28 de jul. de 2025

O COMBATE A LAMPIÃO CONFORME DECLARAÇÕES DO GENERAL JUAREZ TÁVORA.

  Por Joel Reis

Figura 01 - Juarez do Nascimento Fernandes Távora
Fonte: 
Revista O Cruzeiro, ano III, Rio de Janeiro, 8 de nov. 1930

E
m Fevereiro de 1931, "Juarez Távora estava decidido a fazer com que se acabe o reinado de Lampião e seu bando, instituindo um prêmio de100:000$000 (cem contos de Réis) para a tropa que o exterminar! Desta vez o Lampião 'apaga-se' no Nordeste brasileiro..."
Figura 02 - O combate a Lampião, conforme declarações do General Juarez Távora
Fonte: A Batalha (RJ), n. 351, 27 fev. 1931, p. 08


A CONTRIBUIÇÃO DE CADA ESTADO 

BAHIA.............40:000$000
SERGIPE...........5:000$000
ALAGOAS...........5:000$000
PERNAMBUCO........25:000$000
PARAÍBA...........10:000$000
RIO G. DO NORTE...5:000$000
CEARÁ.............10:000$000


O valor TOTAL de (cem contos de réis) em fevereiro de 1931 convertido para Real: 

100:000$000 = 100 milhões de Réis = 100.000.000 
= R$ 2.000.000 (Dois Milhões de Reais). 

Um valor bem maior que esse famoso Cartaz distribuído pelo governo baiano.

Figura 03 - Cartaz de 1930 em que o governo da Bahia oferece recompensa pela captura de Lampião

REFERÊNCIA

MENDONÇA, Carlos Sussekind de. O combate a Lampeão conforme declarações do general Juarez Távora. Rio de Janeiro, A Batalha, ano III, n. 351, 27 fev. 1931, p. 08. Disponível em: Hemeroteca Digital Brasileira da Biblioteca Nacional. Acesso em: 27 out. 2017.

https://viacognitiva.blogspot.com/2017/12/o-combate-lampiao-conforme-declaracoes.html?fbclid=IwAR0J2-Z8iyO2S9nmVe4916i5Wbt44TbM7e3jFtiJl72fuqPrKIHRZQso-5Y

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24 de jul. de 2025

VÓ MARICA DO TIPI - PARTE 1

  Por Vicente Landim Macedo

Lamartine Lima, Manoel Severo e Vicente Landim Macedo

Acredito que a direção do Cariri Cangaço incluiu Maria da Soledade Landim, minha avó, na sua programação por ela, além de ter sido uma das Coronelas do Ceará, recebeu em sua residência Lampião e foi uma das responsáveis pelo acontecimento conhecido como Fogo do Taveira ou Questão de 8.

Não tive a alegria de conhecer minha avó, pois nasci seis anos após o seu falecimento, mas, desde criança, eu ficava fascinado quando ouvia as histórias sobre ela, seu temperamento forte, suas atitudes firmes, decididas e corajosas, narradas pelos meus pais, tios, primos e pessoas moradoras do Tipi e de regiões próximas que conviveram com ela.

Maria da Soledade Landim, conhecida por Marica Macêdo ou Marica do Tipi, nasceu no Sítio Gameleira, Município de Missão Velha, em 1865. Filha de Joaquina de Sales Landim (Quininha) e de João Manuel da Cruz (Joca da Gameleira). Em 1997, quando eu estava colhendo dados para o livro Marica Macêdo, a brava sertaneja de Aurora, a minha querida prima Maria da Soledade de Macêdo (Soledade), que faleceu em 2003, com 97 anos, primeira neta de vó Marica, repetindo o que os meus pais e tios falavam, contou-me que se lembrava perfeitamente dos traços físicos da nossa avó.


Ela era morena, cabelos longos, rosto comprido e fino, boa estatura, aparentando gozar boa saúde. Disse-me, ainda, que a sua irmã Adalgiza (Duga) era a neta que mais parecia com a avó, até na coragem.  Quem olhasse para a Duga parecia que estava vendo vó Marica. Minha avó teve sete irmãos: Raimundo Saraiva da Cruz (Mundinho), Manuel Inácio da Cruz (Manezinho), Inácia de Sales Landim (Inacinha), Isidoro João da Cruz, Amâncio João da Cruz, José Francisco de Sales Landim e Antônio João da Cruz (Toinho).

Vó Marica casou-se duas vezes. A primeira, em 1884, na Igreja de Missão Velha, com seu parente José Antônio de Macêdo. Vó Marica e seu marido José Antônio de Macêdo (Cazuza ou Cazuzinha do Tipi), meu avô, são dos Terésios, isto é, são descendentes do Capitão José Paes Landim e Geralda Rabelo Duarte, fundadores, em 1731, do Sítio Santa Tereza, no Município de Missão Velha, CE, objeto da admirável obra A Estirpe da Santa Tereza do escritor Joaryvar Macêdo.

