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Resultados da pesquisa

25 fevereiro 2022

ANÁLIA FERREIRA IRMÃO DO CAPITÃO LAMPIÃO.

 Por José Mendes Pereira


Para aqueles que estão começando a estudar "cangaço", principalmente sobre a "Empresa de Cangaceiros Lampião & Cia.", esta senhora era Anália Ferreira da Silva, filha mais nova de José Ferreira da Silva e dona Maria Sulena da Purificação. irmã do capitão Lampião. 

O pesquisador do cangaço Geraldo Júnior nos diz o seguinte: 

Anália Ferreira irmã de Lampião em entrevista concedida ao jornalista Melchíades da Rocha enviado do Jornal A NOITE (Rio de Janeiro/RJ) logo após a morte de Lampião ocorrida no dia 28 de julho de 1938, na Grota do Angico em Sergipe. 

Geraldo ainda diz que ela falou ao jornalista que: 

"sinto profundamente a trágica morte do meu irmão, mas que por outro lado, alegro-me, por ter encerrado definitivamente a carreira de crimes do irmão cangaceiro".


José Ferreira e dona Maria Lopes.

Em 2019 Daniel Moura me enviou fotos da sua família, quando me disse que era bisneto de Anália Ferreira da Silva, irmão do afamado capitão Lampião. Mas depois de uma gravação feita pelo jornalista Robério Santos, quando apresenta em vídeo o seu túmulo e os nomes dos seus filhos, as pessoas como supostas filhas de Anália Ferreira, não batem com o que registrou o Robério Santos.

Não vou postar as fotos das supostas pessoas que fazem parte da família de Lampião. Mas as tenho em meu acervo enviadas pelo Daniel.

Agora, a minha pessoa ficou meio confusa, e dando credibilidades mais ao pesquisador Robério Santos, e que o amigo Daniel Moura que me perdoe. Isso faz parte dos nossos estudos. Mas quem sabe, poderá ser mesmo o que me enviou o Daniel Moura.

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24 fevereiro 2022

A RUA DOS COITEIROS

  Por Sálvio Siqueira

Junior Almeida, Manoel Severo, Sálvio Siqueira e Ana Gleide no lançamento de As Cruzes do Cangaço em Floresta.

Naquele tempo, para sobreviver às inúmeras perseguições das volantes, Lampião arquitetou uma enorme e eficiente ‘malha’, rede, de colaboradores. Essa rede se fazia necessário para aquisição de material bélico, alimentação, vestimentas e, o mais importante, informações. Que, vira e mexe, O “Rei dos Cangaceiros” usava os ‘informantes’ para passarem a ‘desinformação’. Uma espécie de espionagem e contra espionagem na caatinga sertaneja.
O roceiro tinha que ser coiteiro, não simplesmente por ser. Havia o medo do que poderia lhe ocorrer, assim como a sua família, se se recusa ser colaborador. Tinha lá suas vantagens em ser colaborador do ‘Capitão’. A vida não era, e não é fácil para quem vive exclusivamente dos produtos retirados das pequenas propriedades. Pior ainda, quando o mesmo com sua família, era morador de uma fazenda. Às vezes o dono sabia, consentia e mandava seu ‘morador’ acolher e alimentar os grupos quando por suas terras passavam. Outra era só o colaborador quem sabia da passagem e estada deles naquelas brenhas. 

