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27 dezembro 2025

DR. EDSON LEITE DUARTE.

  Por José Mendes Pereira - (Crônica 95)

 Foto de encontro da família Duarte - Segundo Miriam Duarte - Da esquerda para direita: Irmã Aparecida, Maria das Dores Duarte, Valderi Paula(esposo), Elizabete Duarte, Luzete Maia Duarte(Viúva de Manoel Duarte Filho- Manoel Gogó), Iracema Duarte (Viúva de Antônio Duarte), Bernadete Duarte, Ataulfo Fernandes, Conceição Duarte(-casada com Ataulfo), Pedro Leite Neto, Maria Zélia Pinto (esposa de Pedro Leite), Wilson Duarte, Vilma Duarte(esposa de Wilson Duarte), Theresinha Duarte(minha mãe-esposa de Edson Duarte), Edson Leite Duarte(Meu saudoso pai in memorian), Aldezira Duarte (esposa de José ítalo) e José ítalo Duarte (in memorian).

Existem pessoas que nunca fizeram nada por ninguém e nem farão, porque o mais importante é: fazer para si própria, adquirir para resolver os seus problemas, as suas necessidades, as dos outros, que cada um resolva sem convocar ninguém para ajudá-lo.

Mas o mais importante na humanidade é que: enquanto um se nega a fazer algo por alguém, outros estão ali, procurando, pelo menos amenizar os problemas dos outros sem olhar a quem.

No final da década de 60, do século XX, estendendo-se para o início da década de 70, eu ainda era interno da "Casa de Menores Mário Negócio", e vivia exclusivamente à custa do governo Estadual, e se, nós, internos éramos malandros, no bom sentido, muito mais era o governo estadual que nos sustentava sem nem ao menos, nós, batermos um prego numa barra de sabão, e tudo que os outros alunos como Railton Melo, Raimundo Feliciano, Jorge Braz, João Augusto Braz, eu e outros,  precisávamos, como roupas, alimentos, médicos, tratamentos dentários..., era dado pelo governo do Rio Grande do Norte.

Certa feita, precisando de tratamento dentário, à tarde, fui enviado pela diretora da instituição educativa, dona Ana Salem de Miranda (dona Caboclinha como era chamada, esposa de José Genildo de Miranda, que era radialista e fora vice-prefeito de Mossoró), até ao gabinete dentário do odontólogo Dr. Edson Leite Duarte, que funcionava no térreo do prédio da "Sociedade União de Artistas", localizado à Rua Coronel Vicente Saboia, centro de Mossoró.

Enquanto o Dr. Edson Leite Duarte fazia os trabalhos dentários em uma paciente, lá fora, do outro lado da rua, em uma calçada, escandalosamente, um senhor chorava sem parar um só instante. Os transeuntes que por ali passavam naquele instante, todos queriam saber o porquê daquele escândalo e derramamento de lágrimas. Logo a notícia saiu: o senhor que chorava no momento, sofria uma grande dor de dente.

Só como ilustração - https://depositphotos.com/br/photos/homem-com-dor-de-dente.html

E logo, o Dr. Edson Leite Duarte tomou conhecimento do pranto daquele homem, e mesmo com o seu jeito sério, abandonou a sua sala, e foi até ao local onde o homem chorão estava, e o trouxe para o seu gabinete.

Acabar no momento o sofrimento daquele homem era impossível, porque não se pode fazer extração de um dente quando ele está inflamado, mas o Dr. Edson Leite Duarte o tangeu para dentro do seu gabinete, posteriormente, o trouxe para a sala de espera, e mandou que ali, junto com nós pacientes, sentasse.

Não sei o que ele fez para evitar aquela dor tão infeliz naquele homem, mas, mais ou menos 20 minutos depois, o senhor dormia sentado sobre a poltrona. Acredito que foi medicado com um tranquilizante qualquer, já que ele permaneceu dormindo enquanto eu permanecia à espera para ser atendido. Ao sair do local, o homem continuava dormindo.

Parabéns, Dr. Edson Leite Duarte, tenho certeza que o senhor foi muito importante para Mossoró, prestando os seus serviços odontológicos à população.

http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com.br/2015/05/foto-de-encontro-da-familia-duarte.html

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26 dezembro 2025

EMBUSCA DO SINHÔ PEREIRA - O CHEFE DE LAMPIÃO.

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=jd7LZGLsDro

Professor Amaury conta como foi seu encontro com o chefe de Lampião, Sinhô Pereira. Para participar da Expedição Rota do Cangaço entre em contato pelo e-mail: narotadocangaco@gmail.com Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / @cangacoaderbalnogueira   Parcerias: narotadocangaco@gmail.com

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25 dezembro 2025

VISITE SEMPRE O BLOGDOMENDESEMENDES.

   Por José Mendes Pereira


Dos 5 blogs que eu administro, o mais visitado por 70% de países do mundo, é o http://blogdomendesemendes.blogspot.com - aproximando-se de Cinco milhões e quinhentos mil  visualizações. Acesse-o. É cangaço em geral. Desde o primeiro cangaceiro que foi José Gomes, o Cabeleira, até o último, que foi o cangaceiro Corisco. Cangaço é cultura. 

