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09 janeiro 2017

REPORTAGENS DE VEJA A MORTE DOS GENROS PRÓDIGOS - PERDOADOS PELO SOGRO SADDAM, IRMÃOS DESERTORES VOLTAM AO IRAQUE E SÃO MORTOS TRÊS DIAS DEPOIS


Errar é humano, perdoar é divino. Alguém pode imaginar que Saddam Hussein, o açougueiro de Bagdá, mergulhado até o pescoço no sangue de suas incontáveis vítimas, iria adotar como norma de conduta essa máxima cristã? É inacreditável, mas alguém achou que, em se tratando de um caso de família, o ditador iraquiano poderia deixar passar uma traição. 

Hussein Kamel  genro e primo  de segundo grau do ditador do Iraque Saddan Hussein

Os irmãos Hussein Kamel Hassan e Saddam Kamel, figurões de alto coturno do regime de Bagdá, fugiram para o exílio na Jordânia há seis meses, levando consigo os segredos mais preciosos do país - e suas esposas Raghad e Rana, filhas de Saddam. Arrependeram-se da fuga e, na terça-feira passada, voltaram ao Iraque, devidamente perdoados pelo sogro. Três dias depois, os genros pródigos estavam mortos. Na sexta-feira 22, a televisão iraquiana anunciou que Kamel e Hussein, juntamente com seu pai e outro dos irmãos, foram assassinados na casa onde moravam, em Bagdá, por membros de seu próprio clã de Al-Majid. Depois de dar a notícia, o locutor leu um telegrama enviado a Saddam pela família Al-Majid no qual pede "clemência" pela chacina e a justifica pela necessidade de limpar a honra do clã. Seguiram-se o hino nacional e os rotineiros elogios às autoridades.

Esposa e Saddan Kamel

O fim trágico dos genros desertores não chega a ser surpreendente. O que não se esperava é que Saddam Hussein agisse tão depressa para eliminá-los. Foi o próprio Hussein Kamel quem anunciou o regresso, na segunda-feira 19. No dia seguinte, os dois casais e os netos do ditador cruzaram os 1 000 quilômetros de deserto entre Amã e Bagdá num comboio de limusines. Na chegada, um porta-voz do governo de Bagdá informou que o pedido dos irmãos Kamel tinha sido aprovado por uma sessão conjunta do Comando Revolucionário Iraquiano e do partido governista Baath. "A marcha do grande Iraque é maior que todas as falsas aspirações e maior que os traidores e que aqueles que cometem erros", acrescentou o porta-voz, numa nota recheada de duplos e triplos sentidos.

Entre os observadores, a reação ao regresso foi de surpresa. Não faltou quem interpretasse a história inteira como mais uma das tramoias maquiavélicas de Saddam. Outros previam, cinicamente, que em poucos meses um dos irmãos - ou, de preferência, ambos - perderia a vida num "acidente" automobilístico. O sogro vingador não teve esse requinte, nem estava disposto a esperar. Na tarde de sexta-feira, um anúncio da agência oficial INA dissipou as eventuais dúvidas sobre o destino reservado aos fujões. As filhas de Saddam, informou a INA, decidiram divorciar-se de seus maridos, porque "não queriam mais permanecer casadas com traidores". A notícia do divórcio era a sentença de morte. Horas depois, a fatura estava liquidada.

O HOMEM DAS ARMAS - O motivo da fuga das duas famílias para a Jordânia é bastante conhecido: a luta feroz no interior do clã de Saddam Hussein pela partilha do butim amealhado depois da Guerra do Golfo, em 1991. O embargo decretado pelas Nações Unidas contra o Iraque permitiu à corriola do ditador multiplicar sua fortuna explorando o mercado negro. O bloqueio comercial jogou a maioria dos iraquianos na miséria, mas os donos do poder construíram cinqüenta novos palácios ou mansões luxuosas. Um complexo residencial no Lago Tharthar é 50% maior que o Palácio de Versalhes, na França. Um dos irmãos de Saddam Hussein, Barzan Ibrahim Al-Tikriti, foi enviado à Suíça para cuidar das contas secretas da família. Tanta riqueza só poderia dar briga. Na mesma noite em que os irmãos Kamel partiram para o exílio, 7 de agosto do ano passado, o filho mais velho do ditador, Uday, baleou o meio-irmão de Saddam, general Watban Ibrahim Al-Tikriti, durante uma festa em família. Uday era inimigo de Hussein Kamel, de quem retirou o controle dos negócios no mercado negro.