A partir do momento em que ele matava a sede e a fome de algum cangaceiro, leva ou trazia algum recado, passava a ser colaborador, mesmo que nunca mais se repetisse esses atos. Aí vinha a dureza imposta por aqueles que os perseguiam, por ele ter dado água aos cangaceiros, eram, quando descobertos, presos, maltratados e até assassinados. No entanto, haviam aqueles que colaboravam por recompensas em dinheiro, favores e proteção, dependendo da sua colocação na pirâmide de colaboradores, se estavam na base, no meio ou no topo da mesma.
Certa feita, uma volante comandada pelo Anspeçada Sinhozinho, Manoel Gomes de Sá, rastreava os sinais deixados por dois cangaceiros, que tinham estuprado uma mulher em uma fazenda da região, no leito e margens de um riacho temporário no sertão do Pajeú. Próximo às margens dos riachos e rios, era o local preferido onde os sertanejos procuravam levantarem suas taperas para morarem. Entretidos em decifrar e seguir o que os sinais ‘diziam’, os homens da volante nem percebem que estavam bem perto de uma casa.
Na casa, os dois foragidos, cangaceiros Zé Marinheiro e Sabiá, tinham matado sua sede e estavam a prosear embaixo de uma latada, quando, de repente, o dono da casa e sua esposa avisam aos dois da aproximação de soldados. Acredito que os cangaceiros que ali estavam, pensaram serem poucos os homens em seus rastros, pois um deles, Zé Marinho, faz pontaria e abre fogo contra aquele que estava na linha de tiro.
O som do disparo, repentino àquelas horas e naquele silêncio da mata, não deixa os soldados atinarem o ponto correto de onde tinha partido o mesmo. O tiro teve endereço certo. Acertou o ouvido do militar e esse morre mesmo antes de chocar-se contra o solo seco do sertão. Demorados alguns instantes, a volante, já consciente do que ocorrera, manda bala em direção oposta de onde viera o disparo.

Embaixo da latada onde estavam os cangaceiros, havia um pilão de madeira, e após matar o soldado, é exatamente onde o cangaceiro Zé Marinheiro se protege dos disparos dos soldados, os quais retiram lascas da madeira e fazem o cabra escutar o zunido do projétil tomando outra direção, ou mesmo aquelas que penetram e se alojam no velho objeto de pilar milho e outras culturas.

Vendo o companheiro tombado, seus companheiros procuram cercar o local o mais fechado e rápido que poderiam. Aquele que matara seu companheiro não podia escapar da sua sentença. E acocham cada vez mais o círculo da morte. Vendo que estavam cercados, os dois cabras pulam para dentro da casa do roceiro, e, de lá, dão combate a volante.

Essa casa era d’um caboclo trabalhador, conhecido como Garapu. Casado com dona Carmina, geraram oito herdeiros. Quando os cangaceiros adentram na casa, sua companheira procura proteger sete, de seus filhos, colocando-os em lugar seguro. O caboclo tinha algum dinheiro, provavelmente ganho dos cangaceiros, pega seu ‘tesouro’ e o coloca entre uma telha e outra. Essa ação não passa despercebida por sua esposa, que naquela hora, lembra-se de seu primogênito que tinha ido fazer compras na vizinhança. O filho mais velho daquele casal estava mais perto do que ela, sua mãe, imaginava. Viajando montado em uma burra, já na volta de sua viagem, escuta o tiroteio vindo das bandas de sua casa. Salta do animal e procura uma moita como esconderijo, vendo o que se passava com sua família.

Soldados atacam, cangaceiros se defendem. Num momento infeliz, o comandante da volante passa diante de uma das janelas da casa, e, nessa estava o cangaceiro Sabiá, que sem demora, faz mira e abre fogo contra ele. O tiro e certeiro, levando a mais uma baixa na volante. Após a morte do comandante, vários de seus comandados não conseguem segurar o fogo. Dentre eles, estava o soldado Zé Tinteiro, valente e destemido, segura seu fuzil e combate os inimigos com maior afinco.
Outro volante, Zé Freire, homem de um Santo Protetor fora do comum, estava tiroteando contra Zé Marinheiro. Esse, salta por sobre a porta de baixo, as portas da maioria das casas do sertão rural e mesmo nas cidades, naquela época, eram em duas partes e de madeira, e avança, ficando a centímetros de Zé Freire. Aponta a arma e aperta o gatilho. À bala impina, a espoleta não ‘quebra’, a arma não dispara. Zé Freire, quase que encosta a boca do fuzil na cabeça do cabra e faz fogo, estourando o crânio de Zé Marinheiro.
Seu companheiro, o cangaceiro Sabiá, continua a combater os soldados, virado numa fera ferida. Numa tentativa de louco, salta para fora da casa e nesse momento e atingido na barriga e em uma das pernas. Continuando a combater os soldados bolando pelo terreiro da casa. Até que os dois valentes volantes se aproximam e matam o terrível cangaceiro.
Após abater os cangaceiros, a tropa aproxima-se da casa e o soldado Zé Freire grita para que o dono saia para o terreiro... para morrer.
“(...) o soldado Zé Freire, revoltado com a morte do Aspençada Sinhozinho Gomes e dos outros dois companheiros, gritou para Garapu, dizendo: – Saia pra fora, Garapu. Você tá sabendo que vai morrer (...).” (“AS CRUZES DO CANGAÇO – Os fatos e personagens de Floresta-PE” – SÁ, Marcos Antônio de. e FERRAZ, Cristiano Luiz Feitosa. Floresta, PE. 2016)