Muitas pessoas, quando estão em reuniões amigáveis, gostam de relatar as façanhas maldosas de Lampião, e para você conversar com segurança, faça um estudo cangaceiros neste blog e em outros. 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O CAPITÃO LAMPIÃO, ANTONIO FERREIRA E SEUS COMANDADOS, POR PURA VINGANÇA, BAGUNÇAM O ESTADO DE ALAGOAS.

 Por José Mendes Pereira

No ano de 1927, após sete anos das mortes de dona Maria Sulena da Purificação (morte natural - infarto), e seu pai José Ferreira da Silva ou Santos, este assassinado por arma de fogo, quase cinco meses faltando para uma possível invasão à Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, Lampião e seu mano Antônio Ferreira da Silva, resolveram intranquilizar o Estado de Alagoas, com permanentes invasões, usando o ódio e o  poder de vingança sem piedade, e eliminando vidas sertanejas inocentes, mas sem medo, responsabilizando o militar da Polícia de Alagoas, o tenente coronel José Lucena de Albuquerque Maranhão, maior desafeto policial de Lampião, por ter matado o seu querido e amado pai, enquanto o amado velho debulhava grãos em sua nova residência, no Estado de Alagoas. A maldade que haviam feito com o seu pai, assassinando-o sem motivo nenhum, porque o velho não tinha nada a ver com as suas desordens, o capitão Lampião e o irmão não pretendiam deixar impune. 

Tenente José Lucena responsável pela morte do pai de Lampião.

Se o militar José Lucena o procuravam para eliminá-los do solo sertanejo, que tivesse se embrenhados até as caatingas do nordeste brasileiro, pois era por lá, que eles e toda cangaceirada da sua "Empresa de Cangaceiros Lampiônica  Cia." estavam com redes armadas e cachimbos acesos nos coitos que faziam por lá, e não tivesse eliminada a vida de um senhor admirado no meio de toda vizinhança do sertão Pajeuense, principalmente em Vila Bela, nos dias de hoje Serra Talhada.

Vlla Bela/Serra Talhada

Um dos motivos das desordens dos irmãos naquele Estado alagoano era para mostrarem ao tenente coronel José Lucena, que a sua imagem como militar, não passava de um simples homem covarde e oportunista, por ter exterminado a vida de um senhor pacato, amigo respeitado por  toda gente daquela região que antes morava. 

José Saturnino inimigo nº 1 de Lampião.

O outro motivo, foi para cobrar do Zé Saturnino por ter usado a sua covardia contra o seu pai, quando antes, ambos, eram compadres, amigos e vizinhos de propriedades, fazendo o velho sair dali, às pressas, privando o direito dele, da sua esposa e de toda família serem felizes na sua amada terra, onde nasceram e se criaram, obrigando-os fugirem do querido chão pernambucano, e os empurrando para as terras que só as conheciam como passeio. 

Clique neste link e leia sobre a morte de José Ferreira da Silva..., e conheça Senhor Maurício Vieira de Barros,  o homem que enterrou o velho Ferreira https://tokdehistoria.com.br/tag/pai-de-lampiao/

Família de Lampião a começar pela avó dona Jacosa, inclusive ele.

Lá em Pernambuco, seu pai e os seus familiares, com saudades, deixaram para trás, tudo que haviam adquirido com muito trabalho e esforço: propriedade, agricultura, criações e principalmente, um baú de sonhos, sonhos e muitos sonhos que pretendiam tornar realidade. 

Não querendo que seus filhos continuassem na desgraça, seu José Ferreira da Silva achou que a solução seria abandonar tudo ali, e sem muita demora, vendeu tudo que possuía por um valor insignificante, ganhando como prêmio, um grande prejuízo. Que tamanha infelicidade provocada por um homem que um dia se dizia ser um grande amigo do seu pai! 

Mãe do Ferreiras Maria Sulena da Purificação

Lá, em Alagoas, os Ferreiras, filhos e filhas tiveram o desprazer de caminharem para assistirem o sepultamento da sua mãe dona Maria Lopes, que faleceu quase que de repente, enfartando. Sentindo bastante desrespeito do Zé Saturnino com o seu esposo, veio a óbito. 

Pai do Ferreira José Ferreira dos Santos

E com poucos dias que dona Maria Sulena da Purificação, a mãe dos Ferreiras partira para a eternidade, agora foi a vez  de levarem o pai José Ferreira dos Santos para enterrá-lo, porque fora assassinado pelas armas do famoso e perverso tenente José Lucena de Albuquerque Maranhão. 

No silêncio do seu “EU”, acho que o rei dizia que não tinha dúvida, que o principal culpado das suas desventuras, era o Zé Saturnino, por não ter assumido a sua desonestidade, quando o assecla viu peles dos seus animais na casa de um dos moradores da Fazenda Pedreiras. Se o fazendeiro tivesse assumido o feito, não teria sido necessário ele e seus irmãos viverem de correrias dentro das matas, tentando ocultarem-se das volantes que os perseguiam.

https://www.youtube.com/watch?v=lfjp7xxGoO4

O rei do cangaço, talvez, ainda se lastimava que todos os seus antes amigos, viviam passeando pelas redondezas do lugar, livres de perseguições, e diariamente aconchegados às mocinhas do povoado, frequentando festas e bailes. E enquanto os outros gozavam da liberdade, eles eram privados de participarem dos divertimentos que o povoado oferecia. Infelizmente, teriam que passar a vida inteira se amparando às árvores, castigados pelas chuvas, sol, poeiras, dormindo no chão, misturados com  insetos de todos as espécies, no meio de violentos tiroteios, tentando se livrarem dos estilhaços de balas. E na maioria das vezes, fome, fome, e muita fome, vivendo um horroroso sofrimento. 

