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07 janeiro 2017

A “ESTÓRIA” DO CHAPÉU PERDIDO DE LAMPIÃO (FICÇÃO E FANTASIA)

Pouca gente sabe, mas a minha origem antepassada é a cidade de Juazeiro do Norte, que além de ser a terra do Meu Padim Cícero é também a do meu bisavô materno. 

Certa vez, visitando minha tia-avó “Tia Maria” (como chamamo-la carinhosamente), perguntei sobre a história do meu bisavô. Ela me contou que era um homem alto, forte, que tinha vindo de Juazeiro do Norte, nas eras de 20, e que não gostava de falar do seu passado de moço. Só se sabe que ele chegou nas terras de Cerro Corá, a pé, só com a roupa do corpo, e que por lá ficou até morrer.

Este dias, depois de ler muito sobre o cangaço, acabei sonhando com meu bisavô. No sonho eu lhe perguntava: 

- Vovô, porque o senhor veio de Juazeiro do Norte?

E ele respondeu: 

- Meu fii, eu briguei com um cabra e na briga, eu mais valente, ele correu e eu fiquei com o chapéu dele na minha mão. Adivinhe quem era o cabra? 

- Lampião!!! “Foi mesmo, vô?” 

E ele: 

- Sim, e se duvidar de mim eu meto lhe a peia.

E eu curioso: 

- O que o senhor fez com o chapéu?

Ele: 

- Meu fii, eu guardei dentro de uma lata de querosene. Vá em Cerro Corá, pergunte a minha filha Cícera que ela sabe onde eu guardei!

Já era madrugada quando eu acordei, já sem ar... Na mesma manhã, meti a carreira para Cerro Corá, e contei a estória a minha tia. Ela riu de mim, dizendo que era loucura. Mas mandou eu ir lá na tapera abandonada que pertencia ao meu bisavô. Eu fui. Olhei logo se tinha maribondo e entrei. Só tinha entulho, resto de telha quebrada, e um cupinzeiro gigantesco. De repente, deu um vento que bateu a porta atrás de mim. Ouvi um grito! O telhado começou a despencar e apareceu uma réstia mesmo no meio da sala. Olhei no chão onde a luz apontava e vi, enterrada a quina de uma lata. Me apressei para cavar e sabe o que eu achei: nada! Era só uma lata velha amassada. Voltei para Currais e no mesmo dia, pedi para o Mestre Aleixo fazer para mim um chapéu tal qual vira no sonho. Ficou perfeito!

Chapéu customizado com moedas de 1878 originais

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06 janeiro 2017

CORONEL DELMIRO GOUVEIA (GERALDO SARNO, 1979)

https://www.youtube.com/watch?v=ZMsyOSwK3zc

Publicado em 1 de abr de 2014

Em fins do século passado, Delmiro Gouveia, rico comerciante e exportador do Recife, capital do Estado de Pernambuco, Brasil, sofre perseguições políticas. Seu estilo arrojado e aventureiro lança contra ele muitos inimigos, inclusive o Governador do Estado que manda incendiar o grande mercado Derby, recém - construído por Delmiro Gouveia. Falido e perseguido pela polícia do Governador, Delmiro refugia-se no sertão, sob a proteção do Coronel Ulisses, levando consigo uma enteada do Governador. No sertão, ele recomeça sua atividade de exportador de couros e monta uma fábrica de linhas de costura, aproveitando a energia elétrica de uma usina que constrói na cachoeira de Paulo Afonso e o algodão herbáceo nativo da região. A Grande Guerra de 1914, impedindo a chegada dos produtos ingleses à América do Sul, garante a Delmiro a conquista desse mercado, sobretudo brasileiro. Os ingleses da Machine Cottons, ex-senhores absolutos do mercado, enviam emissários para negociar a situação assim criada. Delmiro nega-se a vender ou associar-se. É assassinado em 10 de outubro de 1917. Alguns anos mais tarde, 1929, a fábrica é adquirida pelos ingleses, destruída e lançada nas águas da Cahoeira Paulo Afonso. (Press-release)