O coiteiro sabia sim sua sentença. Sabia que por ajudar bandidos seria condenado a morte certa. Estando dentro de um quarto, com sua esposa e os sete filhos, Garapu despede-se deles, saca de uma faca peixeira e parte de encontro a morte. Desfere um golpe em direção ao soldado que havia lhe inquirido, errando o alvo. O soldado Zé Feire, afasta-se para um lado e mata a tiros de revólver o coiteiro.

“(...) Com a morte de Garapu, Carmina teve que lutar sozinha para criar os filhos, lavando roupas de vizinhos, costurando e cuidando da lavoura(...).” (Ob. Ct.)
Dona Carmina, na época do tiroteio em sua casa, estava grávida. Alguns meses depois, pariu uma menina a qual deu o nome de Nair Carmina da Silva. Logicamente, essa, nunca soube o que é ter um pai, seus afagos e conselhos.
Os corpos dos militares mortos são levados pelo restante da tropa para seu QG. O corpo do caboclo Garapu e dos dois cangaceiros, Zé Marinheiro e Sabiá, são enterrados em uma vala comum bem próximo a casa.
As notícias voam com o vento. E aquela história da morte do caboclo Garapu se espalhou por toda a região do vale do Pajeú. Outros coiteiros, temendo a mesma sina, arrumam suas tralhas em cima de carro de bois, no lombo de animais e dão no pé. Na cidade de Floresta, PE, na rua Theófhanes Ferraz Torres, os fazendeiros “Manoel Januário, Rosendo Januário e Elói Januário", colaboradores de Lampião, estabelecem residência. A partir daí, essa rua passa a ser conhecida como “A Rua dos Coiteiros”, até os dias de hoje.

Sálvio Siqueira, pesquisador do Cangaço.
Grupo Ofício das Espingardas

Fonte (“AS CRUZES DO CANGAÇO – Os fatos e personagens de Floresta-PE” – SÁ, Marcos Antônio de Sá - Marcos De Carmelita e FERRAZ, Cristiano Luiz Feitosa -Cristiano Ferraz. Floresta, PE. 2016)Foto Ob. Ct.

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23 fevereiro 2022

LIVRO DO ESCRITOR JOÃO DE SOUSA LIMA

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22 fevereiro 2022

OPINIÃO CANGACEIRA: PEQUENA REFLEXÃO SOBRE A TRAMA PARA À INVASÃO DE MOSSORÓ

  Por José Cícero Silva

Mesmo após 95 anos muito ainda se discute até hoje e sem muito consenso, o real motivo para à invasão de Mossoró no RN pelo bando de Lampião junto com jagunços de Isaías Arruda e dos irmãos Marcelinos, fato ocorrido em 13 de julho de 1927.

São fartas e díspares como se ver as muitas versões surgidas eque tentam elucidar a verdadeira motivação de tal acontecimento. Talvez o mais debatido e emblemático da densa e polêmica história lampiônica.

Ao meu juízo, não apenas uma, porém duas foram as motivações que mais se aproximaram da verdade que se espera. A primeira é política, enquanto a segundo, puramente financeira na qual se incluem, além do coronel Isaias Arruda, Massilon Leite e o próprio Virgulino Ferreira com todo o seu exército de facínoras que comandava. Contudo, para que se possa melhor compreender este cipoal de acontecimentos é preciso, com o perdão do pleonasmo, começarmos pelo começo. Senão vejamos. Ora, desde 1924 que os ânimos políticos se acirravam a partir da região de Pereiro, entre os poderosos daquela região. Décio Holanda e o cel. Francisco Pinto, este último, por sinal era parente de Rodolfo Fernandes, então prefeito de Mossoró, famoso por ter organizado a resistência contra os terríveis e malsinados cangaceiros. E que, inclusive, morreria cerca de três meses após este episódio.