Lampião e seu irmão Antônio sabiam que na região do Pajeú, todas as cidades dali, como Itapetim, Tuparetama, São José do Egito, Ingazeira, Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Flores, Calumbi, Serra Talhada, Floresta e Itacuruba, muitas os condenavam como homens perigosos, mas que todos que os julgavam como bandidos cruéis, entendessem o porquê das suas práticas criminosas. Fizeram simplesmente para defenderem o que lhes pertencia, e em prol das suas honras. Se eles não defendessem o que eram seus, com o passar dos tempos, todos iriam querer pisá-los como se nada valessem na vida.

Enquanto descansava sobre o chão dos seus coitos, Lampião ainda imaginava   que, se o Zé Saturnino não tivesse manipulado o tenente Zé Lucena para assassinar o seu generoso pai, quem sabe, talvez ele não tivesse se tornado um bandoleiro; e sim, um fazendeiro, um engenheiro, um rábula qualquer, ou outra coisa parecida. Ou ainda se casado com serra-talhadense e construído uma linda e maravilhosa família. 

E agora, depois de tantas decepções que os dois manos passaram, principalmente a dolorosa e sofrida morte do José Ferreira da Silva, como os irmãos Ferreiras se vingariam das maldades que fizeram contra eles?

Lampião e o seu mano Antônio Ferreira decepcionados e de cabisbaixas diante da vizinhança, e privados de tudo e de todos, já que não havia como assassinarem os causadores das suas declinações e morte do seu pai por armas de fogo, decidiram que o mais propício para amenizarem as suas dores e sofrimentos, seria fazerem invasões constantes no Estado de Alagoas, não importando com o tipo de atrocidade, vingando-se a maneira deles. Já que tinham perdido o respeito diante da vizinhança lá em Pernambuco, uma ou umas desordem a mais, não influenciavam nada.  

E a partir de 11 de janeiro de 1927, Lampião e Antônio Ferreira organizaram-se e com os seus comandados partiram para bagunçarem o Estado de Alagoas, a terra do tenente Zé Lucena, onde destruíam tudo que viam pela frente, não dando tranquilidade aos moradores sertanejos, e geralmente, rios de sangue ficavam escorrendo por onde os vingadores passavam. 

Adquira este livro "Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico" com o professor Pereira, através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

Informação ao amigo leitor:

Nesse período, Lampião tinha no cangaço apenas o seu irmão Antônio Ferreira da Silva, porque o Livino Ferreira, seu irmão, tinha sido assassinado no ano de 1925. Mas com poucos dias destas bagunças, o Antônio foi morto acidentalmente por balas. Veja vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=nXXlE_76gZU&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

O Ezequiel Ferreira da Silva, irmão do capitão Lampião, só entrou para o cangaço, quando o Antônio foi morto, e foi neste mesmo ano de 1927. Quem causou a sua morte foi o cangaceiro Luiz Pedro, um dos cangaceiros da velha guarda de Lampião.

https://www.youtube.com/watch?v=nXXlE_76gZU&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

Muitos fatos que aparecem aqui no texto que eu escrevi, são verídicos, mas outros, são apenas as minhas imaginações. 

Imaginar, não quer dizer que atrapalha a literatura lampiônica. Sendo para discordar do que foi escrito por pessoas que fazem os seus trabalhos com seriedades, eu sou a primeira  pessoa a protestar. 

Eu escrevo mais para cultivar a leitura sem atrapalhar os escritores, pesquisadores e cineastas encarregados de organizarem a literatura lampiônica. 

Não contrario e nem tão pouco tenho  conhecimento para guerrear contra estes catedráticos, no que diz respeito à literatura lampiônica. Eu sou como um cão que fica esperando pelo resto de comida do prato de quem come.

Lembrando também que são pesquisas do livro Lampião, Além da Versão - Mentiras e Mistérios de Angico do escritor Alcino Alves Costa.

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22 dezembro 2025

O CANGACEIRO VOLTA SECA PERDEU-SE QUANDO DISSE QUE TERIA VISTO MARIA BONITA VIVA. ENCONTROU-A EM UMA DAS SUAS FUGAS DA PENITENCIÁRIA DE SALVADOR, NO ESTADO DA BAHIA. E 33 ANOS DEPOIS, AFIRMOU QUE ELA MORREU JUNTA COM LAMPIÃO.

  Por José Mendes Pereira


Em 7 de abril do ano de 1948, Antônio dos Santos, conhecido no mundo do crime como sendo o cangaceiro "Volta Seca" (conferir no site no final da página), em entrevista à imprensa, declarou que Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita do capitão Lampião (informação sem fundamento), ela não morreu na madrugada de 28 de julho de 1938, quando aconteceu a chacina aos cangaceiros, na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, em terras de Porto da Folha, que atualmente é Poço Redondo. Segundo ele, ela estava viva, e que teria a encontrado em uma das suas fugas da Penitenciária de Salvador, no Estado da Bahia. 