Prêmios Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora no Festival de Brasília, 11, 1978, Brasília - DF.. Grande Prêmio Coral no Festival de Havana, 1979 - CU.. Prêmio São Saruê - Federação de Cineclubes do Estado do Rio de Janeiro, 1979. Melhor Diretor - Troféu Golfinho de Ouro, 1979 - Governo do Estado do Rio de Janeiro
Elenco:

Falco, Rubens de (Coronel Delmiro Gouveia)
Parente, Nildo (Lionello Lona)
Soares, Jofre (Coronel Ulisses Luna)
Berdichevsky, Sura (Eulina)
Dumont, José (Zé Pó)
Graça, Magalhães (Gal. Dantas Barreto)
Sena, Conceição (Mulher de Zé Pó)
Freire, Álvaro (Tenente Isidoro)
Déda, Harildo (Coronel Zé Rodrigues)
Adélia, Maria (Dona Augusta)
Bourke, Denis (Mister Hallam)
Alves, Maria (Jove)
Almeida, Henrique (Oswaldo)
Gama, João (Chefe da estação)
Wilson, Carlos
Ribeiro, Sue
Guerra, Hélio (Sertanejo)

Ficha completa da Cinemateca Brasileira: http://cinemateca.gov.br/cgi-bin/wxis...

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04 janeiro 2017

OS BRINCOS DE BELA (E TUDO QUE AINDA HOJE CHORA, AINDA HOJE CHORA...)

*Rangel Alves da Costa

Quando mais novo, ainda num tempo que Noélia (de Chico de Celina) estava entre nós e mantinha um bar na atual praça do Banese, nos dias de feira a vaqueirama se reunia a tomar pinga e cerveja e aboiar. Cada toada e todo o sertão abria suas porteiras. Sentia-se o cheiro de gado, do cavalo corredor, da pele de sol lanhada de espinho, de um tempo já muito ido e de saudade.

O Bar de Noélia era famoso demais. A própria Noélia uma sertaneja digna das melhores e mais profundas recordações. Mulher digna, trabalhadora, bonita na feição e no coração. Depois do comprido balcão, o freezer, os copos e as bebidas. Mais adentro, na cozinha, o preparo de verdadeiras delícias sertanejas. Carne nova, muita, cheirosa, abrindo o apetite de quem ali adentrasse em busca de uma dose ou de uma geladinha. Num canto de balcão aquilo que mais fama trazia à dona do bar: os doces deliciosos, principalmente o de leite com bolas.

Noélia partiu repentinamente. Meu pai Alcino era prefeito à época e estava em Aracaju quando soube da notícia. Ao lado dele eu estava e senti o peso da comoção. Era muito amiga, fiel confidente, pessoa que ele confiava e gostava demais. Mesmo rapazote, eu mesmo passei a nutrir admiração especial por aquela mulher que não largava de um sorriso perante um amigo ou aquele que chegasse na sua venda. Saudades ainda, Noélia. Saudades.

Pois bem. Naquela época onde o aboio e a toada ecoaram com mais força em Poço Redondo depois da chegada de pessoas como Seu Zé Ferreira e também pela presença constante de Seu Adauto e outros endinheirados alagoanos e pernambucanos, fazendeiros que não desapartavam da presença de vaqueiros e aboiadores. Por todos os lugares se ouvia a canção plangente da vida de gado. Mas era no Bar de Noélia que mais se reuniam em cantorias.


E foi no Bar de Noélia que um dia tive o prazer de ouvir a mais famosa dupla de aboiadores de então: Vavá Machado e Marcolino, trazidos das distâncias pernambucanas por aqueles fazendeiros fincados nas terras poço-redondenses. A dupla de aboiadores era exímia em traduzir em canções matutas os sentimentos vaqueiros, os amores sertanejos e a vida simples e grandiosa do homem do campo. Naquela época, não havia rádio de pilha que não fosse aumentado o volume ao ecoar da famosa dupla.

Algumas canções são inesquecíveis, como Trovoada: “A chuva chove molhando a face da terra, a neve subindo a serra vai dar outra trovoada...”. Ou ainda Meu Beija-flor: “Meu beija-flor, meu beija-flor, nos ares se peneirou e as asas mudou de cor, e voou pra lá e pra cá...”.

