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15 março 2017

165 ANOS DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE MOSSORÓ

Fonte e foto: Jornal O Mossoroense.
Fonte e foto: Jornal O Mossoroense.

No dia 15 de março de 1852, o povoado de Santa Luzia de Mossoró passou a categoria de Vila, através do Decreto Provincial de nº 246, sancionado pelo Dr. José Joaquim da Cunha, Presidente da Província do Rio Grande do Norte. A medida estabeleceu a criação da Câmara, desvinculando-se politicamente do Município do Assu, a quem pertencera até então, formando um novo Município, sendo elevada a respectiva Povoação à categoria de Vila de Mossoró.

Fonte e foto: Jornal O Mossoroense.
PARABÉNS MOSSORÓ!!!!

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14 março 2017

O FUNERAL DO GATINHO DA VIÚVA HERMENEGARDA E O OUTRO GATINHO DA VIÚVA HERMENEGARDA

*Rangel Alves da Costa

Desde que o falecido deixou seu pedaço de cama, a viúva Hermenegarda se entregou aos prantos de não acabar mais. A verdade é que chorava noite e dia, dia e noite, misturando num só lacrimejar o dia e a noite. Seu desespero só acabou quando um gatinho apareceu em sua vida. O bichano de rua, de pelo eriçado e dengoso, miou certa feita na sala da viúva e de lá nunca mais saiu. Passou a ser criado como uma pessoa verdadeiramente importante na sua solitária vida. Tão importante que com ela dividia a mesma cama, o mesmo banho, tudo. Era beijo pra cá, beijo pra lá, e o gatinho com aquele miado safado de não ter explicação para tanto deliciamento.

Ou teria? Mas certa feita o bichano se engasgou com um osso de frango especialmente preparado para ele e num instante bateu as botas. Morreu o gatinho da viúva Hermenegarda. E foi um chororô de não acabar, dizem até que a viúva chorava mais que no momento de despedida de seu falecido esposo. Quando a casa se encheu de amigos e vizinhos para a despedida do gatinho, num funeral como de gente importante, logo começaram as conversinhas das más línguas. Enquanto a mulher chorava ao pé da caixa fúnebre do bichano, uma dizia: Aí, viúva duas vezes, do esposo e do gato amante. Já outra dizia: Se a língua desse gato falasse ia dizer coisas de arrepiar. Enquanto outra segredava: Velha mais safada, dormindo com o gato e colocando o bichano entre as pernas como se macho fosse. Ao que a outra balbuciou: E dizem que até dava conta do recado, pois a velha amanhecia feliz e sorridente. E assim foi a despedida do gatinho da viúva Hermenegarda.

Nos dias seguintes, ao invés de levar flores, velas e orações, ao falecido esposo, a velha Hermenegarda era avistada aos prantos ao lado do túmulo do gatinho. Aliás, pela rua surgiu um boato que a velha havia pagado uma fortuna para que o bichano fosse enterrado no cemitério municipal, e não nos monturos ou no meio do mato. Mas fato é que a mulher passava horas e mais horas ao lado daquele estranho túmulo, ora em choro de quase desmaiar, ora conversando coisas sem pé nem cabeça: Meu frufru, meu frufruzinho, o que agora será de mim sem o seu pelo eriçado do meu ladinho? Ou ainda: Nunca mais eu vou ouvir o seu miado, o seu rosnar, o seu gemido safado, serei apenas uma velha sem uma linguinha a acariciar minhas noites solitárias e vazias.


E fato muito estranho passou a acontecer depois. Chorosa, aflita, de véu negro à cabeça, a velha Hermenegarda passou a perambular pelos becos atrás de outro gatinho. No dia que encontrou, eis que o pior aconteceu. Na manhã seguinte amanheceu morta, porém sorridente e de pernas abertas, tendo o gato safado do lado da cama. Cena mais que esquisita: uma cama, um gato todo assanhado, uma velha morta de pernas abertas e no seu semblante aquele sorriso de ter morrido de algum tipo de desconhecido prazer. Ou conhecido demais, porém mantido em segredo assim que a porta foi aberta por uma parenta.

Quando essa história se espalhou pela cidade, não faltaram as mais estapafúrdias insinuações. Diziam que a lambida do gato havia sido tão bem dada que a velha não suportou. Diziam também que naquela idade ela não receberia mais lambida senão de gato safado. Chegaram até a dizer - e que coisa mais absurda - que a intenção do bichano era que a velha morresse mesmo para ficar com toda sua herança. E uma conversa mais absurda ainda: O gato encontrado na cama não era um novo amante da viúva, mas o fantasma do outro gato, aquele que havia morrido engasgado, que havia retornado das profundezas para acabar com a vida daquela que não havia tido o cuidado de tirar os ossos do frango antes de servir.