Sou admirador do amigo Volta Seca, mas não posso acreditar no que falou, e acho que ele estava querendo aparecer de terno e gravata aos seus entrevistadores, por ser uma informação sem fundamento.

A foto não tem o nome da pessoa que a coloriu, então eu não vou ariscar de quem seria o trabalho artístico.

Para você leitor, que quer saber da verdade, é que no ano de 1973, quando o cangaceiro foi entrevistado pelo jornal "O Pasquim" tendo os seguintes jornalistas: Jaguar, Millôr, Ziraldo, Aparício e Sérgio Cabral, ele disse que Maria Bonita gostava tanto do capitão Lampião que findou morrendo junta com ele. 

Veja o depoimento do cangaceiro "Volta" Seca aos jornalistas que eram de "O Pasquim".

(...) 

"Volta Seca" interpretando as palavras de Lampião e Maria Bonita.

No caso, seria Lampião e Maria Bonita conversando no primeiro encontro em Malhada da Caiçara, segundo o site dito pelo o cangaceiro, ela insistindo que a levasse para participar do cangaço, e ele sempre a aconselhando que não dava certo. Vamos ouvir o casal conversando:

(...)

- Bom, o seguinte é esse, você não pode ir comigo, minha vida é a pé, é a cavalo, é de todo jeito, é pelos matos... - Disse Lampião. 

Maria Bonita insiste dizendo-lhe: 

- Eu vou também!

E o capitão Lampião rebate novamente: 

- Mas eu posso morrer hoje, amanhã...

Maria Bonita novamente teimava:

- Eu morro junta com você. Mas num lhe deixo mais.

E num deixou mesmo, terminou morrendo junta com ele mesmo. - Palavras do "Volta Seca". 

E por que o cangaceiro "Volta Seca" desmentiu ele mesmo, quando afirmou aos jornalistas, que em 1948 Maria Bonita estava viva, porque  havia se encontrado com ela  em uma das suas fugas da Penitenciária de Salvador, no Estado da Bahia? 

Dona Cyra Britto e o capitão João Bezerra da Silva

No dia 11 de abril do ano de 1948, o capitão João Bezerra da Silva, Militar do Estado de Alagoas, nascido  no ano de 1898, e faleceu em 1970, que foi o chefe da operação da Grota do Angico, em Poço Redondo, no Estado de Sergipe, tendo sido ele que desmanchou o coito dos cangaceiros  da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia.", eliminando 11 cangaceiros, incluídos na chacina os reis do cangaço, o capitão Lampião e sua amada Maria Bonita; o capitão militar desmentiu a declaração de "Volta Seca" que Maria Bonita não fora morta junta com os outros bandoleiros. 

Disse o militar: 

“Não atino porque "Volta Seca" vem agora (dez anos depois) com essa invencionice”.

O capitão João Bezerra da Silva tinha toda razão de desmentir quem não cumpriu com a sua palavra firme e real. O Volta Seca deixou de ser um elemento confiável no que diz respeito à entrevistas. Com esta, não há dúvida que ele foi o primeiro a inventar que Maria Bonita e Lampião escapou da chacina de Angico, apesar dele não falar o nome do rei do cangaço no seu depoimento

você amigo leitor, para não ficar com uma pulga detrás da orelha, e achando que eu estou com invencionice, assim disse o capitão João Bezerra da Silva com a confirmação mentirosa do cangaceiro Volta Seca, confira cuidadosamente nos sites abaixo. E se não quiser ler o texto por completo da entrevista que cedeu o "cangaceiro Volta Seca" ao "Jornal O Pasquim", procura a parte de Maria Bonita. A entrevista é muito extensa, e onde fala nela é mais próximo ao final da página.

Veja bem: Em 1932, o cangaceiro "Volta Seca" foi preso. E na madrugada de 28 de julho de 1938, Maria Bonita foi assassinada na chacina da Grota do Angico, e nesse intervalo entre 1932 a 1938, período de seis anos, anos da sua morte, o facínora não teria se encontrado com ela, por ser ainda a companheira do capitão Lampião, e jamais  ela abandonaria o seu marido para andar sozinha por aí, principalmente pelas ruas das cidades de Salvador na Bahia, ou em qualquer outro Estado. 

De 1938 até o ano de 1951, este último ano em que o "Volta Seca" foi solto, de forma alguma teria encontrado a rainha Maria Bonita em lugar nenhum. A companheira do perverso e sanguinário capitão Lampião já estava morta". O amigo Volta Seca quase se tornava num embusteiro.

Eu sou um amigão do cangaceiro Volta Seca e já que não tem mais jeito de serem só coisas da paz",  tenho muita admiração pelas suas aventuras, mas ele desmente a si mesmo, quando em 1948 afirma que teria se encontrado com a cangaceira em uma das suas fugas da Penitenciária de Salvador. E em 1973, 33 anos depois que havia afirmado ter visto a rainha do cangaço, ele disse aos repórteres do jornal "O Pasquim" que Maria Bonita morreu junta com o capitão Lampião. 