Já a decisão de voltar ao Iraque, seis meses depois, é bem mais difícil de entender. A fuga espetacular dos genros, recebidos de braços abertos pelo rei Hussein, da Jordânia, foi saudada em toda parte como um golpe devastador para Saddam Hussein, cuja queda, acreditou-se, era iminente. O general Hussein Kamel era o responsável pelos programas militares secretos do Iraque, o que incluía as proibidas armas químicas e os planos para a construção da bomba atômica. Como comandante das tropas de elite do ditador, a Guarda Republicana, chefiou pessoalmente o massacre das comunidades xiitas que iniciaram uma rebelião após a derrota iraquiana na Guerra do Golfo. 

Seu irmão era chefe da guarda presidencial. Preocupado com a fuga, Saddam Hussein enviou a Amã seu filho Uday, que pediu ao rei Hussein para extraditá-los. A resposta foi um humilhante não. Enquanto isso, os irmãos desertores passavam dias inteiros reunidos com agentes da CIA, enviados às pressas dos Estados Unidos para Amã, e com os inspetores da ONU encarregados de fiscalizar o cumprimento das promessas do Iraque de destruir seus estoques de armas sofisticadas. O que eles disseram é segredo até hoje. O fato é que, nas semanas posteriores, o governo do Iraque entregou à ONU informações preciosas - que até então vinha negando.

EXÍLIO SOLITÁRIO - Os dois genros pretendiam assumir a liderança da oposição iraquiana, para retornar ao país por cima da carne-seca depois da queda do regime. Em pouco tempo os EUA perceberam que o general Kamel não era o homem adequado para liderar a oposição no exílio. Guardadas as devidas proporções, isso seria o mesmo que, no Brasil dos militares, o general Sylvio Frota fugir para Paris, filiar-se ao MDB e lançar uma campanha pelas liberdades democráticas. Nos meses que se seguiram, Saddam Hussein assimilou bem o golpe - e até se fortaleceu, ao ganhar mais um mandato de presidente numa farsa eleitoral testemunhada por pencas de jornalistas estrangeiros.

Os grupos dissidentes iraquianos não quiseram conversa com o general fujão, a quem consideravam um bandido da mesma laia do ditador. Os fugitivos passaram os seis meses na Jordânia isolados num palácio, ignorados pelo Ocidente e hostilizados até pelo anfitrião, o rei Hussein, que recentemente permitiu que um grupo de oposição iraquiano rival de Hussein Kamel abrisse um escritório em Amã. Esses contratempos tornaram o exílio cada vez mais desconfortável. Mas não explicam a fatídica opção pelo regresso. Parentesco, na corte de Saddam, não quer dizer muita coisa - e os dois genros sabiam disso perfeitamente. O ditador já sumiu com vários primos e, segundo se comenta, alguns meio-irmãos. "Kamel caiu numa armadilha", afirmou um dissidente iraquiano em Londres. É uma explicação razoável. Falta esclarecer o que o teria convencido a confiar no sogro. Outra hipótese foi aventada por um assessor de Hussein Kamel que, prudentemente, preferiu ficar na Jordânia. "Ele estava mentalmente perturbado", revelou. É uma explicação mais simples. E mais convincente.

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/saddam/reportagem_280296.html

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08 janeiro 2017

ALDENORA SANTIAGO

Por José Mendes Pereira

Eu não tenho muito o que falar sobre Aldenora Santiago, mas tenho o dever de registrar a sua passagem aqui na terra, e principalmente a vida que levava entre os parentes e amigos em Mossoró.

Esta senhora eu a conheci muito, não de conversar, de ter amizade, de contatos diários, mas pelo talento que tinha, como uma grande cantora nos anos sessenta e setenta do século XX.

Aldenora Santiago era uma senhora morena, bem parecida, talvez 30 anos ou um pouco mais, e na época, residia bem próximo ao Ginásio Municipal de Mossoró, e tinha uma voz assustadora.

Mas infelizmente, devido gostar de beber alguns goles, a cantora não recebeu apoio para chegar à fama artística.

Até aparentava a cantora Elza Soares, fisicamente e voz eram iguais à famosa cantora.