 Bustos dos pais de Vicente Landim, na Pracinha do Tipi

Dos fundadores Marica é tetraneta (quinta geração) e Cazuzinha trineto (quarta geração). Meus avós, em 1890, já com três filhos - Raimundo Antônio de Macêdo (Mundoca Macêdo), Joana da Soledade Landim (Joaninha) e João Antônio de Macêdo - visualizando um futuro promissor, juntamente com seus irmãos Amâncio e José Francisco, migraram para o município de Aurora. O casal Marica e Cazuzinha, e Amâncio adquiriram propriedades no Tipi, onde se instalaram, região ainda em desenvolvimento, e José Francisco comprou o Sítio Angico, próximo à cidade de Aurora.  

Outros dois irmãos de minha avó, Mundinho e Manezinho, na mesma época, seguindo o exemplo de meus avós, deixaram Missão Velha e foram para o Sítio Calabaço, município de Lavras da Mangabeira. Assim, dos oito irmãos, permaneceram no Cariri somente três: Inacinha, Isidoro e Toinho. Marica e Cazuza, nas terras que adquiriram, ainda virgens, desenvolveram atividades agrícolas e pecuárias e passaram a tomar parte ativa no desenvolvimento e na política do município aurorense. No Tipi, meus avós tiveram mais cinco filhos: Antônio Landim de Macêdo, José Antônio de Macêdo (Cazuza), Silvino José de Macêdo, Felinto José de Macêdo e Augusto Landim de Macêdo. 

Em decorrência de meus avós viverem no Tipi, foi que eles passaram a ser conhecidos por Marica Macêdo ou Marica do Tipi e Cazuza ou Cazuzinha do Tipi. Tudo corria bem, quando, em 8 de janeiro de 1905,  faleceu meu avô, ficando vó Marica viúva com 40 anos de idade. Vó Marica com muita competência e habilidade assumiu a responsabilidade da administração dos seus bens e dos filhos, uma vez que o filho mais velho, Mundoca, tinha 18 anos e o mais novo, Augusto, apenas 6. Vó Marica resolveu em 1906 contrair novas núpcias com o viúvo Antônio Abel de Araújo, originário de Missão Velha.

Banner do Cariri Cangaço 2013 em Aurora, personagem principal: Marica Macedo, sob as bençãos do Conselheiro Cariri Cangaço, José Cícero.

Minha mãe, Vicência Leite Landim (Maroca), nora e sobrinha de minha avó, contou-me que perguntou à sua sogra qual a razão dela querer contrair novo casamento, uma vez que demonstrara capacidade e disposição para continuar as atividades desempenhadas pelo primeiro marido. Ela lhe respondeu: “vou casar, porque toda mulher necessita de um companheiro”.

Vó Marica não levou em conta a observação da minha mãe e contraiu novas núpcias. A realização do segundo enlace matrimonial de minha avó ocorreu no Sítio Cantinho, em Lavras da Mangabeira, com uma grande festa, pois, no mesmo dia, foram realizados três casamentos: vó Marica com o viúvo Antônio Abel; Maria Abel, filha de Antônio Abel, com o viúvo Manezinho, irmão de vó Marica e, Raimundo, filho de vó Marica, casou-se com a prima Glória, filha de Manezinho.

Diferentemente dos costumes da época, quando as mulheres se conformavam em, apenas, cuidar da casa e da prole, vó Marica continuou administrando os bens que lhe pertenciam e a seus filhos, tomando parte  na vida política e administrativa de Aurora.Seu marido Antônio Abel possuía temperamento calmo, tranquilo e pacato, conformando-se em ser somente o segundo marido de Marica, ele nada resolvia. Minha avó procurava educar os filhos de acordo com seus valores e ideais.

Desde pequeninos, lhes ensinava que a união entre eles era essencial para fortalecer a família, orientando-os a que não brigassem, mas que resolvessem suas pendências através do diálogo. Incentivava-os o respeito aos mais velhos, o senso de justiça, o amor à terra, o valor à palavra dada e o cultivo da religião. Ao inspecionar as plantações de milho, feijão, arroz, algodão e cana de açúcar, vó Marica levava os filhos para iniciá-los nos trabalhos agrícolas. Quando ia entabular algum negócio ou tratar de assuntos políticos, se fazia acompanhar por alguns deles.
 
Continua...

Vicente Landim de Macêdo

Parte da Apresentação de Conferência no Cariri Cangaço 2013 no dia 20 de setembro no município de Aurora

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CAPITÃO TIMÓTHEO E OS VIRIATOS.