Coisas de não acreditar. Mas assim aconteceu. E também acontece que depois que a noite se fecha, lá pelas bandas de onde está enterrada a velha, uma gataria danada se junta perto do túmulo para miados chorosos, lúgubres e fantasmagóricos. Cruz credo!

Escritor
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13 março 2017

EXTRA O MAIOR AVIÃO DO MUNDO DECOLANDO E POUSANDO

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Publicado em 1 de dezembro de 2012
Antonov AN 225 - Maior avião do mundo decolando - World's largest aircraft taking off
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https://www.youtube.com/watch?v=ceT-B31bAtM

Publicado em 14 de novembro de 2016
Maior avião do mundo chega ao Brasil
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A ÁGUA E A SEDE DO RIO

*Rangel Alves da Costa

Nasci no semiárido nordestino, numa região sertaneja conhecida como Alto Sertão do São Francisco, precisamente por ser cortada pelas águas do Velho Chico. Da sede do município, Nossa Senhora da Conceição do Poço Redondo, até a beira do rio são cerca de quatorze quilômetros, seguindo em direção a Curralinho...

Fiz tal relato preliminar porque se iniciasse o texto dizendo ter nascido na mais autêntica aridez nordestina, com estiagens que se prolongam por anos a fio, com vegetação cuja predominância maior é do mandacaru, do xiquexique e da desnuda catingueira, logo imaginariam que nenhum rio estivesse tão permanentemente presente naquele lugar.

E o São Francisco, mesmo ameaçado na sua existência pelas ações degradantes do homem, pelo uso indiscriminado como fonte energética e pelos canais e irrigações que vão surgindo para minar suas forças, continua fazendo o seu caminho molhado, fazendo as curvas e recurvas leitosas, levando no seu leito embarcações de médio e pequeno porte e no seu corpo a sobrevivência daqueles que se esforçam para pescar o alimento da sobrevivência.

Certamente não é mais o Velho Chico grandioso e caudaloso que os livros de geografia ensinavam. Longe o tempo onde as estradas sertanejas seguiam as curvas do rio, onde o comércio e a pujança fortaleciam as ribeiras e faziam surgir portentosas cidades. Penedo, Propriá, Neópolis, tudo da semente leitosa que de muito longe chegava trazendo riqueza e bonança.

Também quase não é mais caminho para os ribeirinhos, não é mais garantia de sobrevivência dos habitantes de suas margens e arredores e nem mesmo a razão de viver daquelas povoações que desde o amanhecer ao anoitecer avistavam o rio correndo como se ali estivesse o próprio sangue percorrendo na veia. As senhoras não sentam mais ao entardecer nas calçadas altas para avistarem as chegadas e partidas. Pouco surge na curva do rio que mereça ser avistado com grandioso espanto.


É até triste dizer, mas a verdade que a contínua magrez do rio desde muito que vem deixando a população ribeirinha em situação de abandono e desamparo. Se de um lado, e ao longo da história, a gente barranqueira se fez dependente demais do rio, de outro, a nova situação de escassez do que as águas ofereciam não veio acompanhada de políticas públicas que permitissem ao homem sobreviver perante a nova e desafiadora realidade.

Assim, num processo de lenta destruição e de nenhuma renovação, o que absurdamente se vê é a água ao lado da sede, ou a sede sem que o povo tenha sido ensinado a beber a água. Neste caso, tem-se que o leito do rio, porém com menos força e profundidade, com quase nenhum alimento nas suas águas, continua passando diante dos ribeirinhos, de suas casas, de suas famílias, mas quase sem nenhuma valia para os objetivos de sobrevivência.

Daí, com o rio continuando a passar, porém sem que o deitar de uma canoa no seu leito seja garantia de pesca nem de peixe pequeno, outra coisa não se tem que não a angustiante metáfora da água que não mata a sede. E porque sede é aqui noutro sentido que não a falta de água, mas indicando a fome e todas as formas de desamparo do ser humano ribeirinho.

E também a sede da fartura de um dia, da saudade das águas piscosas nos tempos idos, das embarcações que aportavam fazendo o comércio e interligando a vida, da rede jogada com a certeza que o alimento do dia chegaria enroscado, do olhar que se derramava cheio de admiração por cima do leito largo, distante. E agora ter apenas o rio passando, fazendo sua trajetória como obrigação, como pessoa que caminha sem contentamento, sem felicidade, num tanto faz de viver.