Prova que alguns deles que participaram da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia." diziam o que bem queriam aos entrevistadores, isto é, alguns puxavam a sardinha para o seu prato, e muito lamentável que tentavam criar as suas histórias cabeludas. Mas ainda acreditamos que no meio dessa gente teve cangaceiro que fez o seu papel como depoente e com muita responsabilidade, só informando o que ocorreu no cangaço com seriedade. Um deles, segundo o cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira e outros pesquisadores famosos e de responsabilidades,  Manoel Dantas Loyola, o cangaceiro "Candeeiro" era um homem sem mentiras. Só falava a verdade.

Morre Candeeiro, último integrante do bando de Lampião - Jornal O ...
Cangaceiro Candeeiro

Manoel Dantas Loiola no cangaço era conhecido como Candeeiro, e era pernambucano de Buique. Nasceu em 1916 em Buíque e faleceu em Arcoverde em 24 de julho de 2013. Foi um cangaceiro integrante do bando de Lampião. 

Entrou ao cangaço quando a fazenda onde trabalhava no Estado de Alagoas foi cercada pelo bando de Lampião. Recebeu do próprio comandante o seu apelido, ao se destacar num combate em Angico, em 1937. Sua principal missão, porém, era entregar cartas aos comerciantes para exigir pagamentos. Também era conhecido como Seu Né.

O cangaceiro Candeeiro faleceu  aos 97 anos, em um dos hospitais em Arcoverde, onde havia sido internado depois de sofrer um derrame. Deixou esposa e cinco filhos.

Aqui estão os links à sua disposição leitor, os quais são sites famosos e de responsabilidades. Então clique neles para conferir o que eu falo sobre as informações meio sem graça dadas pelo o ex-cangaceiro "Volta Seca". 

As provas estão nos sites, mas lembrando que o que eu escrevi não tem nenhum valor para a literatura lampiônica. São apenas as minhas inquietações. 


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20 dezembro 2025

MORRE LINDOMAR CASTILHO, REI DO BOLERO CONDENADO POR FEMINICÍDIO.

 Por Tâmara Freire - Repórter da Agência Brasil

Publicado em 20/12/2025 - 12:10

Rio de Janeiro

Morreu neste sábado (20), aos 85 anos, o cantor Lindomar Castilho, conhecido como o Rei do Bolero. Além de ser lembrado pelos sucessos da década de 70, Castilho também protagonizou um dos crimes de feminicídio mais emblemáticos do país, quando assassinou a tiros a ex-mulher e também cantora Eliane de Grammont. Após o crime, foi condenado a 12 anos de prisão.

https://www.youtube.com/watch?v=m386p4nY19Y

A informação sobre a morte do cantor foi dada pela filha dele, a coreógrafa Lili de Grammont, por um post nas redes sociais. Ela, no entanto, não divulgou informações sobre a causa ou o local de óbito. Castilho vivia em ostracismo, desde que deixou a prisão, na década de 90, mas gravou um álbum ao vivo nos anos 2000.

https://www.areavip.com.br/famosos/filha-de-lindomar-castilho-relembra-assassinato-da-mae-ao-falar-sobre-a-morte-do-pai/

Lili, filha de Eliane de Grammont com Castilho, comentou sobre o crime em seu post de despedida. “Meu pai partiu! E como qualquer ser humano, ele é finito, ele é só mais um ser humano que se desviou com sua vaidade e narcisismo. E ao tirar a vida da minha mãe também morreu em vida. O homem que mata também morre. Morre o pai e nasce um assassino, morre uma família inteira”. Ela estava com apenas 2 anos de idade, quando perdeu a mãe.

“Diante de tudo isso, desejo que a alma dele se cure, que sua masculinidade tóxica tenha sido transformada”, escreveu ainda a coreógrafa. 

Carreira e feminicídio

Lindomar Castilho nasceu Lindomar Cabral, na cidade de Rio Verde, no estado de Goiás, em 1940. Gravou seu primeiro álbum Canções que não se Esquecem, em 1962. Logo começou a fazer sucesso cantando boleros e sambas-canções.

Na década de 70, era um dos maiores vendedores de discos no Brasil e passou a ter seus discos lançados também nos Estados Unidos. Seu maior sucesso é a música Você é doida demais, que foi tema de abertura da série de comédia Os Normais, da TV Globo.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Eliane_de_Grammont

Castilho conheceu Eliane de Grammont, à época uma cantora em início de carreira, nos corredores da extinta gravadora RCA. Casaram-se em 1979 após dois anos de namoro, e logo tiveram a única filha, Liliane.

O casamento, no entanto, acabou no ano seguinte, por causa da agressividade de Castilho, que tinha constantes crises de ciúme, agravadas pelo alcoolismo; ele não aceitava o divórcio.

https://www.youtube.com/watch?v=LZ9Ubz_c1Vo

Em 30 de março de 1981, o cantor matou Eliane com cinco tiros nas costas, quando ela se apresentava na casa de shows paulista Café Belle Epoque, em São Paulo, ao lado do seu namorado, Carlos Randall, também atingido por um dos tiros. Castilho foi preso em flagrante. O julgamento, em júri popular, o condenou a 12 anos de prisão.

 https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2025-12/morre-lindomar-castilho-rei-do-bolero-condenado-por-feminicidio#:~:text=Morreu%20neste%20s%C3%A1bado%20(20)%2C,como%20o%20Rei%20do%20Bolero.