  Por: Cícero Pereira de Sousa


No começo de julho de 1878, o Capitão Francisco Timótheo de Sousa recebeu ordens do Governo Imperial para combater os Viriatos, conhecidos bandidos que, homiziados em Boa Esperança, no Ceará, aterrorizavam fazendeiros e populações daquela província e dos vizinhos Rio Grande do Norte e Paraíba. Com apenas 28 anos de idade, embora já integrasse a Guarda Nacional, Francisco Timotheo ainda não havia consolidado sua liderança na região, a ponto de poder organizar com a rapidez que o caso requeria, um contingente capaz de cumprir com sucesso tão grave missão.

Os homens de que dispunha no momento não passavam de trinta e cinco, embora contasse com um bom armamento de fuzis, mosquetões e rifles,além da coragem e lealdade desses valorosos companheiros. Por outro lado, a grande seca de 1877, que ceifou centenas de milhares de vidas naqueles sertões, continuava vitimando famílias inteiras com epidemias e doenças de todo tipo. Para completar, os constantes assaltos de bandos armados que pululavam por todo o sertão, representavam impedimento à ausência daqueles homens de suas próprias casas, ainda que por pouco tempo. Mesmo assim, tão logo pôde, o Capitão os convocou e se organizaram todos para a luta.

Foi nessas condições desfavoráveis que partiram de Bonito-PB, na madrugada de 25 de julho de 1878. Rumaram até São José de Piranhas-PB e, a partir daí, seguiram pela estrada das Cuncas. Era a mais curta, embora acidentada. Seguindo pelo Vale do Piranhas, com suas terras férteis e matas ainda fechadas, rumaram por umas trilhas pedregosas até atingirem o sopé da serra do Bongá. Dalí por diante, em direção ao oeste, tiveram que enfrentar sucessivas ladeiras para chegarem ao sítio Barros, (hoje cidade e à época pertencente ao Termo de Milagres, no Ceará). Gastou-se um dia e meio de viagem até esse ponto. Aí, na fazenda de um amigo, para descanso da tropa e refazimento dos animais, o Capitão resolveu acampar antes de percorrer o último estágio da caminhada até Boa Esperança (Cangati), o reduto do inimigo.

Quando ainda se preparava para essa missão, o Capitão Timotheo teve o cuidado de avisar o seu grande amigo e compadre José Guimarães, um português conhecido como Cazuza Marinheiro, residente em Cajazeiras-PB. Ao receber a mensagem, Cazuza exclamou para o portador: - Meu compadre ficou doido! Enfrentar aqueles bandidos com apenas trintae cinco homens? Volte agora mesmo e diga a ele que eu vou também. Pra vencer ou pra morrer com ele! Comerciante abastado e bem relacionado na região do Rio do Peixe, Guimarães depressa conseguiu recrutar cem homens bem armados e marchou com eles em auxílio do amigo Timotheo.

O COMBATE

Francisco Timotheo acercou-se de Boa Esperança, com os seus comandados, no início da noite do dia 26. No entanto, já tinha decidido que só atacaria na manhã seguinte, pois tinha conhecimento de que aqueles bandidos agiam à noite e dormiam durante o dia(*). Os Viriatos, por sua vez, ao notarem a aproximação daquela pequena tropa, debocharam, mandando repicar o sino da igreja e tocar sanfona, zabumba e cornetas, em clima de festa. (*) José do Patrocínio, em seu livro Os Retirantes, p 84, escreveu: Os Viriatos andam à noite, como as corujas agoureiras, com as onças; assustam e matam sem ver a quem o fazem. Nenhum deles por isso mesmo conhece as suas vítimas, nem é por elas conhecido, e no entanto ficam da passagem dos bandidos rastros de sangue e de cinzas, resultado dos assassinatos e dos incêndios .É noite e chove. Uma raridade nos sertões, durante julho. Um pouco pela chuva, um pouco pela iminência dos combates, ninguém dorme. Todos aguçam os ouvidos. Continuam repicando na escuridão os sinos da Capela da Conceição e as danças ao som das sanfonas e dos zabumbas. Entre os homens do Capitão, o silêncio. Diálogo mudo na treva chuvosa, prelúdio daquele combate histórico que fuzis, rifles e bacamartes travarão, mal desponte o dia.