Por que o Velho Chico nem se compara ao grande pai de um dia, aos seus órfãos pouco resta a fazer senão lamentar às suas margens. Quando a fome chega, somente se voltando para a cidade para mendigar o pão. Não se estabeleceu, com suficiência e provimento de recursos, uma cultura de plantios às suas margens; não procuraram ensinar ao barranqueiro nada que o libertasse da eterna dependência de suas águas.

Parodiando o poeta lusitano, o São Francisco continua o mais belo, o mais vigoroso, o mais pujante e encantador rio que passa por aquela aldeia, por aquelas margens de um povo sofrido, mas não porque seja o único rio que passa por aquela aldeia, e sim porque veia, raiz ribeirinha, leito onde o sertanejo lança o olhar, num misto de ternura e tristeza, imaginando que amanhã será bem melhor.

E será. Basta que matem a sede do rio, que diminuam a fome do rio, que alimentem a sua necessidade de preservação. Somente assim a magia da carranca protetora voltará a existir. E o nego d’água pulando da ribanceira, e a lua vaga contando seus contos de bom viver...

Escritor
Membro da Academia de Letras de Aracaju
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11 março 2017

FAZENDO PARTE DA EMPRESA DE CANGACEIROS DO REI LAMPIÃO, MAS SÓ NA IMAGINAÇÃO

Maria Bonita e Lampião foto colorida por Rubens Antonio

Tudo sobre história é além de fantástico, e principalmente estudar “cangaço”, e quando com tempo suficiente para acompanhar esses cangaceiros pelas caatingas do Nordeste do Brasil, observando os seus coitos, as suas invasões, os constantes tiroteios; ver na imaginação, ao longe, o jogo de cartas ao anoitecer nas bancadas improvisadas pelos cangaceiros; lá do alto de uma árvore espiar toda cabroeira rezando o ofício de Nossa Senhora; as covardias de alguns cangaceiros e cangaceiras; as traições das mulheres. Fugir do acampamento quando Zé Baiano se preparou para assassinar a sua linda Lídia. Uma cena que ninguém gostaria de ver. Eu não vi, mesmo na minha imaginação, virei o rosto para um lado, só para não ver aquele sofrimento da Lídia quando estava morrendo.

- Para Zé! Você já satisfez a tua vontade! Eu já paguei o que contigo fiz. 

- Dizia a Lídia ainda com vida e o corpo todo quebrado pela maldade do Zé Baiano.

E o Zé Baiano quis parar, mas continuou batendo na cabocla que um dia foi dele.

- O que me fizeste, o meu ódio me faz terminar tua vida, Lídia!

Presenciar uma bronca de Lampião com um dos seus comandados. Assim como um cão, acompanhar o mensageiro até à fazenda de um latifundiário com um bilhete solicitando valores. Ocultando-se para ver os bailes perfumados que os cangaceiros e cangaceiras faziam nas caatingas. Fugir paralelo quando a polícia não dava trégua.

Testemunhar a grande discussão de Lampião que aconteceu nas caatingas com o seu comandado Volta Seca, causada pela sua desobediência.

Ficar ouvindo os conselhos de Virgínio Fortunado da Silva ex-cunhado de Lampião, dirigido ao cangaceiro Volta Seca, que bem melhor seria ficar calado e obedecer ao seu grande chefe.

Fechar os olhos para não ver Lampião decepando cabeças de policiais pegos pelos cangaceiros. Participar de acampamentos lá no Raso da Catarina. De metido, ao longe fingir que participa dos treinos de guerra do bando.

Conhecer de perto a Central Administrativa da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia" do rei Lampião. Será que é organizada?

Ver de perto e escondido entre as pedras que repousam lá pelo Raso da Catarina, a linda Maria Bonita se banhando, mas com um olho para frente e o outro em direção ao coito, temendo a suçuarana humana perceber. Mas tudo isso na imaginação.

O tema cangaço continua vivo, e como dizia o Alcino Alves, cada um de nós que estuda cangaço é um louco.

Observação: Senhor leitor, não confundir estudar cangaço com maldades. Nós que gostamos do tema cangaço jamais queremos que isso volte a acontecer. Não tem valor para a literatura lampiônica, é apenas no meu pensamento.


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09 março 2017

MONUMENTO AOS HERÓIS DE CANUDOS - FORTE DE SÃO PEDRO (SÃO PEDRO) - SALVADOR - BAHIA / BRASIL

Criação de Aurino Lopes


Monumento em Homenagem aos Heróis de Canudos feita pelo Exército, localizado no Forte de São Pedro (São Pedro), Salvador - Bahia / Brasil.


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AS CANTORAS GÊMEAS.

  Por Saudade Sertaneja Célia Mazzei (Célia) e Celma Mazzei (Celma) nasceram em Ubá, Minas Gerais, em 2 de novembro de 1952. Irmãs gêmeas, i...