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30 de mar. de 2019
DURVAL ROSA LEVOU A VOLANTE AO COITO DE ANGICO LOCAL MORREU LAMPIÃO.
Vídeo do Aderbal Nogueira
Publicado em 25 de mar de 2014
Durval Rosa irmão de Pedro de Cândido fala sobre Antonio Jacó, João Bezerra e um pouco sobre o combate de Angico. O vídeo está escuro porque faltou energia na cidade durante a gravação.
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EDIÇÃO ESPECIAL DA REVISTA ITAYTERA: 10 ANOS DE CARIRI CANGAÇO
Por Manoel Severo
José Flávio Vieira, Manoel Severo, Emerson Monteiro e Heitor Feitosa Macedo
Aconteceu na noite da última sexta-feria; dia 22 de março; no Hotel Encosta da Serra em Crato, reunião que definiu a importante parceria entre o Instituto Cariri do Brasil, detentor da marca Cariri Cangaço e o ICC-Instituto Cultural do Cariri. O encontro contou com a participação do curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo e Ingrid Rebouças, com o presidente do ICC, pesquisador e escritor Heitor Feitosa Macedo e Clarissa Norões; do pesquisador e escritor Emerson Monteiro e ainda do escritor José Flávio Vieira e Fabiana Vieira.
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Na oportunidade consolidou-se o lançamento no próximo mês de julho de uma Edição Especial da Revista Itaytera em comemoração aos 10 Anos do Cariri Cangaço. "Será uma edição especial celebrando os 10 anos do Cariri Cangaço, uma revista com mais de 200 páginas somente com a temática cangaço" revela Heitor Macedo, presidente do ICC. "O ICC é parceiro de primeira hora, desde nosso primeiro seminário, ainda em 2009 que estamos juntos e hoje testemunhar a edição da respeitada e prestigiada Itaytera celebrando nossos 10 anos é uma honra sem tamanho" diz Manoel Severo.
José Flávio e Fabiana Vieira, Manoel Severo e Ingrid Rebouças,
Heitor Feitosa Macedo e Clarissa Norões e Emerson Monteiro
O lançamento da Edição Especial da Revista Itaytera 2019 acontecerá na noite de abertura do Cariri Cangaço - 10 Anos, que se realizará no próximo dia 24 de julho de 2019 na cidade do Crato, no Ceará. "Hoje confirmamos neste encontro com o Heitor, o Emerson e o Zé Flávio, a efetivação de entendimentos que nasceram ainda no começo de 2017 quando junto com o Emerson Monteiro pensamos a possibilidade de uma edição especial da Itaytera em nosso aniversário de 10 anos reunindo grandes escritores e temas nordestinos, fato que hoje se concretiza" conclui Manoel Severo.
Capa da Revista Itaytera nº 1 Montada nos moldes das revistas dos institutos históricos da França e também do Brasil, a Itaytera se tornou fonte de pesquisa histórica, pois além de reunir artigos importantes de pesquisadores como Irineu Pinheiro, Padre Antônio Gomes de Araújo e José de Figueiredo Filho, tinha em suas páginas dados e crônicas sobre exercícios do instituto, da municipalidade entre outros.Hoje item raro e peça de coleção em suas edições mais antigas, a Itaytera está restrita a um pequeno número de exemplares que sobreviveram, o que faz seus valores subirem bastante. A boa notícia é que o Instituto Cultural do Cariri está digitalizando todos os 46 tomos da revista e está com vendas antecipadas já iniciadas.
Roberto Junior - Cariri das Antigas
O ICC a partir de seu atual presidente, Heitor Feitosa Macedo:"No dia 18 de outubro de 1953 foi fundado o Instituto Cultural do Cariri (ICC), com sede na cidade do Crato, funcionando nas primeiras décadas em casa de um de seus sócios fundadores, o farmacêutico José Alves de Figueiredo Filho. A finalidade do referido instituto era promover o estudo das ciências, letras e artes em geral, especialmente o estudo de História e Geografia, assemelhando-se à instituições bem mais antigas, como o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no Rio de Janeiro, fundado em 1838; o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, instalado em 1862, em Recife; e, principalmente, o Instituto do Ceará, criado em 1887, em Fortaleza. Ao lado de Figueiredo Filho outros intelectuais abraçaram a ideia de criar um sodalício dedicado à produção do conhecimento, fomentando debates e pesquisas. Assim, também contribuíram para a criação do ICC os médicos Irineu Pinheiro e Raimundo Quixadá Felício; o padre Antônio Gomes de Araújo; o músico do Exército Otacílio Anselmo; o advogado Raimundo de Oliveira Borges; o dono de engenho Celso Gomes de Matos; o técnico em contabilidade Francisco de Sousa Nascimento; o jornalista João Lindemgerg de Aquino; o tenente-coronel Raimundo Teles Pinheiro; etc..."