Na manhã de 27, quando cessou o irônico folguedo na praça centralde Boa Esperança, o Capitão ordenou o ataque, suspendendo o sono dos Viriatos. Não durou muito para que estrugissem repetidos, prolongados e pavorosos viva aos Viriatos e, ao mesmo tempo, o bater dos mourões nas portas e janelas das casas. O espanto e a confusão propagaram-se e, de imediato, em todas as residências, cada um, temendo pela própria sorte, buscava refúgio para não ser atingido. A batalha começou heroicamente, envolvendo os combatentes dos dois lados, com um novo ressoar de cornetas e a vibração do sino daigrejinha. Desta vez, não mais em festa. Após três horas de um cerrado tiroteio, Francisco Timotheo, considerando sua posição de inferioridade em homens e armas, pensou em recuar. Contra ele, com mais de cem mosquetões e bacamartes, a artilharia inimiga, favorecida pela configuração topográfica do terreno, disparava cem cessar. Mesmo nessa condição, o Capitão logo ponderou: - “Uma retirada agora, em plena luz do dia, seria insensatez. E, para onde? Por onde? Seria levar ao sacrifício homens extenuados por dois dias de uma longa caminhada, uma noite sem dormir e horas a fio de intenso combate. – Eu nunca recuei na vida, por maior que fosse o perigo. Não será agora, quando empenhei minha honra e a de tantos companheiros que vou fazê-lo. Portanto, vou prosseguir.” Por volta do meio dia, quando o efetivo do Capitão já oscilava entre o cansaço e o desânimo, chegou o amigo Cazuza Marinheiro com a sua tropa, composta por cem guerreiros, ansiosos por entrarem na luta. -Compadre! – disse Cazuza a Francisco TImotheo. – Os seus homens estão exaustos! Recue para descansar com eles, enquanto eu e os meus assumiremos o ataque.

O tiroteio seguiu por toda a tarde, ora esparso ora mais intenso. Com o reforço de Cajazeiras, foram bloqueados os demais acessos à fortaleza dos Viriatos, do Muquén e de Monte Alegre (hoje um posto fiscal), ficando os bandidos completamente isolados. Favorecido por essa vantagem, metade do batalhão de Cazuza Marinheiro marchou veloz, sob uma saraivada de balas, até o início do arruado onde se entocavam os bandidos, a pouco mais de cem metros da igreja. Em menos de uma hora pisavam no centro de Boa Esperança os primeiros guerreiros do seu valoroso grupo, dispostos a tomar de assalto a cidadela. Alguns tombaram ali mesmo, atingidos pelos tiros do inimigo entrincheirado no interior do casario, que se erguia em torno da praça. Enquanto isso, houve um princípio de desorganização na formatura do combate, por parte das forças do Capitão. De repente, embora extenuados, seus soldados se reanimaram, vendo avançar à sua frente o próprio Francisco Timotheo, manejando seu rifle Winchester com a mesma presteza e velocidade com que os bandidos assomavam e desapareciam nas cumeeiras das casas em volta. Já era madrugada do dia 28 quando o Capitão foi informado da chegada de mais reforços. A boa notícia vinha de Lavras da Mangabeira (distrito de Milagres), no Ceará. Era uma volante composta de cento e quarenta homens da polícia estadual, com ordens para se apresentarem aele e submeterem-se ao seu comando. Com esse novo contingente, as tropas legais resolveram invadir, definitivamente, o reduto do inimigo. 

Acossados, os Viriatos e seus sequazes, que apesar das perdas, ainda somavam quase duzentos homens, fortaleceram suas trincheiras, com certa vantagem sobre os atacantes, uma vez que se posicionavam fora da pontaria destes. Os combates, agora mais organizados e também mais ferozes com a entrada do elemento policial, prosseguiram por mais três horas consecutivas. Sentindo-se perdidos, os bandidos atacavam atônitos, apenas o tempo necessário para uma pontaria malfeita, uma descarga e recuavam. Em seguida, protegiam-se pelas casas adentro, ou então lançavam-se, atrevidamente, sobre os invasores num desespero suicida, empunhando sabres e punhais num corpo a corpo de vida ou morte. Era uma cena dantesca, que provocou inúmeras baixas em seu próprio reduto. Por fim, perdidos e sem mais ilusão de vitória, os Viriatos improvisaram a própria fuga. Liderados por José Vicente Viriato, sob intenso tiroteio, os principais chefes do bando deslocaram-se de suas posições até o interior da capela onde algumas famílias permaneciam em segurança e rezavam. Ali eles rasparam barbas e bigodes, trocaram de roupa com suas companheiras, fizeram turbantes com tiras de pano na cabeça e fugiram disfarçados de mulheres. Muitos outros empreenderam a fuga rompendo as paredes internas das habitações e transpondo-as, uma a uma, até atingir o extremo da rua, por onde se evadiram. A formação dessas casas, todas conjugadas, facilitou essa estratégia de fuga.

Terminado o conflito, Francisco Timotheo dirigiu-se à Capela do lugar para agradecer a Deus pela vitória. Ao adentrar o seu interior, surpreendeu-se com a presença ali de dezenas de mulheres assustadas e em pranto, todas vestindo roupas masculinas. Diante disso, determinou aos seus comandados, que perseguissem imediatamente, e abordassem qualquer bando, ainda que de senhoras, caminhando às pressas, nadireção de Milagres-CE ou de Cajazeiras-PB. Retornando, tranquilizou aquelas criaturas aflitas, prometendo respeitar a integridade física dos prisioneiros e rezou com elas. Deu graças também porque nessa refrega a grande maioria dos seus comandados retornaria ao seio de suas famílias sãos e salvos. Apenas um deles perdeu a vida e seis sofreram ferimentos em combate. Mandou tocar o sino da capela e saiu. Eram 18 horas do dia 28 de julho de 1878.Perseguidos, o mais valente dos Viriatos, José Vicente, resistiu e foi morto. Seu irmão Miguel entregou-se às forças legais e foi conduzido com vários outros prisioneiros para Fortaleza, onde seriam julgados e condenados por seus inúmeros crimes. 