Quando o radialista Zé Maria Madrid criou aos domingos às 9 horas da manhã, um programa de auditório no cine Caiçara com o nome Zy & 20 ela sempre participava, sendo aplaudida pelos seus fãs que tinham uma grande admiração pela futura cantora.

Aldenora Santiago sempre foi bem recebida pelos mossoroenses, mas infelizmente ela não passou disso, porque vivia um pouco ébria.

Não tenho notícias de qual família ela pertencia, mas só sei que foi uma cantora, que com aquele vozeirão, aos domingos lotava o cine Caiçara de Mossoró.

Mas o escritor Lindomarcos Faustino escreveu algo sobre a cantora Aldenora Santiago. Segue:

ALDENORA SANTIAGO
Por Lindomarcos Faustino

Aldenora Santiago de Aquino nasceu no município de Natal-RN, no dia 05 de junho de 1944. Filha de Manoel Lourenço de Aquino e Francisca Santiago de Aquino. Veio para o município de Mossoró ainda quando tinha sete anos de idade e, aos 18 anos, se apresentou como caloura no programa da Rádio Rural de Mossoró, na companhia do Conjunto Totõezinho, de quem recebeu uma proposta para se integrar ao grupo. Esta cantora encantou a sociedade mossoroense nas décadas de 60 e 70.

Esta profissional da música pode ser considerada um dos patrimônios históricos de Mossoró, tendo ela passado pelo cast da Rádio Difusora de Mossoró. Sua memória fez ressurgir grandes sucessos passados, os mossoroenses reviviam o passado ouvindo sua voz, que trazia emoções e grandes recordações. As noites mossoroenses ficaram mais alegres com seus shows, integrando-se o conjunto de Totõezinho e do saudoso Maestro Batista, que eram apresentados no Clube do ACDP e no Cine Caiçara. Era uma mulher que sempre foi aplaudida de pé, pelos seus fãs. Também foi integrante do Conjunto Sayonara, onde fazia a voz principal.

Ela foi revelada nos programas de auditório da Rádio Difusora de Mossoró, apresentado por Genildo Miranda, no Programa “Vesperal das Moças”. Também ela se apresentava no programa “Zy & 20”, que era apresentado aos domingos, no auditório do Cine Caiçara, pelo radialista José Maria Madrid. Ela tinha uma voz encantadora e um repertório inquestionável, sempre cantava na Rádio Difusora, na ACDP, nos cabarés de Copacabana e Casa Blanca e outros lugares. Ela chegou até ser convidada para fazer gravações no Rio de Janeiro, mas não aceitou.

Aldenora Santiago infelizmente se perdeu no alcoolismo e na prostituição. Por muitas vezes dormia nas calçadas das ruas do Alto do Louvor, em Mossoró. Ela faleceu no dia 12 de dezembro de 1984, num leito hospitalar do Rafael Fernandes, vítima de cirrose. Em sua homenagem a Câmara Municipal de Mossoró criou o “Projeto Aldenora Santiago”, para divulgação de música regional por rádio fusão e dispõe sobre a obrigatoriedade da propagação diária nas emissoras de rádio fusão de músicas, intérpretes, autores, bandas e orquestras mossoroenses ou potiguares, pela Lei N°3.228 de 20 de novembro de 2014.

Fonte: facebook
Página: Lindomarcos Faustino‎
Grupo: RELEMBRANDO MOSSORÓ

Minhas Simples Histórias
Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.

Fotos:
1 - Aldenora Santiago;
2 - Genildo Miranda;
3 - Dom Gentil, Alcides Belo e José Maria Madrid;
4 - Totõezinho e seu conjunto.

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EM 13 DE DEZEMBRO DE 1912 NASCIA LUIZ GONZAGA

Por Juliana Pereira

Em 13 de dezembro de 1912, nascia na Fazenda Caiçara, em Exu, sertão de Pernambuco, nosso eterno rei da música regional nordestina, Luiz Gonzaga do Nascimento, filho de Januário José Santos, agricultor/sanfoneiro de 8 baixos e de Ana Batista de Jesus (Santana), agricultora/ dona de casa (vendia cordas na feira).