"Nas publicações dos primeiros membros do ICC é frequente a abordagem de temas históricos e, apesar de boa parte dos integrantes do instituto possuir curso universitário, nenhum tinha formação superior em História, até porque este curso só veio a ser criado no Brasil a partir da década de 1930.Desta maneira, os padres, advogados, médicos e farmacêuticos foram os responsáveis por tecer os fios da história do Cariri no começo do século XX. Tratando o assunto com certo rigor, a exemplo do Padre Gomes, muitos fatos históricos puderam ser melhor explicados à luz de novos documentos e interpretações mais adequadas, algumas vezes restaurando as teses dos velhos cronistas caririenses que haviam caído em descrédito.Quanto ao nome dado à revista, deve-se a um dos principais rios do Crato, o Itaytera, palavra indígena que quer dizer “rio que corre por entre as pedras".
Edição Especial da Revista Itaytera-10 Anos do Cariri Cangaço
ICC-Instituto Cultural do Cariri
22 de Março de 2019
Hotel Encosta da Serra, Crato-Ceará
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MANOEL SEVERO TOMA POSSE NA ACLA - ACADEMIA DE CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES DE COLUMINJUBA
Acontece na tarde deste próximo sábado, dia 30 de março de 2019, as 16 horas nos salões da Academia Cearense de Letras no Palácio da Luz, em Fortaleza, a posse do Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo Barbosa, como membro da ACLA - Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba. A solenidade marca também a posse da nova diretoria do prestigiado sodalício que tem como patrono o "Príncipe dos Historiadores do Brasil" , Capistrano de Abreu, na ocasião assume a presidência da ACLA o intelectual Paulo Roberto Neves.
A ACLA - Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba foi criada em 21 de junho de 1992, no Sítio Columinjuba, na cidade de Maranguape, na região metropolitana de Fortaleza. A data de sua inauguração homenageia o nascimento de Antonio de Abreu, primeiro dentre os Patronos a ter um livro publicado. Seu primeiro presidente foi o intelectual Américo de Abreu, escolhido por suas virtudes, raras qualidades e reconhecido saber cultural. Por ocasião de criação deu-se a solenidade de posse da primeira Diretoria Executiva e do seu Conselho Fiscal, além da posse dos primeiros Membros Titulares da ACLA, assim, plantada a semente de um sodalício em um aprazível local, berço de figuras exponenciais cujas principais virtudes sempre foram a honra, a disposição para o trabalho e, principalmente, o sentimento de fraternidade.
A ACLA tem como seu Presidente de Honra , João Capistrano Honório de Abreu; o Príncipe dos Historiadores Brasileiros; que nasceu neste mesmo sítio Colominjuba, sede da ACLA, na cidade de Maranguape no Ceará em 23 de outubro de 1853. Capistrano de Abreu realizou seus primeiros estudos em rápidas passagens por várias escolas para em 1869, viajar para Recife, onde cursou humanidades e retornando ao Ceará dois anos depois fundou a Academia Francesa, órgão de cultura e debates, progressista e anticlerical, que durou de 1872 a 1875. Mudando para o Rio de Janeiro foi aprovado em concurso público para a Biblioteca Nacional. Em 1879, foi nomeado oficial desta mesma Biblioteca, lecionou Corografia e História do Brasil no Colégio Pedro II e foi nomeado por concurso em que apresentou tese sobre O descobrimento do Brasil e o seu desenvolvimento no século XVI.
Capistrano de Abreu, Príncipe dos Historiadores do Brasil, Presidente de Honra da ACLA
Dedicou-se ao estudo da história colonial brasileira, elaborando uma teoria da literatura nacional, tendo por base os conceitos de clima, terra e raça, que reproduzia os clichês típicos do colonialismo europeu acerca dos trópicos, invertendo, todavia, o mito pré-romântico do «bom selvagem». Morreu no Rio de Janeiro, aos 73 anos, em 13 de agosto .
