Por José Mendes Pereira

Por José Mendes Pereira

Por Heitor Araújo
No dia 28 de Julho de 1938 há exatamente 83 anos, o cangaço levava um golpe fatal. Morria na grota do Angico, Lampião, Maria Bonita e mais 9 cangaceiros, em ação comandada pelo até então tenente João Bezerra.
Esse dia entraria para história como praticamente o fim de um fenômeno social que por muitos anos encharcou o solo do sertão nordestino de sangue. Alegria para uns, tristeza para outros, até hoje o cangaço divide opniões e causa as mais elevadas divergências entre os fãs do tema, heróis ou bandidos...
Na imagem acima trago 20 personagens que tiveram grande relevância no fatídico dia. Vamos a eles :
Quinta-Feira : O veterano cangaceiro, homem de confiança de Lampião, teria sido um dos poucos a resistir ao ataque das forças volantes.
Luiz Pedro : Fiel companheiro de Lampião, teria conseguido furar o cerco, mas voltou ao local do combete e foi executado por Antônio Jacó. Uns dizem que voltou pela promessa que fizera a Lampião no passado, já outros dizem que voltou pelo ouro do chefe mor.
Enedina : Uma das mulheres mortas na emboscada, a companheira do cangaceiro Zé de Julião o Cajazeira, não teve a mesma sorte do marido e morreu com um balaço na cabeça.
Elétrico : O bravo cangaceiro teria sido o que mais resistiu entre os cabras de Lampião, e de sua arma provavelmente saiu a bala que matou o soldado Adrião, única baixa das forças volantes na emboscada.
Durval Rosa : Irmão mais novo do coiteiro de Lampião, Pedro de Cândido. Depois das supostas ameaças foi ele que levou as volantes até o local exato onde estava Lampião e seu bando.
Lampião : O rei do cangaço que marcou uma reunião com seus subordinados naquele coito, não imaginaria que morreria naquele dia sem dar se quer um tiro.
Maria Bonita : Morreu ao lado do amado, mesmo dando demonstrações de querer sair daquela vida. Teria sido decapitada viva.
Pedro de Cândido : Para uns traidor para outros uma vítima das torturas das forças volantes. Pedro de Cândido, foi quem junto de seu irmão Durval Rosa, entrogou o coito de Lampião a polícia.
Antônio Jacó : Também conhecido como Mané Véio, foi um dos grandes destaques do ataque. Foi ele que executou o cangaceiro Luiz Pedro.
João Bezerra : Chefe da ação que deu cabo do rei do cangaço. O tenente João Bezerra naquele dia colocaria seu nome na história.
Chico Ferreira : O então aspirante Chico Ferreira, mesmo embriagado, foi um dos grandes destaques da ação, paracia estar endemoniado, com uma coragem surreal.
Aniceto Rodrigues : O sargento Aniceto Rodrigues foi quem recebeu as cordenadas de Joca Bernardes que acabou resultando na emboscada que deu cabo de Lampião, Maria Bonita e mais 9 cangaceiros. Também foi graças a ele que muitos cangaceiros conseguiram fugir da emboscada, pois Aniceto se perdeu no caminho e não conseguiu fechar o cerco a tempo.
Adrião : O jovem soldado Adrião foi a única baixa pelo lado das forças volantes. Teria sido morto por um disparo da arma do cangaceiro Elétrico.
Joca Bernardes : O coiteiro de Corisco, por inveja de Pedro de Cândido, foi o delator dos cangaceiros. Foi Joca que contou ao sargento Aniceto Rodrigues que Pedro de Cândido sabia onde estavam os cangaceiros.
José Lucena : O lider da ação que deu cabo da vida do pai de Lampião o sr. José Ferreira no passado. Também seria um dos responsáveis pelo fim de Lampião. Foi ele que pressionou e ameaçou João Bezerra para que a missão fosse bem sucedida.