Quase seis meses depois, os jornais do Ceará publicavam as informações oficiais da guerra contra os Viriatos: [...] contavam-se treze mortos, sendo doze dos Viriatos e um das forças legais. Os feridos eram muitos de lado a lado. Ao retornarem para suas bases, os vencedores conduziam vários prisioneiros, cem cavalgaduras e grande quantidade de ouro e moeda, fruto dos inúmeros assaltos dos bandidos.

Cícero Pereira de Sousa, Bacharel em Ciências Jurídicas, escritor e pesquisador, consultor do SEBRAE, Ex Diplomata da ONU / FAO

https://cariricangaco.blogspot.com/2025/07/capitao-timotheo-e-os-viriatos-por.html

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20 de jul. de 2025

O TEMPO DAS BOTIJAS.

  By Rostand Medeiros

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O povo nordestino tem certas peculiaridades que o distinguem dos de outras regiões brasileiras. São tradições e costumes que o pintam de maneira singular.
Quando criança, comecei a ouvir lá no meu interior, histórias de descobridores de botijas, era o tempo das botijas que creio eu ainda não findou-se.
FONTE - http://my.opera/.
Contavam os mais velhos que nos séculos XVIII, XIX e ainda quase metade do século XX. O povo do interior costumava guardar suas moedas de ouro, prata e cobre escondidos em latas de metal onde podiam ser conservadas ou em baús revestidos de chapa de metal e enterrados. O lugar era marcado por pedras, acidentes geográficos ou embaixo de grandes e velhas árvores.
As latas eram colocadas nas paredes grossas das casas e os baús, longe, como já dito fora delas.
O costume se fazia pela falta de bancos, pelo medo do roubo e por não ter com que gastar o muito lucrado. Sertanejos faziam quase tudo, e se às vezes tinham o que comprar, guardavam uma minguada economia que sobrava sempre e assim se mantinham.
Em Ipueiras, foram encontradas várias botijas no correr de sua história, a mais recente na década de 1970. O descobridor derrubando as paredes de uma antiga casa encontrou socado numa grossa parede de canto uma lata, cheia de moedas de prata e ouro, não se sabe o valor, o certo é que silenciosamente em pouco tempo mudou-se com a família para uma capital do sudeste e só depois por parentes se soube do fato.
Contornando o morro do Cristo, em Ipueiras , se via no caminho serpenteado, covas quadradas na medida de um grande ou médio baú, quase a beira da estrada carroçal.
Não havia dúvida, e isso era fato corrente daquela região, muitas botijas foram certamente achadas.
Dizem os mais velhos que às vezes o felizardo sonhava com o lugar, ou por pura sorte cavando encontrava. Para completar o quadro,era corrente a história de que ao cavar o astuto e ambicioso tinha visões macabras, como fogo queimando o corpo, cobras se enroscando nas penas e espíritos penados a mandar que parasse a escavação. O certo era que das histórias que ouvi muitos fugiram e se desequilibraram mentalmente, outros mais corajosos iam até o fim, e bastava abrir o baú de madeira carcomida, tudo sumia com um gemido medonho.
O que levava estas botijas a serem esquecidas era ou a morte repentina do dono, e só ele sabia onde estava, ou pela idade o esquecimento que lhe fazia procurar e não mais achar o lugar correto.
Outro fato era o sonho do lugar da botija, dizia-se que o espírito não teria paz enquanto não revelasse o segredo, o dinheiro que em vida não usufruiu, que o ouro e a prata o prendiam no lugar.
Verdadeiro ou falso, muitos descobriram esses tesouros, e formou-se lenda no sertão, dinheiro não gasto traz a perdição do falecido.
O tempo das botijas passou. Mas quem pode afirmar quantas ainda estão a esperar o seu descobridor. Com modernos aparelhos a detectar metais, um corajoso aventureiro não há de voltar de mãos vazias, ficando rico da noite para o dia e finalmente libertando o espírito de quem a enterrou.
Bergson Frota – Cronista - bergsonfrotta@ig.com.br
app/opovo/jornaldoleitor/2011/08/20/noticiajornaldoleitorjornal,2280957/o-tempo-das-botijas.shtml
Extraído do blog "Tok de História" do historiógrafo Rostand Medeiros

18 de jul. de 2025

JAPONA.