"Luiz Gonzaga foi um matuto que conquistou o mundo, como bem nos disse o jornalista pernambucano, Gildson de Oliveira. Guimarães Rosa dizia que " o mundo é mágico, pessoas não morrem, ficam encantadas", em sendo assim, Mestre Lua encantou-se em 02 de agosto de 1989, nos deixando um legado de 49 anos de uma extensa e intensa produção musical.


Luiz Gonzaga e sua última mulher, Maria Edelzuita Rabelo, uma sertaneja nascida em São José do Egito-PE. Ela o acompanhou durante seus últimos dias de vida e dor.

O porta-voz da nação nordestina, certa feita, disse:

"Não é preciso que a gente fale em miséria, em morrer de fome. Eu sempre tive o cuidado de evitar essas coisas. É preciso que a gente fale do povo exaltando o seu espírito, contando como ele vive nas horas de lazer, nas festas, nas alegrias e nas tristezas. 

Quando faço um protesto, chamo a atenção das autoridades para os problemas, para o descaso do poder público, mas quando falo do povo nordestino não posso deixar de dizer que ele é alegre, espirituoso, brincalhão. Eu sempre procurei exaltar o matuto, o caboclo nordestino, pelo seu lado heroico. Nunca usei a miséria desvinculada da alegria."

Gonzaga foi mais que um sanfoneiro, ele dizia que mais do que ele era, não queria ser não. Nos fez apenas um pedido:

"Gostaria que lembrassem que sou filho de Januário e dona Santana. Gostaria que lembrassem muito de mim; que esse sanfoneiro amou muito seu povo, o Sertão. Decantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes. Decantou os valentes, os covardes e também o amor”.

Toda reverência ao Rei e ao seu legado! Salve o Mestre Luiz Gonzaga do Nascimento! Salve!!!

Juliana é pesquisadora do cangaço e sócia da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço.

http://blogdosanharol.blogspot.com.br/2017/01/em-13-de-dezembro-de-1912-nascia-luiz.html

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07 janeiro 2017

A “ESTÓRIA” DO CHAPÉU PERDIDO DE LAMPIÃO (FICÇÃO E FANTASIA)

Pouca gente sabe, mas a minha origem antepassada é a cidade de Juazeiro do Norte, que além de ser a terra do Meu Padim Cícero é também a do meu bisavô materno. 

Certa vez, visitando minha tia-avó “Tia Maria” (como chamamo-la carinhosamente), perguntei sobre a história do meu bisavô. Ela me contou que era um homem alto, forte, que tinha vindo de Juazeiro do Norte, nas eras de 20, e que não gostava de falar do seu passado de moço. Só se sabe que ele chegou nas terras de Cerro Corá, a pé, só com a roupa do corpo, e que por lá ficou até morrer.

Este dias, depois de ler muito sobre o cangaço, acabei sonhando com meu bisavô. No sonho eu lhe perguntava: 

- Vovô, porque o senhor veio de Juazeiro do Norte?

E ele respondeu: 

- Meu fii, eu briguei com um cabra e na briga, eu mais valente, ele correu e eu fiquei com o chapéu dele na minha mão. Adivinhe quem era o cabra? 

- Lampião!!! “Foi mesmo, vô?” 

E ele: 

- Sim, e se duvidar de mim eu meto lhe a peia.

E eu curioso: 

- O que o senhor fez com o chapéu?

Ele: 

- Meu fii, eu guardei dentro de uma lata de querosene. Vá em Cerro Corá, pergunte a minha filha Cícera que ela sabe onde eu guardei!

Já era madrugada quando eu acordei, já sem ar... Na mesma manhã, meti a carreira para Cerro Corá, e contei a estória a minha tia. Ela riu de mim, dizendo que era loucura. Mas mandou eu ir lá na tapera abandonada que pertencia ao meu bisavô. Eu fui. Olhei logo se tinha maribondo e entrei. Só tinha entulho, resto de telha quebrada, e um cupinzeiro gigantesco. De repente, deu um vento que bateu a porta atrás de mim. Ouvi um grito! O telhado começou a despencar e apareceu uma réstia mesmo no meio da sala. Olhei no chão onde a luz apontava e vi, enterrada a quina de uma lata. Me apressei para cavar e sabe o que eu achei: nada! Era só uma lata velha amassada. Voltei para Currais e no mesmo dia, pedi para o Mestre Aleixo fazer para mim um chapéu tal qual vira no sonho. Ficou perfeito!