Zé Sereno : Um dos poucos que estava cismado com o coito e preocupado com uma possível traição. Seria ele também que após a fuga do local da emboscada, reuniria os cangaceiros e negociaria as entregas.
Por Helton Araújo
Edição da foto : Helton Araújo
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Por Aderbal Nogueira
Terceira palestra sobre Angico, dessa vez com o mestre e amigo Antônio Amaury. LEMBRANDO - não serão aceitos comentários ofensivos que em nada contribuem para uma boa análise da história. Qualquer pessoa pode discordar ou não dos depoentes e palestrantes, mas quem faltar com o respeito terá o comentário deletado da postagem.
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Por Sálvio Siqueira
Por José Mendes Pereira
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Por José Mendes Pereira
No ano de 1927, após sete anos das mortes de dona Maria Sulena da Purificação (morte natural), e seu pai José Ferreira da Silva ou Santos, este assassinado por arma de fogo, quase cinco meses faltando para uma possível invasão à Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, Lampião resolveu intranquilizar o Estado de Alagoas, com permanentes invasões, usando o seu ódio e o seu poder de vingança, e eliminando sertanejos inocentes, mas sem medo, responsabilizando o militar da Polícia de Alagoas, o tenente coronel José Lucena de Albuquerque Maranhão, maior desafeto de Lampião, por ter matado o seu querido e amado pai, o José Ferreira, enquanto ele debulhava grãos em sua nova residência no Estado de Alagoas.
A maldade que haviam feito com o seu pai o capitão Lampião não pretendia deixar impune, pois o velho não tinha participações nem um tiquinho com seus problemas de bandidagem. Se o militar José Lucena o procurava para eliminá-lo do solo sertanejo, que tivesse embrenhados até as caatingas do nordeste brasileiro, pois era por ali, que ele, seu irmão e toda cangaceirada da sua "Empresa de Cangaceiros Lampiônica Cia" estavam com redes armadas e cachimbos acesos nos coitos, que faziam por lá, e não tivesse eliminada a vida de um senhor admirado no meio de toda vizinhança do sertão Pajeuense.
Um dos motivos de sua desordem naquele Estado alagoano era para mostrar ao tenente coronel José Lucena, que a sua imagem como militar, não passava de um simples homem covarde e oportunista, por ter exterminado a vida de um senhor pacato, amigo respeitado por toda gente daquela região que antes morava.
José Saturnino inimigo nº 1 de Lampião.
O outro foi o Zé Saturnino que usou a sua covardia contra o seu pai, quando antes, ambos, eram compadres, amigos e vizinhos de propriedades, fazendo-o sair dali, às pressas, privando o direito dele, da sua esposa e de toda família, serem felizes na sua amada terra onde nasceram e moravam, obrigando-os fugirem do querido chão pernambucano, e os empurrando para as terras que só as conheciam como passeio.
Lá em Pernambuco, seu pai e os seus familiares, com saudades, deixaram para trás, tudo que haviam adquirido com muito trabalho e esforço: propriedade, agricultura, criações e principalmente, um baú de sonhos, sonhos e muitos sonhos que pretendiam tornar realidad. Não querendo que seus filhos continuassem na desgraça, seu José Ferreira da Silva vendeu tudo que possuía por um valor insignificante. Que tamanha infelicidade provocada por um homem que um dia se dizia ser seu grande amigo!
Lá, em Alagoas, os Ferreiras, filhos e filhas tiveram o desprazer de caminharem para assistirem o sepultamento no cemitério da sua mãe dona Maria Lopes que faleceu quase que de repente, infartando. Sentindo bastante do desrespeito do Zé Saturnino com o seu esposo, veio a óbito. E com poucos dias que a mãe partira para a eternidade, foi a vez de levarem o pai para enterrá-lo, porque fora assassinado pelas armas do tenente José Lucena.