É provável que Décio Holanda teria interesse no enfraquecimento do poder politicis dos Fernandes como forma de derrotar seu arquinimigo o cel. Francisco Pinto. De modo que a invasão da cidadela potiguar seria sua principal estratagema.

Soubera, inicialmente do bando de Isaías por meio do jagunço aventureiro Massilon Leite que anos antes já havia promovido algumas maldades criminosas e outras estripulias, por alguns pequenos vilarejos nas redondezas; tanto na PB quanto no próprio RN; a exemplo de Canto do Feijão, Uiraúna, bem como Apodi, Itaú e Gavião. Cometendo com seu grupo de malfeitores, roubos, destruição, estupros e até assassinatos. Há que diga, inclusive, que parte do dinheiro obtido nestes saques violentos foi dividido com o cel. Isaías, cujo encontro ocorreu na fazenda Ipueiras onde residia o seu braço direito na Aurora, seu primo José Cardoso.

Não costumo acreditar muito nas tais coincidências do destino. E sim nos propósitos estabelecidos pelos desejos e a vontade de poder dos homens. De maneira que, coincidência ou não, no dia exato da partilha Lampião já se encontrava arranchado para descanso por quase um mês no seu famoso coito. Isto é, no sopé do serrote do Diamante sob às atenções e os cuidados do sitiante Miguel Saraiva. Tido como aliado de Cardoso e vaqueiro do próprio coronel.

Viera antes da serra do Mato da Goianinha terra do velhacouto cel. Santana. No Diamante aguardava via Ipueiras armas e munições oriunda de Missão Velha.

Sabendo disso, Massilon arquitetou a ampliação do plano inicial. E assim convenceu Isaías a se associar aquela empreitada; como ainda, a aquiescer o rei do cangaço. Traçou planos de mapa, cantou Vitória, fez contas e contou pabulagem sobre a suposta facilidade do ataque. Apresentou o lucro das suas últimas investidas aquela região comandando jagunços.

Além de armas e balas guardadas nos porões do seu palacete em Missão Velha onde morava, o prefeito Isaias ainda forneceu 30 contos de rés. Sendo assim o verdadeiro patrocinador do malsinado plano. Conforme disseram armas e munições recebidas de Floro Bartolomeu ainda da época dos Batalhões Patrióticos.

Pelas conversas de Massilon e a quantidade de dinheiro obtida em Apodi o coronel não somente admoestou Lampião, como também acreditou que lucraria por baixo, três vezes mais. Além de agradar os interessados do rio grande. Fez recomendações a Ze Gonçalves e Antonio de Rita sobre a jagunçada que seguiria com o bando de Lampião para à ribeira potiguar. Somente os mais corajosos e experientes. Mandou recado aos Marcelinos pras bandas do Chiqueiro das Cabras na zona rural de Missão Nova.

Depressa formou-se ali um verdadeiro conglomerado de aventureiros, bandoleiros, Jagunços e cangaceiros. Gentes da pior espécie dispostas a matar e a morrer por ouro e por dinheiro; todos sob o comando de Lampião. Portanto, além do bando de Virgulino e dos subgrupos de Sabino Gomes, Jararaca, Massilon, João 22 e do próprio Isaías, incluíram-se ainda dois empregados de Zé Cardoso. Entre os quais o jovem Antonio, morador da Ipueiras que mais tarde receberia de Lampião o apelido de Asa Branca o mais jovem dos que integraram o bando de malfeitores.

Do riacho das Antas de Aurora também fizeram parte: Zé Cocô e José Roque, vez que um terceiro de nome Antonio Soares terminou ficando no Diamante por ter adoecido na véspera.