Chapéu customizado com moedas de 1878 originais

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06 janeiro 2017

CORONEL DELMIRO GOUVEIA (GERALDO SARNO, 1979)

https://www.youtube.com/watch?v=ZMsyOSwK3zc

Publicado em 1 de abr de 2014

Em fins do século passado, Delmiro Gouveia, rico comerciante e exportador do Recife, capital do Estado de Pernambuco, Brasil, sofre perseguições políticas. Seu estilo arrojado e aventureiro lança contra ele muitos inimigos, inclusive o Governador do Estado que manda incendiar o grande mercado Derby, recém - construído por Delmiro Gouveia. Falido e perseguido pela polícia do Governador, Delmiro refugia-se no sertão, sob a proteção do Coronel Ulisses, levando consigo uma enteada do Governador. No sertão, ele recomeça sua atividade de exportador de couros e monta uma fábrica de linhas de costura, aproveitando a energia elétrica de uma usina que constrói na cachoeira de Paulo Afonso e o algodão herbáceo nativo da região. A Grande Guerra de 1914, impedindo a chegada dos produtos ingleses à América do Sul, garante a Delmiro a conquista desse mercado, sobretudo brasileiro. Os ingleses da Machine Cottons, ex-senhores absolutos do mercado, enviam emissários para negociar a situação assim criada. Delmiro nega-se a vender ou associar-se. É assassinado em 10 de outubro de 1917. Alguns anos mais tarde, 1929, a fábrica é adquirida pelos ingleses, destruída e lançada nas águas da Cahoeira Paulo Afonso. (Press-release)

Prêmios Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora no Festival de Brasília, 11, 1978, Brasília - DF.. Grande Prêmio Coral no Festival de Havana, 1979 - CU.. Prêmio São Saruê - Federação de Cineclubes do Estado do Rio de Janeiro, 1979. Melhor Diretor - Troféu Golfinho de Ouro, 1979 - Governo do Estado do Rio de Janeiro
Elenco:

Falco, Rubens de (Coronel Delmiro Gouveia)
Parente, Nildo (Lionello Lona)
Soares, Jofre (Coronel Ulisses Luna)
Berdichevsky, Sura (Eulina)
Dumont, José (Zé Pó)
Graça, Magalhães (Gal. Dantas Barreto)
Sena, Conceição (Mulher de Zé Pó)
Freire, Álvaro (Tenente Isidoro)
Déda, Harildo (Coronel Zé Rodrigues)
Adélia, Maria (Dona Augusta)
Bourke, Denis (Mister Hallam)
Alves, Maria (Jove)
Almeida, Henrique (Oswaldo)
Gama, João (Chefe da estação)
Wilson, Carlos
Ribeiro, Sue
Guerra, Hélio (Sertanejo)

Ficha completa da Cinemateca Brasileira: http://cinemateca.gov.br/cgi-bin/wxis...

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04 janeiro 2017

OS BRINCOS DE BELA (E TUDO QUE AINDA HOJE CHORA, AINDA HOJE CHORA...)

*Rangel Alves da Costa

Quando mais novo, ainda num tempo que Noélia (de Chico de Celina) estava entre nós e mantinha um bar na atual praça do Banese, nos dias de feira a vaqueirama se reunia a tomar pinga e cerveja e aboiar. Cada toada e todo o sertão abria suas porteiras. Sentia-se o cheiro de gado, do cavalo corredor, da pele de sol lanhada de espinho, de um tempo já muito ido e de saudade.

O Bar de Noélia era famoso demais. A própria Noélia uma sertaneja digna das melhores e mais profundas recordações. Mulher digna, trabalhadora, bonita na feição e no coração. Depois do comprido balcão, o freezer, os copos e as bebidas. Mais adentro, na cozinha, o preparo de verdadeiras delícias sertanejas. Carne nova, muita, cheirosa, abrindo o apetite de quem ali adentrasse em busca de uma dose ou de uma geladinha. Num canto de balcão aquilo que mais fama trazia à dona do bar: os doces deliciosos, principalmente o de leite com bolas.

Noélia partiu repentinamente. Meu pai Alcino era prefeito à época e estava em Aracaju quando soube da notícia. Ao lado dele eu estava e senti o peso da comoção. Era muito amiga, fiel confidente, pessoa que ele confiava e gostava demais. Mesmo rapazote, eu mesmo passei a nutrir admiração especial por aquela mulher que não largava de um sorriso perante um amigo ou aquele que chegasse na sua venda. Saudades ainda, Noélia. Saudades.