Mas eu me encantava mesmo era com Os Brincos de Bela: “Ô Bela cadê seus brincos, cadê os brincos de Bela, pois Bela não tinha brinco, dei uma tiza de brinca, comprei brinco e dei a Bela. A minha namorada ainda hoje chora, ainda hoje chora, ainda hoje chora. A noite é de prata e o dia é de latão, que saudade da mulata que eu deixei no meu sertão. A minha namorada ainda hoje chora, ainda hoje chora, ainda hoje chora. Eu vi Bela chorando, fui lhe dar consolação, findei chorando mais Bela na noite de São João. A minha namorada, ainda hoje chora, ainda hoje chora, ainda hoje chora”.

E hoje, a minha namorada, que é a idade, que é o tempo, que é a vida, ainda hoje chora. E ainda chora com saudade daqueles vaqueiros, daqueles fazendeiros, daquela gente que fazia o sertão ser mais sertão. Ainda chora com saudade de Noélia, de sua panelada de carne em dia de feira, de sua cocada, de seu doce de leite com bola grande.

Deixe-me chorar, então. Tenho, sinto saudade. Por isso que ainda hoje choro, ainda hoje choro.

Escritor
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03 janeiro 2017

ABRINDO ESPAÇO PARA BARACK OBAMA E SUA FAMÍLIA!

Por José Mendes Pereira

UM EXEMPLO DE HONESTIDADE!

Quem se atreve em dizer algo contra este ex-presidente que administrou a mais importante potência do mundo sem nenhum escândalo? Imagina se o Brasil fosse governado por esta família!


Por que esta família está de cabisbaixa?

Para a maioria dos políticos do Brasil esta família tem vergonha de ser honesta. Mas ela nunca teve e nem terá vergonha de ter conservado a honestidade como primeiro plano para administrar os Estados Unidos, um país que pertence a uma nação. 

Esta família não tem vergonha de ter mantido relações diplomáticas com o nosso querido Brasil, mas tem vergonha quando alguém fala nos políticos do nosso Brasil. 
  

Só em você olhar bem para esta família imagina como seria se os políticos brasileiros copiassem esta honestidade!

Família Obama se despede dos funcionários da Casa Branca.

Barack Obama, esposa e filhas servem os seus funcionários que os serviram durante 8 anos de governo.


O escritor e editor do Brasil José Renato Monteiro Lobato (Monteiro Lobato) disse que: "Um país se faz com homens e livros". Mas,  eu, observando bem, vi que ele se esqueceu de completar o que desejaria falar sobre os homens aliados ao país criado: "mas que os homens têm que ser honestos". 

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02 janeiro 2017

O LIVRO QUE VOCÊ PROCURAVA SOBRE DOMINGUINHOS


Uma bela obra escrita pelo professor Antonio Vilela

O livro "DOMINGUINHOS O NENÉM DE GARANHUNS" de autoria do professor Antonio Vilela de Souza, profundo conhecedor sobre a vida e trajetória artística de DOMINGUINHOS, conterrâneo ilustre de GARANHUNS, no Estado de Pernambuco.

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01 janeiro 2017

NO PRIMEIRO DIA DO ANO

*Rangel Alves da Costa

Não estava bem na passagem do ano. Era como se um intenso e profundo remorso lhe entranhasse. Pesar terrível, contrição tão intensa que se esforçava para não chorar. Revestido em máscara de presente, porém levando na alma as dores do passado.

Mas era festa de despedida de ano. Tinha de se mostrar feliz e receptivo. Mas a cada abraço recebido, a cada desejo de felicitações, e tudo mais parecia uma punhalada fria e mortal. Não via a hora de fugir disso tudo, de subir à montanha onde tudo se revela sem fingimentos.

Que ator fingindo seu próprio personagem! Esboçava sorrisos, alegrias e contentamentos, mas verdadeiramente não estava bem. De vez em quando se afastava de todos levando o copo à mão e procurava a solidão enluarada para mirar os astros e pensar na vida. Já quase meia-noite e ele ali se perguntando: o que fiz ao longo do ano para agora comemorar?