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UMA HISTÓRIA DE TRAIÇÕES PARA OS NOSSOS LEITORES APRECIAREM.

 Por José Mendes Pereira

História baseada em fatos reais.

Marília Pascoal Lira de Souza nasceu no amado chão mossoroense e era filha de Adailton Gomes de Souza e Esterlina Pascoal Lira de Souza. Apesar de ser de classe baixa, aos cinco anos de idade foi matriculada em uma escolinha que era destinada para filhos de pessoas de classe alta. Desde que começou a tomar conhecimento das coisas do mundo, Marília percebeu que a sua mãe não respeitava o seu amado pai. Quase todos os dias, quando o Adailton saía para trabalhar, e eles, filhos, estavam na escola, Esterlina sua mãe convidava um dos seus amantes, e lá no seu quarto, sozinhos, faziam a festa de traição. Mas como ainda era uma criancinha, era obrigada engolir aquilo sem querer enfrentar para cobrar da mãe o respeito como mulher.

Mas aos 12 anos de idade não deu mais para Marília sustentar a barra e, vez por outra, já enfrentava a mãe, exigindo dela o respeito conjugal com o seu pai, porque o que ela fazia, era ridículo para a sociedade, para eles, para o inocente pai, e muito mais para ela. Como feminina e casada, tinha obrigação de respeitar o esposo e a si mesma. Mas a dona Esterlina não tinha compromisso com a responsabilidade conjugal. Para ela, Marido era apenas uma pessoa encarregada de colocar comida em casa, comprar roupas, pagar papel de luz e água, enfim, pagar todas as contas que aparecessem no decorrer do mês como se fosse um burro de carga.

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Marília tinha mais dois irmãos. O Jorge Pascoal, o Jorgito como era chamado, o mais velho de 16 anos, e o Paulo Pascoal, com 15 anos apenas. Vendo o desrespeito da mãe, Marília começou incentivar os irmãos para tentar interromper aquele desrespeito da mãe contra o seu pai. Ela e eles já viviam de cabisbaixa no meio da vizinhança, porque todos já tinham tomado conhecimento, e viam as marmotas praticadas por ela, isto é, a infidelidade da mãe dentro do seu próprio lar contra o pai.

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Certo dia, pela manhã, Marília sem receio, fortemente discutiu com ela e, até a ameaçou de contar tudo ao pai o que ela fazia, caso continuasse com o seu escandaloso adultério. Mas a mãe nem se importou com que dissera a filha Marília, porque sabia muito bem que o esposo era um verdadeiro bobão. Tinha muita confiança nela, e jamais ele iria acreditar nela ou nos outros dois irmãos. Marília bem decepcionada com a mãe que tinha, disse-lhe:

- Você nem imagina a vergonha que meus irmãos e eu temos de você, em sabermos que a nossa mãe é uma prostituta das mais vagabundas que existem.

A mãe não gostando da maneira como ela frisou as palavras contra si, tentou repreendê-la:

- Você me respeite que eu sou sua mãe! E não admito que venha...

- Se você prestasse eu não diria - atalhou Marília – mulher do seu tipo é mais vagabunda do que se espera. A partir de hoje você deixou de ser minha mãe, aliás, nossa mãe, porque meus irmãos e eu temos vergonha do seu ridículo comportamento. Aqui no bairro a gente só anda de cabisbaixa por causa do seu desrespeito com papai. Infiel!

No dia que debutou, festejando com as colegas, Marília promoveu a sua festa e não quis a presença da mãe em seu maior desejo, que era comemorar o seu dia de debutante com as amigas. Mas no momento em que se divertiam, a mãe entrou com um bolo de alto custo, e vinha caminhando para pô-lo sobre a mesa onde estavam os bolos para a recepção. Ao vê-la chegando com o bolo em mãos, Marília fingiu recebê-lo, e assim que se apoderou dele, jogou na cara da mãe, expulsando-a do recinto. Marília tinha criado uma espécie de nojo da mãe.

Mas não precisou que Marília e os dois irmãos contassem ao pai o pouco respeito que tinha a sua esposa, porque, posteriormente, ele tomou conhecimento que ela mantinha relacionamentos extra conjugais. Enfurecido, Adailton obrigou-a confirmar as suas traições, colocando um revólver em seu ouvido. Assim que ela o confessou, Adailton não teve coragem de apertar o gatilho da arma, e de imediato, entregou a arma a ela e exigiu que ela o matasse. Mas se ele que era o único prejudicado não apertou o gatilho para matá-la, por que ela tinha que o matar? E devolvendo a arma a ele, a adúltera entrou no quarto e se trancou. Lá, Esterlina pôs-se a pensar e depois se perguntando. Por que trouxera aquela sina de trair o seu marido? Um homem bom para ela e para os três filhos. Tudo que ele ganhava em seu trabalho era entregue em suas mão para fazer o que bem entendesse. E por que o traía? Só saía sozinho para ir à casa de um amigo ou jogar dominó lá no bar do Rocha, e lá, todas as paradas eram valendo, mas um valor insignificante que não fazia falta em sua casa.