Capistrano de Abreu mudou o cenário da historiografia brasileira, no final do século XIX e começo do século XX. Ele é considerado um dos primeiros grandes historiadores do Brasil e o responsável pela entrada do nosso país no mundo da historiografia moderna. Uma de suas grandes obras foi o livro Capítulos da História Colonial (1500 – 1800), que foi publicado em 1907 atuou também nas áreas de Etnografia (método antropológico de coleta de dados) e Linguística (estudo científico da linguagem) , hoje, as obras do historiador são vistas como grandes fontes de fatos e informações, que fizeram parte da História brasileira.
Posse na ACLA
Dia 30 de Março de 2019, ás 16 horas
Salões da Academia Cearense de Letras
Palácio da Luz, Fortaleza Ceara
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29 de mar. de 2019
A DESMORALIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO DIANTE DO CANGAÇO
Por Sálvio Siqueira
MANCHETE NO 'DIÁRIO DE PERNAMBUCO' DO DIA DE DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 1936.
VEJAM MEUS AMIGOS QUE, DESDE DEZEMBRO DE 1936, O DIÁRIO DE PERNAMBUCO JÁ USAVA DAS FOTOGRAFIAS CAPTURADAS POR BENJAMIN ABRAHÃO PARA DAR DESTAQUE EM SUAS MATÉRIAS.
ALÉM DE TUDO, DE TODOS OS CRIMES QUE OCORRIAM E/OU OCORRERAM, DURANTE O FAMIGERADO FENÔMENO SOCIAL, SENDO LAMPIÃO NAQUELA ATUALIDADE SEU MAIOR 'NOME', LOGICAMENTE QUE O GOVERNO FEDERAL TINHA QUE DAR UM BASTA DE VEZ NAQUELA 'FERIDA BRABA' QUE TANTO, HÁ TANTO TEMPO, DESDE 1756/76, ATERRORIZAVA OS SERTÕES NORDESTINOS.
O GOVERNO FEDERAL NÃO TINHA OUTRA SAÍDA SE NÃO MANDAR ACABAR DE VEZ COM O CANGAÇO, NEUTRALIZANDO SEU MAIOR 'DESTAQUE', VIRGOLINO FERREIRA, O CHEFE CANGACEIRO LAMPIÃO
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26 de mar. de 2019
QUEM FOI O MELHOR ATOR CANGACEIRO...!
Por Voltaseca
Em sua opinião, qual dos atores, abaixo enumerados, melhor desempenhou o papel de cangaceiro ?
1 - Ator. Milton Ribeiro... Filme" O Cangaceiro "
2 - ........Mauricio do Valle..Filme " Cangaceiros de Lampião "
3 - ........Othon Bastos.......Filme " Deus e o Diabo na Terra do Sol "
4 - ........Luiz Carlos Vasconcelos.. Filme " O Baile Perfumado "
5 - ........Leonardo Vilar.....Filme " Lampião - Rei dos cangaceiros "
6 - ........Alberto Ruschel...Filme " A morte comanda o cangaço "
7 - .......Nelson Xavier....Seriado " Lampião e Maria Bonita "
8 - .......Chico Diaz............Filme " Corisco e Dadá "
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24 de mar. de 2019
O OUTRO LADO DE MARIA BONITA - TVGAMAFILHO.BLOGSPOT.COM
Publicado
em 13 de abr de 2011
A
história de uma rádio que nos dias atuais ainda produz muita informação e não
perde o brilho dos anos dourados.
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ENTREVISTA COM DONA EXPEDITA FILHA DE LAMPIÃO
Publicado
em 23 de jun de 2007
Lampião
Entrevista com Expedita e Vera Ferreira, respectivamente filha e neta de
Lampião. Program Sem Censura. Infelizmente a imagem não ficou boa.
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O ABRAÇO DO PROFESSOR PEREIRA
Diana Lopes, Dr. Napoleão Tavares Neves e Professor Pereira
Amigo e Confrade Severo
Você é uma pessoa iluminada, muito querido por todos nós.
A sua simpatia e dedicação é exemplar e cativa a todos que o rodeiam. Que neste Natal e Ano Novo seja de saúde, paz e amor para você e toda família.
Um abraço forte do amigo.
