Nada de novela, nada de ficção. A trama é tão real que dói na pele, nos ossos, em tudo. O enredo é tão dramaticamente pujante que só vendo cada cena em ação para se acreditar. Mas tudo existente num paraíso. Este sim, fictício, inventado por quem não conhece de perto as durezas da realidade da vida.
Brasil, este imenso e fictício paraíso. Se no passado o escrivão Caminha relatou que aqui se plantando tudo dá, vez que a riqueza da terra era avistada além do olhar, talvez só tivesse esquecido que se deveria plantar o grão produtivo e não semear ervas daninhas por todo lugar. E o que se espalhou foi a semeadura do imprestável.
Com as devidas desculpas ante as almas boas sempre existentes, semeadura do imprestável e com aparência de verdadeiro jardim. Tamanho é o disfarce existente neste paraíso que muitos acreditam ser coisa do outro mundo. Não se pode negar, contudo, a pujança das belezas naturais, das raças e das grandezas que conseguiram vingar mesmo na terra assolada pela desonra humana.
Neste aspecto, o Brasil é coisa de cinema. Os fascínios e os encantos se alargam por todos os quadrantes. Sua dimensão continental faz espalhar tamanha riqueza histórica e natural que se avoluma em maior intensidade em cada região que se tem. Da Amazônia ao Nordeste, segundo suas próprias feições, tudo é uma só beleza. Costas incomparáveis, serranias majestosas, pampas de inigualável nobreza.
Desse modo, que não se imagine que ora se nega toda a pujança que há sobre a terra brasilis. As riquezas são imensas, os recursos naturais são primorosos, os feitos históricos são exuberantes e há, verdadeiramente, uma grandeza única desde suas margens aos seus sertões. E como já disse alguém, tão rico e tão primoroso é o Brasil que tudo já fizeram para devastá-lo e jamais conseguiram. Com efeito, quanto mais tentam afundar o país mais ele emerge com a mesma grandeza.
Contudo, se na história, na geografia e na cultura, dentre outros aspectos, estão os exemplos maiores da riqueza e da diversidade brasileira, muito diferente ocorre quando o país é avistado perante o contexto humano, social e político. Em tais aspectos, e sem a menor dúvida no reconhecimento, há o que se pode chamar de o outro lado do paraíso. E assim por que os aspectos citados refletem bem o quanto a pátria é maltratada pela ganância humana, pela sociedade inerte e preconceituosa e, principalmente, pelo metiê que envolve a política, os políticos e os partidarismos.
Desde sua descoberta que o paraíso tropical se viu entregue aos descalabros humanos. Aquelas raízes dos segregados lusitanos, com toda espécie de gente mau caráter, aqui se disseminaram de tal modo que suas práticas e costumes escusos nunca mais deixaram de existir. Ladrões, espertalhões, gananciosos, tudo foi vingando em levas e fazendo surgir gerações que não mais deixaram de esbulhar, de usurpar, de roubar a nação.
Os exemplos primeiros se alastraram nos acertos dos poderes, na política, no mando, num mundo de espertezas. Significa dizer que aquela beleza avistada por Caminha passou a ser habitada e conduzida por mãos e mentes tão hábeis na ilicitude que o normal da existência passou a ser o de tirar o máximo proveito sobre tudo que a mão pudesse alcançar. E tal proveito da usurpação mesmo, do esbulho, da mão grande sobre bolsos e cofres.
Aquele paraíso, então, foi se transformando de tal modo em lugar de espertalhões que até hoje se disputa para saber quem rouba ais, quem é mais corrupto, quem é mias improbo. As provas estão aí. Um Brasil tão belo e tão feio pela raça corrupta que tomou conta dos parlamentos, dos gabinetes, das salas e antessalas. Um país que passou a se prezar pelo maus uso dos recursos públicos, pelas espertezas do poder, pelos processos criminais que se avolumam e pelas prisões que passaram a recair sobre os figurões da República.
Eis o outro lado deste paraíso chamado Brasil. Ou tristes trópicos, como diria Levi-Strauss. Uma nação que infelizmente se contenta em conviver com os mais nefastos disfarces: da seriedade que nunca existiu, da honradez vergonhosa de seus governantes e políticos e doo respeito ao próximo sob a máscara do preconceito e da discriminação. Assim, um lado que é belo e outro que é vergonhoso.
Por Rostand Medeiros, Sócio Efetivo e membro da Diretoria do IHGRN.