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Ao entardecer, quando deu sinal de viva o esposo já estava em casa e jogou-lhe o pedido de perdão, prometendo-lhe que se ele deixasse de falar o acontecido, não mais o trairia. Iria ser a sua esposa para sempre.

Mesmo decepcionado, Adailton aceitou o pedido, e continuou dentro de casa como se o casamento estivesse caminhando muito bem. Ele já sabia de tudo e a partir daquele dia, ela o prometera que iria ser fiel e não o trairia mais de jeito nenhum. As coisas andavam bem. Adailton no trabalho, tinha certeza que ela estava cumprindo o que lhe prometera.

Não era um casal que dissesse, que felicidade! Mas aparentemente, não deixava transparecer o ódio do marido. Ele fingia que tudo corria muito bem, só para não deixar os três filhos infelizes.

Meses depois, mesmo tendo sido traído pelo seu cônjuge, Adailton estava mais ou menos se sentindo feliz, porque a esposa nunca mais tinha faltado com o respeito. Saía quando precisava e vinha na hora certa, sem nenhum desvio de caminho para praticar adultério contra ele. Mas mesmo ela conservando o respeito, vez por outra, sempre ele tentava acompanhar os seus passos em segredo. No trabalho o Adailton fazia planos para manter o casamento firme e principalmente, cuidar da formação educacional dos três filhos que muito estimavam.

Marília já se pusera moça formosa e já tinha feito a festa de debutante. Uma mocinha atraente e de bom comportamento, e ainda não dava a mínima atenção aos seus pretendentes que enfileirados passavam de 10. Só iria amar um jovem para se casar após os 25 anos de idade, quando a sua cabeça estivesse feita por completa. Não queria escolher qualquer um, só aquele que o seu coração desejasse. Não iria casar só por casar para fazer o que a sua mãe fazia com o seu pai, traindo-o quando ele estava nos afazeres da empresa que tinha carta assinada e com todos os direitos protegidos pela CLT. Era jovenzinha, mas a sua formação de feminina de caráter e de futura mulher, trouxera do berço. Jamais iria decepcionar o seu futuro cônjuge.

O Jorge, o filho mais velho do casal já estava pronto para o trabalho, e até desejava ser no futuro um  policial admirado dentro e fora da corporação. Profissão que o pai sempre batia nesta tecla, que ser policial era um risco de vida, e tinha tido alguns amigos que foram embora desta vida muito cedo, assassinados por bandidos, enquanto tentavam cuidar da população. Muito bonito o uniforme da polícia, mas aquele ofício era um caminho para a morte. Policial sai de casa para o trabalho, mas não sabe se vai voltar com vida.

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O Jorge já estava preste a concluir o 2º. Grau, e caso não fosse usar o uniforme policial, tentaria ser músico, uma das profissões que guardava em sua mente como segunda opção. Já tinha uma namorada fixa, aliás, a primeira em toda sua vida de jovem, e andava em sua casa duas vezes por semana, e sempre fora bem recebido pelos seus pais e familiares. Tivera contatos, não namoro, com outras donzelas, mas não chegou a sentir amor por nenhuma delas. Mas era um jovem tímido, e a causa desta timidez, nascera quando tomou conhecimento do desrespeito da mãe, quando  manchara a honra do seu pai.  

O Paulo de 15 anos, ainda não havia namorado, porque dedicara-se totalmente aos estudos. Queria ser alguém na vida, e namoro é um passo para o jovem deixar de pensar nos seus ideais. Sabia que um dia teria que colocar uma donzela no seu caminho, ou aliás, na sua companhia, mas por enquanto, não, e temia herdar algo do pai em relação a amor, quando fora traído pela sua mãe. E não tinha certeza se suportaria ou não, se caso um dia soubesse que a sua esposa estava o traindo. O mais correto seria, por enquanto, não se preocupar com namoro de forma alguma. 

Apesar dos pesares, vendo o bom comportamento da mãe, os filhos entraram em acordo que, precisavam analisar e perdoarem o que antes ela tinha feito com o seu pai, e era preciso urgente uma aproximação dos três, isto é, tentarem reconquistá-la, porque só assim, fariam o pai ficar mais feliz ainda. Viam que todas as tardinhas, quando ele chegava do seu emprego e falava com eles, o sorriso na face era do canto da boca ao outro. Então, reconquistá-la era preciso, e sem demora para que a felicidade do pai ficasse implantada em seu rosto. Se ele estava feliz, eles também estariam.

Os dias foram se passando e na certeza que a sua esposa não mais estava o traindo, o Adailton deixou-a a vontade. Depois de tudo que acontecera, agora era preciso manter uma espécie de confiança, já que ela o prometera que não o trairia mais. E a partir dali, o Adailton não mais pegava no seu pé, e ela podia ir para onde quisesse, praias, chopins,  churrascarias etc, mas numa condição: amantes que tivera antes, jamais poderiam  estar em sua companhia, ao seu redor, isto  pensava o Adailton sem nunca ter falado para ela. Assim como ele que saía de casa a hora que desejava igualmente o retorno, porque ela tinha que ficar ali presa, como se fosse um pássaro engaiolado só comento e bebendo? Se ele tinha direito a amigos, a Esterlina também tinha direito de ter as suas amigas.