 Crônica: 3.269

Não tem para onde correr meu amigo, enquanto a juventude estar se divertindo na Festa da Juventude, o frio estar cortando em Santana do Ipanema. Estou no momento, armando esta crônica enrolado com uma camisa, um esquente e dois casacos além de um par de meias, para poder atravessar noites e dias do mês de julho. Isso faz lembrar os grandes invernos do Sertão e a Festa de Senhora Santana em plena frieza bruta. Cada qual se defendia do frio como podia, até que chegou a Santana do Ipanema um tipo de agasalho chamado “japona”. Bastava aquele casacão pesado que ia até as coxas para resolver o problema. Um ex-marinheiro dizia que aquilo era o casacão de frio usado pela marinha do Brasil.

Não é possível deixar de lembrar dessa década de 1960, dos grandes parques armados na cidade, das bandas musicais nas festas, de tantas e tantas diversões profanas, de frio exagerado e de inverno até o dia 15 de agosto, das lagartas que nesse mês atacavam a lavoura que morria de frio e das investidas daquelas pragas. Entretanto, ainda hoje, o povo chega aos pés dos palcos de cantoras e cantores famosos, com chuva ou sem chuva, com frio ou sem frio e os espetáculos prosseguem até as quatro da madrugada com o mundo caindo gelo. Incrível como o globo vive carente de diversão!  Mas no caso da “japona”, nunca mais apareceu por aqui esse tipo de agasalho. Há muito sumiu misteriosamente.

Mas se a “japona”, desapareceu, continua a fileira de festas contínua em Santana do Ipanema: São José, Juventude, Senhora Santana e São Cristóvão.  Cada uma melhor do que a outra, satisfazendo muito bem os que procuram a fé e os vários tipos de brincadeiras. E quem gosta dessa frieza que vai até os ossos, passa batom nos lábios, escova os cabelos ou calça jeans e camisa colorida e aprumam pela porta da frente. Pular, beber, namorar que o tempo urge. E de hoje para amanhã tem a procissão dos carreiros que abre a festa da padroeira. Pelo menos isso para preencher o vazio deixado pela Festa da Juventude.

Vai chegar junto?

MATRIZ DE SÃO CRISTÓVAO (FOTO; B,CHAGAS/LIVRO 230).



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13 de jul. de 2025

PROGRAMAÇÃO OFICIAL CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2025.

  

CARIRI CANGAÇO PIRANHAS
 Alagoas - Nordeste do Brasil

25 de julho de 2025  sexta-Feira

NOITE ESPECIAL PAULO BRITTO
NOITE SOLENE DE ABERTURA
Auditório Centro Cultural Miguel Arcanjo
Centro Histórico de Piranhas - AL

18h  Abertura Festiva da Feira de Livros 
19h Início da Noite Solene 
Banda Filarmônica Mestre Elísio

Formação da Mesa Solene de Abertura
TIAGO TORRES FREITAS Prefeito Municipal de Piranhas
MANOEL SEVERO BARBOSA - Curador Cariri Cangaço
MELLINA FREITAS Secretária Estadual de Cultura e Economia Criativa Alagoas
INACIO LOIOLA - Deputado Estadual
JACQUELINE RODRIGUES - Presidente da APLA
CELSINHO RODRIGUES - Presidente da Comissão Organizadora
EDUARDO CLEMENTE - Secretário de Cultura e Turismo de Piranhas 
LEMUEL RODRIGUES - SBEC Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço
ARCHIMEDES MARQUES- Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço
LEONARDO GOMINHO - Academia Brasileira de Estudos do Sertão Nordestino
ANGELO OSMIRO BARRETO - GECC Grupo de Estudos do Cangaço do Ceara
BISMARCK MARTINS - Presidente do Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço
ANITA PAIXÃO - Presidente do Grupo Sergipano de Estudos do Cangaço

19h Hino Nacional com Filarmônica Mestre Elísio
 19h15 - Entrada do Estandarte 15 Anos do Cariri Cangaço 
Conselheira Cariri Cangaço CÉLIA MARIA PARAHYBANA - João Pessoa PB

19h50 – Cumprimentos aos Convidados em nome do Cariri Cangaço
CELSINHO RODRIGUES Conselheiro Cariri Cangaço

20h - Fala das Autoridades

20h20 - Entrega de Comendas "Mérito Cultural Cariri Cangaço"
MANOEL SEVERO - Curador do Cariri Cangaço