No próximo dia 12 de abril de 2018 o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte – IHGRN, a mais antiga instituição cultural do estado, vai comemorar seus 116 anos de fundação. Na ocasião ocorrerá o lançamento da Revista do Instituto Histórico de número 96 e do Catálogo do IHGRN. Também serão entregues vários títulos da instituição a beneméritos, amigos, mantenedor da casa e igualmente será realizada a posse de novos sócios efetivos.
O evento será realizado no Centro Pastoral Dom Heitor de Araújo Sales, na Rua da Conceição 615, ao lado da sede do IHGRN.
Serão empossados no próximo dia 12 de abril novos SÓCIOS EFETIVOS do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, trazendo para esta casa uma renovação de ideias e pensamentos entre seus membros.
Entre estes está a escritora Diva Maria Cunha Pereira de Macedo, ocupante da cadeira número 30 da Academia Norte-rio-grandense de Letras, cujo patrono é o Monsenhor Augusto Franklin Moreira Silva.
Outro que estará fazendo parte oficialmente do quadro de Sócios efetivos é José Gaudêncio Diógenes Torquato, arquiteto, que atualmente é o prefeito constitucionalmente eleito do município de São Miguel, onde realiza importantes ações que ampliam junto a sua comunidade a importância do conhecimento histórico e da identidade local.
Já o canguaretamense Francisco Alves Galvão Neto, mentor na criação da Academia de Letras de Canguaretama e que fez parte da Comissão de Estudo para Beatificação dos Mártires de Cunhaú e Uruassú, é um destacado pesquisador que agora passa a fazer parte dos quadros do IHGRN.
Outro que estará ingressando na casa é o atual Presidente da Academia Açuense de Letras Francisco Jose Costa dos Santos, professor da rede estadual de ensino e um grande batalhador pela memória e cultura de sua região.
Entre os agraciados com o título de SÓCIO BENEMÉRITO estão o Prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves, os Deputados Estaduais Hermano Morais, José Dias e Dison Lisboa, as Vereadoras de Natal Eleika Bezerra, Julia Arruda e Nina Souza. Estas autoridades, tanto a frente do executivo natalense, ou nos trabalhos parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, bem como na Câmara Municipal de Natal, conseguiram encaminhar projetos e emendas parlamentares que foram essenciais para as reformas e manutenção do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.
Outro que estará recebendo o título de Sócio Benemérito será o Juiz Federal Francisco Eduardo Guimarães Farias, que no seu exercício profissional presta um relevante serviço benemerente ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.
Outro agraciado será o empresário Arturo Silveira Dias de Arruda Câmara, que no seu exercício profissional presta um relevante serviço em prol do conhecimento pelo público potiguar sobre o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.
Igualmente neste dia 12 de abril de 2018 irá ocorrer um fato inédito nos 116 anos do nosso Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.
Pela primeira vez será entregue o título de SÓCIO MANTENEDOR e o agraciado com essa distinção é o médico radiologista Einar Cavalcanti de Souza, que espontaneamente procurou o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte para saber como poderia ajudar a nossa instituição. Diante de tão nobre gesto, a Diretoria decidiu criar o título de Sócio Mantenedor, sendo o Doutor Einar o primeiro a receber esta honraria.
Prédio do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (Foto: Divulgação/Prefeitura de Natal)
Nesta noite de comemoração, de reencontro e festa, a Diretoria do IHGRN terá a honra de entregar vários diplomas de AMIGOS DO INSTITUTO a pessoas que doam o melhor de si para o bom funcionamento desta importante casa da cultura potiguar, a maioria deles de forma estritamente voluntária.
Recebendo este diploma temos Maria Lúcia da Silva, a querida Lúcia, funcionária da Fundação José Augusto que trabalhou cedida durante trinta anos junto ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, prestando uma inestimável ajuda a casa e aos pesquisadores.
Já o engenheiro civil Yuri Tasso Duarte Queiroz Pinto, está recebendo o diploma de Amigo do Instituto, pois, quando Presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte – CAERN, viabilizou a doação de inúmeros equipamentos essenciais para o funcionamento do IHGRN.
O funcionário do Departamento Estadual de Imprensa Valmir Bezerra de Araújo, pela presteza nas publicações no Diário Oficial dos informes essenciais do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, sendo, portanto, agraciado com este diploma.