Fingiu abraços, fingiu beijos, fingiu palavras, tudo fingiu. Sentiu-se contente quando sentou ao pé da cama para se lançar em profundo sono. Não estava bêbado. Nem toda a bebida do mundo teria conseguido embriagá-lo naquela noite. Sua embriaguez era outra. Era de consciência.

A verdade é que o remorso ainda lhe consumia. Estava bêbado de remorso, angustiado de remorso, sonolento de remorso, sofrido demais por remorso. E o que é remorso senão abatimento na consciência pela percepção de haver cometido erros? E o que é remorso senão a íntima certeza de culpa?

Na sua mente, outra verdade não existia senão a de que não deveria acordar num novo ano tendo deixado para trás tantos erros, tantos sonhos não realizados, tantas dívidas consigo mesmo. Ora, havia se prometido que aquele seria o ano das grandes realizações em sua vida, dos grandes atos e das grandes honrarias morais e pessoais.

Havia se comprometido a si mesmo que não almejaria além daquilo que efetivamente pudesse realizar e, por isso mesmo, construir com os pés no chão para saber o alcance de sua obra. Mais amar, mais viver, mais brincar, mais compartilhar, mais caminhar, mais viajar, mais agir perante mundo e realidade. Queria a felicidade nas pequenas coisas.


Mas um ano inteiro e pouco ou quase nada realizado. Adormeceu nesse mal-estar culposo e que parecia irremediável. Sonhou que o ano não havia acabado, que ainda havia tempo de realizar ao menos parte do prometido a si mesmo, que bastava abrir a porta e correr atrás de remediar os prejuízos.

Acordou de súbito. Levantou como um redemoinho que levanta da terra sair em disparada. Em menos de dez minutos e já estava abrindo a porta de casa para fazer o impossível: voltar no tempo. Contudo, consciente dessa impossibilidade, então começou a correr para remendar o passado, costurar possibilidades, construir o que não havia conseguido durante todo o ano passado.

Um trabalho de Hércules. Um novo Ulisses vivendo a intensidade das horas. Ou apenas um louco querendo afastar a insanidade através de ilusões? Mas o que se viu daí em diante foi um novo homem dentro daquele envelhecido de um dia, foi um novo ser reparando mil gestos e realizando mil ações negligenciadas no passado.

Correu a abraçar velhos amigos. Bateu às portas mais humildes para reconhecer aquela gente empobrecida como pessoa, como ser humano em máxima essência, acenou ao distante, visitou enfermos, levou flores às velhas amizades, levou incenso e mirra por onde passou. Conversou com a pedra, com o passarinho, subiu à montanha, ajoelhou para orar. E orou. Dialogou com Deus como jamais havia feito.

Varreu a casa. Passou pano na casa. Jogou fora coisas velhas e sem uso. Abriu as janelas e deixou o sol entrar. Foi ouvido cantando uma bela canção. Dividiu o pão, dividiu a mesa, estendeu a mão a quem lhe estendia a mão necessitada. Não quis ouro, não quis prata, não quis diamante. Mas quis abraçar o sol. Quis viver a intensidade da vida.

Durante o ano passado inteiro nada disso havia sido possível. Ou simplesmente postergado. E num só dia do ano, ou a partir da manhã do primeiro dia, e tudo já parecia vida. E jurou a si mesmo que assim seria a cada instante e segundo do ano. Será?

Escritor
Membro da Academia de Letras de Aracaju
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O CANGACEIRO VOLTA SECA NA PRISÃO


Volta-seca o cangaceiro menino, preso na Detenção em Salvador, utilizado como garoto-propaganda da revista carioca O Malho. - Revista O Malho, 28 de maio de 1932.


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AS CANTORAS GÊMEAS.

  Por Saudade Sertaneja Célia Mazzei (Célia) e Celma Mazzei (Celma) nasceram em Ubá, Minas Gerais, em 2 de novembro de 1952. Irmãs gêmeas, i...