1. TIAGO TORRES FREITAS Prefeito Municipal de Piranhas
Entregue pela Secretária de Cultura de Alagoas MELLINA FREITAS 
2. EDUARDO CLEMENTE - Secretário de Cultura e Turismo de Piranhas
Entregue pelo Deputado INACIO LOIOLA
3. ACADEMIA PIRANHENSE DE LETRAS E ARTES
Entregue pelo Conselheiro JOÃO DE SOUSA LIMA Paulo Afonso BA
4. GMAP - Grupo Musical Armorial Piranhense
Entregue pelo Conselheiro LEANDRO CARDOSO Teresina PI 
5. FILARMÔNICA MESTRE ELYSIO
Entregue pelo Conselheiro RAUL MENELEU Aracaju SE
6. FABIO MOURA PEREIRA
Entregue pela Conselheira ANA GLEIDE LEAL  Floresta PE
7. MARIA ARIANA DE ALMEIDA SOARES
Entregue pelo Conselheiro PEDRO POPOFF Bauru SP
8. JOÃO RAIMUNDO DA SILVA
Entregue pelo Conselheiro JUNIOR ALMEIDA Capoeiras PE
9. JORGE FORTES GONÇALVES
Entregue pelo Conselheiro LOURO TELES Calumbi PE
10. MIGUEL ANGELO RODRIGUES ALENCAR
Entregue pelo Conselheiro JOSE TAVARES ARAUJO NETO Pombal PB

Entrega da Comenda "Personalidade Eterna do Sertão" In Memorian
FRANCISCO RODRIGUES PEREIRA "CHIQUINHO RODRIGUES"
Entregue pelos Conselheiros, ELANE MARQUES, MARCELO LITWAK e HESDRAS SOUTO

 Entrega de Comenda "Conselheiro Eterno Cariri Cangaço" In Memorian
EDVALDO FEITOSA AGUA BRANCA AL
Entregue pelos Conselheiros, GILMAR TEIXEIRA, RAIMUNDO MARINS e JOAQUIM PEREIRA 

20h40 - Posse Conselheirinho Cariri Cangaço
Entrega de Estola e Diploma pelo Conselheiro CELSINHO RODRIGUES Piranhas AL

20h50 - Homenagem Especial 
PAULO ROBERTO BRITTO SILVA

21h10 - Conferência e Lançamento
Tenente João Bezerra da Silva: O Comandante de Angico  
Autores : Paulo Britto e Benner Britto
BENNER BRITTO pesquisador e escritor  

22h10 Encerramento

Apresentação Artística
GMAP - GRUPO MUSICAL ARMORIAL PIRANHENSE 

26 de julho de 2025- sábado

MANHÃ

8h Saída para Roteiro Histórico
Concentração no Centro de Piranhas

8h30 Partida para a Fazenda Picos
LOCAL DO COMBATE DA VOLANTE DE JOÃO BEZERRA E O GRUPO DO CANGACEIRO GATO; PRISÃO DE INACINHA

Palestra de Campo e Consagração como "Lugar de Memória"
LUMA HOLLANDA João Pessoa PB

"O COMBATE DA FAZENDA PICOS"
CONFERÊNCIA DE JOÃO DE SOUSA LIMA Paulo Afonso BA
Debatedores
JUNIOR ALMEIDA Capoeiras PE
DR JORGE GONÇALVES Fazenda Picos
 JOÃO RAIMUNDO Comunidade de Lages

10h às 13h Roteiro Histórico
Concentração no Portal de Entrada de Piranhas 
"CAMINHOS DA RESISTÊNCIA - PELAS RUAS DE PIRANHAS"

"QUEM ERA SANTÍLIO BARROS, O SANGUINÁRIO CANGACEIRO GATO? A PRISÃO DE INACINHA E O ATAQUE DOS CANGACEIROS A PIRANHAS"
JOÃO DE SOUSA LIMA Paulo Afonso BA

 "A INVASÃO DE CORISCO E GATO, A RESISTENCIA COMANDADA POR
DONA CYRA BRITTO. CHIQUINHO RODRIGUES E A MORTE DE GATO"
JACQUELINE e CELSINHO RODRIGUES Piranhas AL

"TRAMA PARA O CERCO DE ANGICO
OS PERSONAGENS JOCA BERNARDO,  PEDRO DE CÂNDIDO,
SARGENTO ANICETO, JOÃO BEZERRA E FERREIRA DE MELO"
LUIZ FERRAZ FILHO Serra Talhada PE

CONSAGRAÇÕES COMO "LUGAR DE MEMÓRIA"

PALÁCIO PEDRO II
Local onde foram expostas pela primeira vez as cabeças 
dos cangaceiros mortos em Angico
SOBRADO DA RESISTÊNCIA
Local de resistência; casa de Chiquinho Rodrigues; e de onde partiu o tiro que viria a matar o cangaceiro Gato
PORTO DE PIRANHAS
Local de onde partiram as volantes sob o comando de João Bezerra com destino a Angico

TIAGO TORRES FREITAS - Piranhas AL
EDUARDO CLEMENTE - Piranhas AL
MANOEL SEVERO - Fortaleza CE
CELSINHO RODRIGUES - Piranhas AL
JACQUELINE RODRIGUES Piranhas AL
LUMA HOLLANDA - João Pessoa PB