No silêncio do seu “EU”,acho que o rei dizia que não tinha dúvida, que o principal culpado das suas desventuras, era o Zé Saturnino, por não ter assumido a sua desonestidade, quando o assecla viu peles dos seus animais na casa de um dos moradores da Fazenda Pedreiras. Se o fazendeiro tivesse assumido o feito, não teria sido necessário ele e seus irmãos viverem de correrias dentro das matas, tewntando ocultarem das volantes que os perseguiam.
O rei do cangaço, talvez, ainda se lastimava que todos os seus antes amigos, viviam passeando pelas redondezas do lugar, livres de perseguições, e diariamente aconchegados às mocinhas do povoado, frequentando festas e bailes. E enquanto os outros gozavam da liberdade, eles eram privados de participarem dos divertimentos que o povoado oferecia. Infelizmente, teriam que passar a vida inteira se amparando às árvores, castigados pelas chuvas, sol, poeiras, dormindo no chão, misturados com insetos de todos as espécies, no meio de violentos tiroteios, tentando se livrarem dos estilhaços de balas. E na maioria das vezes, fome, fome, e muita fome, vivendo um horroroso sofrimento.
Lampião e seu irmão Antonio sabiam que na região do Pajeú, todas as cidades dali, como Itapetim, Tuparetama, São José do Egito, Ingazeira, Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Flores, Calumbi, Serra Talhada, Floresta e Itacuruba, muitas os condenavam como homens perigosos, mas que todos que os julgavam como bandidos cruéis, entendessem o porquê das suas práticas criminosas. Fizeram simplesmente para defenderem o que lhes pertencia, e em prol das suas honras. Se eles não defendessem o que eram seus, com o passar dos tempos, todos iriam querer pisá-los como se nada valessem na vida.
Enquanto descansava sobre o chão dos seus coitos, Lampião ainda imaginava que, se o Zé Saturnino não tivesse manipulado o tenente Zé Lucena para assassinar o seu generoso pai, quem sabe, talvez ele não tivesse se tornado um bandoleiro; e sim, um fazendeiro, um engenheiro, um rábula qualquer, ou outra coisa parecida. Ou ainda se casado com serra-talhadense e construído uma linda e maravilhosa família.
E agora, depois de tantas decepções que os dois manos passaram, principalmente a dolorosa e sofrida morte do José Ferreira da Silva, como os irmãos Ferreiras se vingariam das maldades que fizeram contra eles?
Lampião e o seu mano Antonio Ferreira decepcionados e de cabisbaixas diante da vizinhança, e privados de tudo e de todos, já que não havia como assassinarem os causadores das suas declinações e morte do seu pai, decidiram que o mais propício para mais ou menos amenizarem as suas dores, seria fazerem invasões constantes no Estado de Alagoas, não importando com o tipo de atrocidade, vingando-se a seu modo. Já que tinham perdido o respeito, diante da vizinhança, uma desordem a mais não influenciava nada.
E a partir de 11 de janeiro de 1927, Lampião e Antonio organizaram-se e partiram para bagunçarem o Estado de Alagoas, a terra do tenente Zé Lucena, onde destruíam tudo que viam pela frente, não dando tranquilidade aos moradores sertanejos, e geralmente, rios de sangue ficavam escorrendo por onde os vingadores passavam.
Informação ao amigo leitor:
Nesse período Lampião estava com apenas Antônio Ferreira no cangaço, porque o Livino Ferreira tinha sido assassinado no ano de 1925. O Ezequiel Ferreira só entrou para o cangaço quando o Antônio foi morto por acidente neste mesmo ano.
Muitos fatos que aqui aparecem, são verídicos, mas outros, são apenas as minhas imaginações. Imaginar, não quer dizer que atrapalha a literatura lampiônica. Sendo para discordar do que foi escrito por pessoas que fazem os seus trabalhos com seriedades, eu sou a primeira pessoa a protestar.
Eu escrevo mais para cultivar a leitura sem atrapalhar os encarregados pela literatura lampiônica.
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Por Otávio Cardozo
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