ser macaco, é, seu vagabundo?                                    

Brió percebeu que ali iria morrer. Aquela perseguição de corpo presente não era de brincadeira. Os homens estavam realmente com muita raiva dele. Ele sabia bem, que tinha conversado muito sobre a briga que ele teve com Mané Lameu. E quem teria dito lá no coito, que ele estava pensando em entrar na volante do governo? Os traidores só podiam ter sido Zé de Julião e a Gracinha, que eram muito amigos dos bandidos. Com certeza delataram as suas palavras desnecessárias.     

Mãe, pai e filhos do Zé de Julião - http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2021/01/ze-de-juliao-retratos-na-parede.html - Do acervo do escritor Rangel Alves da Costa.

Brió tentou meios de se salvar, mas não teve jeito.  E ao saber que não seria perdoado, faz um pedido, dizendo:                   

- Já que vocês vão me matar peço-lhes que não me matem enforcado e nem afogado. Matem-me com um único tiro. 

Brió já amarrado levaram-no para o outro lado do riacho do Brás. Juriti, perverso, resolveu enforcá-lo num galho de angico, só pelo prazer de vê-lo morrer de uma maneira que o infeliz pedira tanto que não o matassem dessa maneira. Brió, no momento em que os asseclas suspenderam-no para o colocarem em um dos ganchos que existia no angico, Brió ainda lutou para salvar a sua vida. Mas os asseclas o dominaram. Mesmo pedindo que não o executassem, enforcaram-no. 

Era o mês de fevereiro, do ano de 1935, que mais uma vida deixou de existir neste mundo de meu Deus. Brió estava morto.

Das virgens, esposa de Mané Lameu foi ela quem encontrou o corpo de Brió dependurado numa árvore em fevereiro do ano de 1935.

Diz Alcino Alves que dias depois, a mulher de Mané Lameu, Dona das Virgens, quando caçava umas cabras de leite que não tinha ido para o chiqueiro do Poço Dantas, viu uns urubus voando sobre um angico, chegou mais perto e então viu aquela figura humana dependurada. Correu e foi avisar ao pessoal do povoado. 

Muitos chegaram ao local, e, pesarosos, afirmaram que o corpo dependurado era de Brió. O infeliz estava com as calças arreadas até o tornozelo, com um paletó, o chapéu, a língua todo de fora e já muito deformado. Enterraram-no lá mesmo.  

Pesquisado em "Lampião Além da Versão - Mentiras e Mistério de Angico" - Alcino Alves Costa.                

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14 de nov. de 2024

CANGAÇO: SUPERSTIÇÕES DOS CANGACEIROS.

 

https://www.youtube.com/watch?v=b3KLv7aIGro

Referências: AS SUPERSTIÇÕES DO CANGACEIRO, E DE LAMPEÃO 𝐹𝑂𝑁𝑇𝐸𝑆: 𝐿𝑎𝑚𝑝𝑖𝑎̃𝑜, 𝐶𝑎𝑛𝑔𝑎𝑐̧𝑜 𝑒 𝑁𝑜𝑟𝑑𝑒𝑠𝑡𝑒 - 𝐴𝑔𝑙𝑎𝑒 𝐿𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑂𝑙𝑖𝑣𝑒𝑖𝑟𝑎; 𝑂 𝐼𝑛𝑐𝑟𝑖́𝑣𝑒𝑙 𝑀𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑑𝑜 𝐶𝑎𝑛𝑔𝑎𝑐̧𝑜 - 𝐴𝑛𝑡𝑜𝑛𝑖𝑜 𝑉𝑖𝑙𝑒𝑙𝑎 𝑑𝑒 𝑆𝑜𝑢𝑧𝑎. Imagens: .Lampião Aceso .Blog do Mendes e Mendes .Cariri Cangaço .Pinterest .Internet

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13 de nov. de 2024

DÚVIDA SOBRE O LEUCOMA DE LAMPIÃO - CANAL CANGAÇO EM FOCO

  Por Cangaço em Foco

https://www.youtube.com/watch?v=iOI7lxQHpaA

Vídeo interessante sobre a análise dos registros no qual lampião aparece sem o leucoma. CANAL CANGAÇO EM FOCO Pesquisador: Getúlio Moura

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11 de nov. de 2024

CAPELA ONDE LAMPIÃO FOI BATIZADO

  Por Helton Araújo

Capela Bom Jesus dos Aflitos, localizada na antiga vila de São Francisco, em Vila Bela, atual Serra Talhada, no estado de Pernambuco. Local onde Virgolino Ferreira, o Lampião, foi batizado em 03 de setembro de 1898, pelo padre José Antônio de Siqueira Torres, popularmente conhecido como Padre Quinca.

Padre Quinca era filho do Barão de Água Branca e enteado da senhora Joana Vieira Sandes, a Baronesa de Água Branca, que em um futuro não distante se tornou vítima daquele que foi batizado por seu enteado.

Nesse local, Lampião também fez sua primeira comunhão.

A capela Bom Jesus dos Aflitos, assim como toda Vila de São Francisco hoje estão debaixo de 311 milhões de metros cúbicos de água, submersas pela barragem de Serrinha, construída nos anos 90.

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8 de nov. de 2024

EU NÃO ENTENDIA

  Clerisvaldo B. Chagas, 8 de novembro de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.144.


Acho que eu poderia dizer que a barragem iinaugurada no rio Ipanema, em 1951, não teve muita utilidade, apesar do grande esforço do DNOCS, seu construtor. Sim, que foi um aproveitamento da construção da ponte (que até hoje serve), entretanto a alegação de que seria a barragem para abastecer d’água a cidade de Santana, não se mostrou eficiente na prática. Na época, Santana do Ipanema ainda não possuía água encanada e toda ela vinha das cacimbas do rio seco. Porém, vimos poucos caminhões pegando água na barragem. Quase uma raridade. A barragem servia mesmo para a pesca sem nenhum critério e, principalmente de farristas que saíam a pé do Centro da cidade, venciam os dois quilômetros até ali e iam beber debaixo da ponte.

Mas também não entendia sobre o açude do Bode, também construído pelo DNOCS, nos anos 50 com a mesma finalidade. Muito pequeno o número de caminhões que às vezes chegava para pegar água no açude. Contudo a cidade continuava, com mais de cem jumentos com ancoretas, abastecendo as residências com o líquido salobro das cacimbas do rio. Onde estava o erro? Como disse acima, não entendia o porquê? Praticamente ociosas essas duas importantes fontes de água, continuaram assim até a chegada da água encanada em 1966. A barragem foi assoreada pela chegada de areia grossa das constantes cheia do rio Ipanema. O açude do bode, nunca recebeu dragagem, pelo menos com alguma divulgação nunca teve.

Quanto a ponte sobre a barragem do rio Ipanema, continua com a mesma firmeza de quando foi construída. Acontece que nunca foi modificada em nenhum aspecto e a sua estreiteza não é compatível mais com o intenso tráfego Sertão – Alto-Sertão, bairros Clima Bom, Barragem – Centro. Uma loucura para carretas e pedestres. A quem apelar? A quem gritar? A lentidão com que o progresso chega ao interior é irritante. Há muito a ponte de rodagem de Dois Riachos foi substituída por uma nova. E por que continuamos com a ponte década do carro de boi? Olhe que estamos falando sobre uma das rodovias mais importantes de Brasil, a BR-316.

Continuo sem entender.

PONTE SOBRE O RIO IPANEMA (FOTO: LIVRO 230).

 


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