Pois bem. Naquela época onde o aboio e a toada ecoaram com mais força em Poço Redondo depois da chegada de pessoas como Seu Zé Ferreira e também pela presença constante de Seu Adauto e outros endinheirados alagoanos e pernambucanos, fazendeiros que não desapartavam da presença de vaqueiros e aboiadores. Por todos os lugares se ouvia a canção plangente da vida de gado. Mas era no Bar de Noélia que mais se reuniam em cantorias.


E foi no Bar de Noélia que um dia tive o prazer de ouvir a mais famosa dupla de aboiadores de então: Vavá Machado e Marcolino, trazidos das distâncias pernambucanas por aqueles fazendeiros fincados nas terras poço-redondenses. A dupla de aboiadores era exímia em traduzir em canções matutas os sentimentos vaqueiros, os amores sertanejos e a vida simples e grandiosa do homem do campo. Naquela época, não havia rádio de pilha que não fosse aumentado o volume ao ecoar da famosa dupla.

Algumas canções são inesquecíveis, como Trovoada: “A chuva chove molhando a face da terra, a neve subindo a serra vai dar outra trovoada...”. Ou ainda Meu Beija-flor: “Meu beija-flor, meu beija-flor, nos ares se peneirou e as asas mudou de cor, e voou pra lá e pra cá...”.

Mas eu me encantava mesmo era com Os Brincos de Bela: “Ô Bela cadê seus brincos, cadê os brincos de Bela, pois Bela não tinha brinco, dei uma tiza de brinca, comprei brinco e dei a Bela. A minha namorada ainda hoje chora, ainda hoje chora, ainda hoje chora. A noite é de prata e o dia é de latão, que saudade da mulata que eu deixei no meu sertão. A minha namorada ainda hoje chora, ainda hoje chora, ainda hoje chora. Eu vi Bela chorando, fui lhe dar consolação, findei chorando mais Bela na noite de São João. A minha namorada, ainda hoje chora, ainda hoje chora, ainda hoje chora”.

E hoje, a minha namorada, que é a idade, que é o tempo, que é a vida, ainda hoje chora. E ainda chora com saudade daqueles vaqueiros, daqueles fazendeiros, daquela gente que fazia o sertão ser mais sertão. Ainda chora com saudade de Noélia, de sua panelada de carne em dia de feira, de sua cocada, de seu doce de leite com bola grande.

Deixe-me chorar, então. Tenho, sinto saudade. Por isso que ainda hoje choro, ainda hoje choro.

Escritor
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03 janeiro 2017

ABRINDO ESPAÇO PARA BARACK OBAMA E SUA FAMÍLIA!

Por José Mendes Pereira

UM EXEMPLO DE HONESTIDADE!

Quem se atreve em dizer algo contra este ex-presidente que administrou a mais importante potência do mundo sem nenhum escândalo? Imagina se o Brasil fosse governado por esta família!


Por que esta família está de cabisbaixa?

Para a maioria dos políticos do Brasil esta família tem vergonha de ser honesta. Mas ela nunca teve e nem terá vergonha de ter conservado a honestidade como primeiro plano para administrar os Estados Unidos, um país que pertence a uma nação. 

Esta família não tem vergonha de ter mantido relações diplomáticas com o nosso querido Brasil, mas tem vergonha quando alguém fala nos políticos do nosso Brasil. 
  

Só em você olhar bem para esta família imagina como seria se os políticos brasileiros copiassem esta honestidade!

Família Obama se despede dos funcionários da Casa Branca.

Barack Obama, esposa e filhas servem os seus funcionários que os serviram durante 8 anos de governo.


O escritor e editor do Brasil José Renato Monteiro Lobato (Monteiro Lobato) disse que: "Um país se faz com homens e livros". Mas,  eu, observando bem, vi que ele se esqueceu de completar o que desejaria falar sobre os homens aliados ao país criado: "mas que os homens têm que ser honestos". 

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CANGAÇO - OS SUBGRUPOS.

   Por Abdias Filho Tudo no cangaço atendia a uma necessidade ou estratégia. É o caso da divisão do grande bando em diversos subgrupos, semp...