Mas mulher quando perde o seu respeito de fiel é difícil de se acreditar mais. O Adailton sabia demais que a mulher tem três sentidos: faz, diz e nega, e o homem tem cinco. Dois errados e três perdidos. 

A mulher faz, diz a sua amiga, e quando a amiga conta para a amiga, ela  nega com todas letras. Já o homem é totalmente diferente e perde para a mulher, porque os cinco sentidos que ele tem, dois são errados e os outros três últimos são perdidos. Então a mulher é sempre a beneficiada e poderosa.

Assim que o Adailton abriu espaço para liberá-la e confiando desconfiando ao mesmo tempo, a Esterlina começou a querer voltar aos velhos tempos de traição. Agora não era mais aqueles amantes de antes que os levava para casa, e lá, praticava o adultério contra o seu marido. e sim, jovens com mais ou menos de 20 a 25 anos. O salto para o outro galho é que, saindo com eles acreditava que se caso o Adailton o visse com algum rapaz desta idade, jamais iria pensar que ela estava de caso com jovem que tinha idade para ser seu filho.

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Certo dia, já ao entardecer, em uma rua que passava todos os dias quando ia  e vinha do trabalho, o Adailton percebeu que uma mulher tendo os traços e uniformes da Esterlina, seguia à frente acompanhada com um jovem. O Adailton acelerou o carro para chegar mais rápido, fazendo uma espécie de corte para alcançá-la, e ver se na verdade era ela. Naquele dia ele se enganara. Não era a Esterlina, e pôs-se a pedir perdão a Deus, porque estava blasfemando contra a sua companheira.

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O casal continuava bem, mas o Adailton sempre estava sentindo que uma pulga cochichava em seu ouvido, que Esterlina não estava cumprindo o que lhe prometera, que não mais o trairia. Mas enquanto não visse a sua infidelidade, não tinha como reclamar dela. O certo era aguardar sem falar nada. Suspeitava, mas por enquanto, para isso, os seus olhos estavam totalmente cegos, só a sua mente que não queria ficar quieta.

A Marília e os dois irmãos já suspeitavam que a mãe havia voltado ao velho e vergonhoso tempo passado, porque, certo dia, quando eles pegaram um táxi que vinham de um Shopping, viram a mãe em uma rua que não era do costume nem dela e nem deles passarem por lá. Ela vinha acompanhada de um jovem de pouca idade. Mas ao chegarem em casa, ficaram aguardando a chegada da Esterlina. E assim que ela pôs os pés dentro de casa, os três filhos se revoltaram contra ela, usando as mais baixas palavras para ela. Vendo o desconforto entre os filhos, ajoelhou-se diante deles, pedindo perdão pelo seu mal comportamento. Mas eles não a perdoaram de forma alguma. 

A confusão só terminou quando o pai chegou em casa e ao entrar, nenhum deles teve coragem de repassar para o pai, que a mãe havia voltado usar os seus escândalos contra ele. E ao cumprimentarem o pai, cada um tomou rumo para o seu quarto. Lá no quarto, a Marília ficou encucando se contava ou não ao pai. Imaginou que se ela contasse e se ele a  agredisse, poderia acontecer um assassinato. 

Felizmente, o pai quando chegou em casa não deu para saber o que significava aquela discussão. E de imediato, chamou a esposa e pediu o seu jantar. Ela foi às pressas fazer. Mas Esterlina estava meio cismada, temendo que a Marília contasse ao pai, o seu desrespeito para com ele. E assim que pôs o jantar, convidou-o à mesa, e em seguida, foi ver um pouco alguns programas de televisão. 

Adailton não tinha muita certeza que a mulher estava quietinha, isto é, sem amores. E, nessa noite, os filhos saíram para a praça. Ele foi ao encontro dos amigos que ficavam em um bar para  jogarem cartas e dominós. E enquanto ele se divertia, a Esterlina fez convite a um dos seus amores jovens, que fosse até à sua casa, porque ela estava só. Quando os filhos saíam, demoravam bastante, passeando lá pela praça, igualmente o Adailton que permanecia por um bom tempo por lá. 

Mas nesse dia o  Adailton voltou logo, porque não encontrara no bar os amigos. Tinha havido um assalto e o proprietário naquela noite resolveu fechar as portas do ambiente cedo. 

A Esterlina não esperava que seu esposo chegaria cedo. E ao entrar, a viu sobre a sua cama em demasiados amores. O Adailton não suportando aquela cena, mandou que o jovem se levantasse, vestisse a roupa e fosse embora, mas a Esterlina ficaria deitada para pagar o seu feito. E arrastando o revólver, atirou 6 vezes à queima-roupa, deixando-a no meio de um lençol de sangue. Não deu nem tempo para a Esterlina pedir ao esposo traído o perdão. O Adailton foi preso, e sim, absolvido, pois Marília e os irmãos foram suas testemunhas de defesa, o que facilitou o processo.

Após alguns anos, o Jorge foi morar em outro Estado do Brasil e por lá,  incorporou na polícia e nunca mais deu notícia para os seus familiares maternos que ficaram todos contra eles, por terem ficado ao lado do pai. O Paulo obteve sucesso nos clubes de futebol. A Marília casou-se e teve filhos. Vivia de vendas ambulantes. O pai casou-se novamente e foi muito feliz com a nova esposa. 

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