Professor Francisco Pereira - Cajazeiras - PB
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23 de mar. de 2019
CANGACEIRO "MORENO" EM ENTREVISTA À REDE RECORD
Publicado em 9 de mar de 2018
Da o seu like pra fortalecer o nosso projeto ok? isso ajudará na divulgação da nossa cultura. aprecie tbm os outros videos do canal, Se possível se escreva e faça parte deste projeto.
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22 de mar. de 2019
MEU NOVO LIVRO – SOBREVOO – EPISÓDIOS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL NO RIO GRANDE DO NORTE
No próximo dia 2 de abril de 2019, em parceria com o SEBRAE, estarei lançando o livro “SOBREVOO – EPISÓDIOS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL NO RIO GRANDE DO NORTE”, que é parte da “Coleção a participação do Rio Grande do Norte na Segunda Guerra Mundial”.
Além desse meu trabalho, o quinto na minha carreira, eu estarei nesse lançamento ao lado dos amigos Leonardo Dantas e José Correia Torres Neto, que disponibilizarão dois interessantes trabalhos sobre o tema.
Entre as histórias do meu “Sobrevoo”, trago os fatos do trágico acidente aéreo de um hidroavião Catalina, da esquadrilha VP-45, que caiu em solo Riachuelense no dia 10 maio de 1944, mais precisamente nas terras da Fazenda Lagoa Nova, vitimando 10 aviadores da Marinha dos Estados Unidos.
Como autor Dessa obra quero deixar de público os meus mais sinceros agradecimentos ao povo riachuelense. Especialmente a prefeita Mara Cavalcanti, ao Sr. José Lourenço Filho (verdadeira memória viva dessa cidade) e ao amigo Aílton de Freitas Macedo, cuja atenção, o empenho e o gosto que possui pela história de sua terra foram para mim ferramentas preciosas e fundamentais para a concretização desse trabalho.
19 de mar. de 2019
ZÉ SERENO - DEPOIMENTOS E RELATOS DE UM EX-CANGACEIRO DO BANDO DE LAMPIÃO (PARTE I)
https://www.youtube.com/watch?v=9wvD-nmvqGM&feature=share
Publicado em 19 de jul de 2015
Um fantástico e surpreendente depoimento, onde Zé Sereno, um ex cangaceiro do bando de Lampião, fala sobre sua vida durante o período em que integrou as hostes cangaceiras e como ele e sua companheira Sila, escaparam da morte naquela manhã de 28 de Julho de 1938 em Angico, quando a Força Volante Alagoana deu cabo de Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros. Detalhes impressionantes que farão vocês repensarem sobre os momentos finais da vida do Rei do Cangaço. ASSISTAM...
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18 de mar. de 2019
ANTÔNIO CONSELHEIRO E A ESTRADA DE CURRALINHO
*Rangel Alves da Costa
Até os inícios do século XVIII, os sertões sergipanos constituíam-se apenas em vastidões desconhecidas, hostis e tomadas de sua vegetação nativa: a caatinga e as cactáceas alargando-se de canto a outro. Resquícios de tribos indígenas habitantes na região e marcas deixadas pela presença do homem pré-histórico.
Não havia caminho aberto entre os carrascais, estradas entremeando as distâncias, tão somente as veredas abertas pelos deslocamentos daqueles habitantes originários. Significa dizer que os sertões eram um mundo só, fechado em mataria e habitado somente por pequenos grupos humanos sem a intenção de desbravar para povoamento maior. Tanto assim que as tribos existentes acabaram se deslocando para outras regiões ou simplesmente desaparecendo pelo esgotamento dos seus.
O que se tem hoje como Alto Sertão Sergipano, desde os municípios de Nossa Senhora da Glória aos últimos limites de Canindé de São Francisco, nada mais era que um labirinto de vegetação ora esverdeada ora esturricada perante as chuvas e as estiagens. Mata fechada, perigosa demais ante o desconhecido, sem qualquer percurso aberto que permitisse o deslocamento seguro de canto a outro. O único caminho era o Rio São Francisco. E mesmo quando as primeiras estradas começaram a ser abertas desde a Boca da Mata (primeiro nome de Nossa Senhora da Glória) até onde desse o caminhar sertanejo, ainda assim o Velho Chico continuou como único meio de transporte e passagem.