Uma querida Amiga do Instituto é a acadêmica de Direito Maria Lopes Ricardo Simões, que desenvolveu junto com Gustavo Sobral, atual Diretor de Biblioteca, Arquivo e Museu desta instituição, o primeiro catálogo do nosso acervo, bem como é autora da atual foto oficial do IHGRN.
Outro que está recebendo o diploma de Amigo do Instituto por seu trabalho voluntário é Pedro Simões Neto Segundo, técnico de geologia e de mineração, que atualmente desenvolve a biblioteca virtual desta instituição,
Os outros agraciados com esse diploma são Igor Oliveira da Silva eCristiane França Bezerra de Melo. Igor é bacharel em história pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e bacharelando em biblioteconomia, onde organizou a nossa biblioteca. Já Cristiane França, formada em biblioteconomia, trabalha no nosso IHGRN junto ao seu acervo.
Ao longo dos últimos anos o IHGRN, cujo Presidente Ormuz Simonetti, em conjunto com seus Diretores e associados, vem buscando incrementar a realização de novos projetos e ampliar as ações da instituição com propostas mais arrojadas, contribuindo assim para o desenvolvimento da cultura potiguar. Igualmente o IHGRN foca na interiorização de suas atividades, criando seções regionais em várias cidades do Rio Grande do Norte, abrindo assim novos horizontes para seu desenvolvimento.
O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte é uma entidade civil, sem fins lucrativos, de caráter cientifico e educacional, sendo a mais antiga entidade privada cultural do Estado. É uma instituição que possui parcerias com órgãos e instituições públicas e privadas, além de editar regularmente a sua tradicional Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.
Por tudo isso o IHGRN é um importante repositório da tradição cultural e histórica de todo o povo potiguar, sendo uma instituição tradicional voltada ao serviço público de resgate e registro da memória do Rio Grande do Norte.
Produzido
pelo Núcleo de Documentários da TV CEARÁ Coordenação de Núcleo e Finalização:
Angela Gurgel Roteiro: Ana Célia Oliveira e Angela Gurgel Produção: Ana Célia
Oliveira Apresentação: Marina Ratis Edição: Daniel Cardoso, Vinicius Augusto
Bozzo e Paulo Tomé Direção de Fotografia: Vinicius Augusto Bozzo Imagens:
Odério Dias, Fabiano Moreira, Hermann Lustosa, Fábio Ferraz.
Lula não foi condenado pelo
tríplex (esqueçam isso!). Lula foi condenado quando decidiu que cada brasileiro
deveria fazer três refeições ao dia. Lula foi condenado quando tirou o brasil
do mapa da fome mundial. Lula foi condenado quando milhões ascenderam socialmente.
Lula foi condenado quando decidiu que pobres poderiam chegar à universidade e
às escolas técnicas. Lula foi condenado quando a filha do pedreiro virou
engenheira, o filho do garçom virou advogado e o negro favelado deixou de ser
bandido para ser médico: invertendo, assim, a lógica dessa porra toda. Lula foi
condenado quando começou a dar show pelo mundo, no g-20, nas nações unidas e
nos cambau a quatro. Lula foi condenado quando investiu mais em educação e
saúde que todos os outros presidentes. Lula foi condenado quando investiu no
nordeste brasileiro, sempre esquecido. Lula foi condenado quando mostrou à
elite deste país que um operário sabia governar. Lula foi condenado quando
alcançou 80% de aprovação popular. Lula foi condenado por suas virtudes, não
por seus eventuais pecados. Lula é imenso, do tamanho do Brasil. Lula é a
história."
Agradeço ao professor Pereira lá de Cajazeiras no Estado da Paraíba, pelos excelentes livros que eu recebi.
VINGANÇA, NÃO DEPOIMENTO SOBRE CHICO PEREIRA E CANGACEIROS DO NORDESTE
O FOGO DA JUREMA, CONCEIÇÃO E IBIRA
CAMINHOS DO PAJEÚ
NAS REDES DAS MEMÓRIAS
AS MÚLTIPLAS FACES DO CANGACEIRO CHICO PEREIRA
O primeiro "CAMINHOS DE PAJEÚ" eu já concluí a leitura, um excelente trabalho feito pelo escritor Luiz Cristovão dos Santos.
O leitor deve adquiri-los o quanto antes para não ficar sem eles. Este é o e-mail do professor Pereira para você adquirir o seu ou os seus livros sobre cangaço:
franpelima@bol.com.br
Muito obrigado, professor Pereira, fico sempre ao seu inteiro dispor, e veja que eu já tenho vários livros na minha estante presenteados pelo mestre.