13h - Almoço 

14h30 Visita a Capela de Santo Antônio de Lisboa
Santo Antônio do Cocar - Piranhas Antiga

Cordel "Piranhas e o Cariri Cangaço"
MARCUS VINÍCIUS Paulo Afonso BA
"PIRANHAS, SANTO ANTONIO DO COCAR E A VISITA DO IMPERADOR"
CELSINHO RODRIGUES Piranhas AL
"A FORÇA DO TEMA CANGAÇO NA CULTURA E ARTE DO SERTÃO"
JOÃO DANTAS Campina Grande PB

NOITE

Auditório Centro Cultural Miguel Arcanjo
Centro Histórico de Piranhas - AL

19h  Noite de Conferências

"AS TRAIÇÕES NO CANGAÇO"
IDEMBERG SENA Morada Nova CE
"O PAPEL DAS FORÇAS VOLANTES BAIANAS NO COMBATE AO CANGAÇO"
TENENTE CORONEL RAIMUNDO MARINS Salvador BA
"A ATUAÇÃO DAS FORÇAS VOLANTES DO RN NO COMBATE AO CANGAÇO"
TENENTE CORONEL MARCELO LITWAK Natal RN

21h  Noite de Lançamentos e Relançamentos

"3ª Edição de LAMPIÃO EM PAULO AFONSO" e 
"2ª Edição de MARIA BONITA, A RAINHA DO CANGAÇO"
JOÃO DE SOUSA LIMA Paulo Afonso BA

"EFEMÉRIDES JARDINENSES"
ADRIANO CARVALHO Jardim CE

"LAMPIÃO E SEUS PERSEGUIDORES E O JORNALISMO DISVIRTUADO"
LUIZ RUBEN F de A BONFIM Recife PE

"SEDIÇÃO DE JUAZEIRO 1914"
JOÃO GOMES Juazeiro do Norte CE

"LUCAS DA FEIRA NA ESCOLA - SABERES NO CANGAÇO"
AUGUSTO SPINOLA Feira de Santana BA

" A ODISSEIA DE JOSÉ AMERICO DE ALMEIDA NA REVOLTA DE PRINCESA"
JOSE TAVARES DE ARAUJO NETO Pombal PB

" LEANDRO GOMES DE BARROS E OS PRIMORDIOS DO CORDEL BRASILEIRO"
GUTTEMBERG PEREIRA DE FARIAS Patos PB

22h10 Encerramento

27 de julho de 2025- domingo

MANHÃ

7h30 Saída para Roteiro Histórico do Angico - Rio São Francisco
Concentração no Porto de Piranhas

8h Partida para a Fazenda Remanso
LOCAL DA CAPTURA DE PEDRO DE CANDIDO

Palestra de Campo e Consagração como "Lugar de Memória"
FAZENDA REMANSO, local de onde partiram os volantes 
para a captura de Pedro de Cândido
Jacqueline Rodrigues Piranhas AL

9h30h Trilha da Grota do Angico

10h30 II Grande Debate de Campo na Grota do Angico
"Mentiras e Mistérios de Angico"
Apresentadores / Debatedores
MANOEL SEVERO Fortaleza CE
LEANDRO CARDOSO Teresina PI
WESCLEY DUTRA Sousa PB
JOÃO DE SOUSA LIMA Paulo Afonso BA

13h - Almoço e Retorno para Piranhas

TARDE LIVRE

NOITE

Auditório Centro Cultural Miguel Arcanjo
Centro Histórico de Piranhas - AL

18h30  Noite das Academias

18h50 Posse Solene de novos membros da ABLAC
ARCHIMEDES MARQUES
ELANE MARQUES

2Oh30 Palavras pela APLA
JACQUELINE RODRIGUES

2Oh50 Palavras pela ABRAES
LEONARDO GOMINHO

21h30 Celebração Festiva de Encerramento
Serenata pelas ruas de Piranhas - Revivendo Altemar Dutra
Filarmônica Mestre Elísio

Encerramento


 CARIRI CANGAÇO PIRANHAS 2025
Alagoas - Nordeste do Brasil

Realização
Conselho Alcino Alves Costa - Cariri Cangaço
APLA - Academia Princesense de Letras e Artes
Prefeitura Municipal de Piranhas
Secretaria da Cultura e Turismo de Piranhas

Apoio na Realização
SEBRAE

Apoio Institucional
SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço
 ABLAC - Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço
ABRAES - Academia Brasileira de Estudos do Sertão Nordestino
GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará
GPEC - Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço
GECAPE - Grupo de Estudos do Cangaço de Pernambuco
GSEC - Grupo Sergipano de Estudos do Cangaço
 Campina Grande Cangaço

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