Por ser o São Francisco o rio que permitia a entrada e a saída dos sertões, somente através de seu leito aquelas distâncias desconhecidas começaram a ser desbravadas e habitadas. Geralmente fugindo das revoluções litorâneas ou mesmo em busca de novas terras para o assentamento de seus rebanhos e famílias, as pessoas colocavam seus pertences essenciais em cima de embarcações e seguiam até onde o rio os levasse, aportando nas margens que lhes pareciam mais apropriadas e erguendo casebres e construindo currais para que seus rebanhos não se perdessem sertões adentro. Três destes famosos currais que deram origem a povoações foram o Curral das Pedras (Gararu), o Curral do Buraco (Porto da Folha) e Curralinho (em Poço Redondo).
Contudo, entre as margens e seus currais - até mesmo depois que foram tomando feição de povoamento - e os sertões mais além, após as serras e em meio à caatinga, não havia caminhos abertos que servissem de destino certo de lugar a outro. Aquelas pessoas que já haviam adentrado os sertões e buscado outros meios de subsistência em regiões mais afastadas das margens do rio, alcançaram seus destinos abrindo a mata com facões, facas, enxadecos e outros instrumentos cortantes. Deixaram apenas trilhas e veredas por onde passaram, sem dar a largueza suficiente para veredas seguras.
Desse modo, o percurso da beira do rio de Curralinho até o Poço de Cima (primeira povoação de Poço Redondo), por exemplo, era feito apenas por veredas abertas no mato, sem estrada aberta nem caminho seguro. Um caminho aberto, mais definido e servindo como norteamento aos viajantes, surgiria apenas após a passagem de Antônio Conselheiro e seus seguidores, lá pelos idos de 1874. Daí que o que se tem hoje como Estrada de Curralinho, não obstante a existência de outras veredas abertas em meio ao mato, na verdade surgiu com a comitiva de fé e abnegação do Santo de Canudos.
Em busca de sua Terra Prometida, o Conselheiro e seus fiéis chamaram a si o ofício de não apenas abrir estradas como de promover melhorias nas localidades de fé e religiosidade por onde passassem. Não gostava o Conselheiro de avistar cruzes despencadas pelo tempo ou destruídas ao acaso do abandono. Não gostava o pregador de encontrar igrejinhas caindo aos pedaços ou erguidas somente nos seus alicerces e bases. Não gostava o missionário de encontrar cemitérios tomados de mato, entristecidos demais pelos descasos e omissões dos homens para com os seus entes queridos. Acerca de tudo isso o Santo de Canudos se preocupou. Portanto, não era uma marchava apenas com um destino, mas uma caminhada construída também deixando para trás contribuições tão úteis e necessárias à religiosidade e à fé naqueles sertões.
A importância da passagem do Antônio Conselheiro pelos sertões sergipanos ainda está bem viva em Poço Redondo. A estrada aberta e a igrejinha reconstruída dos escombros, diz muito bem dessa abnegação daqueles fiéis e proféticos dos tempos idos. A estrada é a mesma e com o mesmo percurso, a igrejinha e a mesma e com a mesma feição. Daí a sabedoria em alguns sertanejos ao homenagear o velho missionário ainda chamando aquela via de Estrada do Conselheiro, bem como sempre denominando a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no alto da entrada da povoação ribeirinha, de Igreja do Conselheiro.
Atualmente, seguindo pela estrada e meio à paisagem sertaneja, é como também se estivesse seguindo os passos daquele homem alto, magro, esguio, barbudo, de roupão longo e sandália nos pés, guiando o seu povo com o seu cajado. Ele já não está, mas os seus feitos continuam. E a sua fé também.
Escritor
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CANGACEIRO ZEPELIM
Por Geraldo Antônio de Souza Júnior
Morto no dia 22 de abril de 1937 pela Força Policial Volante baiana comandada pelo implacável Zé Rufino. Zepelim, após intensa perseguição e lutar bravamente pela manutenção de sua vida, tombou varado pelas balas dos soldados volantes nas terras da Fazenda Arara no município de Porto da Folha, no estado de Sergipe.
Decapitado, Zepelim teve sua cabeça exposta aos olhares curiosos dos moradores da região. Na fotografia percebemos claramente que os olhos do cangaceiro estão abertos com o auxílio de palitos, possivelmente utilizados, para dar maior naturalidade.
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