Deixaram a Ipueiras no dia 9 pela madrugada nos rumos do RN. Mal sabiam o que de fato os esperava. E assim, logo após saírem dos limites do Ceará, como nunca se viu; Lampião pareceu inebriado pela aventura de pisar o solo do RN pela primeira vez na vida. Ao ponto de não se importar tanto pelos desmandos, as depredações, a bebedeira e o rastro de violência promovidas pelo pelo bando durante o percurso.

O resto desta história todos já sabem. Como do seu total fracasso, dada a heroica resistência mossoroense comandada pelo destemido prefeito Rodolfo Fernandes. Como das mortes dos cangaceiros Colchete e Jararaca logo na chegada. Bem como da volta do bando para Aurora acuadis e perseguido pelas volantes de três estados. Chegando em alguns embates à proporção de quatro soldados para um cangaceiro. Ainda da chegada à fazenda Ipueitas onde aconteceu a suposta traição do coronel. Onde houve o cerco do bando com o incêndio do pasto, o tiroteio e a célebre tentativa de envenenamento da comida oferecida por Ze Cardoso a mando de Isaias e major Moisés..

Muitas coisas ainda hoje não se sabe. Perguntas que ainda ecoam como rimbombear de balas nos ouvidos e no juízo de leitores e pesquisadores deste pedaço importante da historia do cangaço. Tais como: Houve mesmo a traição de Isaías? O cel. tramou de fato a morte do seu amigo Lampião negociando-a com o governador Moreira da Rocha? O major Moisés Leite de Figueiredo, por sinal cunhado do coronel facilitou a fuga de Lampião junto com seu bando como acusou a imprensa da época?

Por que razão as volante, senão do Ceará nao tomaram parte do cerco na Ipueiras?

Que outros potentados e autoridades também apoiaram a invasão a Mossoró? Ou será que tudo não passou de uma grande farsa?

......................

Prof. Escritor, pesquisador e poeta.

Aurora - CE.

https://www.facebook.com/josecicero.silva.33/posts/10220770188066208

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21 fevereiro 2022

O BOI, A BOTA E A BATINA, HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA

  Clerisvaldo B. Chagas, 21 de fevereiro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.659

Estivemos na prefeitura de Santana do Ipanema na quinta-feira passada (17). Juntamente com o diretor de cultura Robson França, concretizamos um chamado da prefeita Christiane Bulhões, naquela tarde de alta temperatura em nossa cidade. Palestra extremamente agradável envolveu inúmeros assuntos de interesses mútuos, culminando com a possibilidade de lançamento do livro título deste trabalho, antes do próximo mês de junho. “O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema”, já se encontra de “boneca” corrigida, faltando apenas a ordem para impressão numa famosa gráfica da nossa capital, Maceió. O maior documentário jamais produzido sobre Santana do Ipanema, fará parte dos festejos de aniversário do município.

O Boi, a Bota... Conta a história de Santana desde as primeiras sesmarias em nossa região, as penetrações dos sertanistas que conquistaram o Sertão alagoano, a fundação da cidade e a sequência linear até o ano de 2006 quando governava o município, a prefeita Renilde Bulhões. Chegamos até um acordo sobre pessoas ilustres que apresentarão autor e livro no dia do seu lançamento. Vamos dizer aqui como se diz em Maçonaria: “a reunião foi justa e perfeita”, vendo-se alegria e confiança contagiantes que preencheram todos o espaço do gabinete de Cristiane e estufou para as paisagens das cercanias mostradas pelas vidraças. O autor do livro não recusou ainda a um convite para almoço em sítio rural num belo casarão centenário da família do diretor Robson França e nem o convite do Secretário de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Santana, para uma visita à barragem em construção do riacho e sítio João Gomes e ainda à Baixa do Tamanduá, comunidade quilombola fonte do artesanato de barro do município.

É de primordial importância a cooperação cultural que somente irá enriquecer a verdadeira história do povo santanense. Somente conhecendo as origens e a trajetória da Ribeira do Panema, os seus filhos poderão avaliar a grandeza da terra em os viu nascer. Após a publicação do Boi, a Bota e a Batina, Santana do Ipanema nunca mais será a mesma. E a espera da sua gente já perdeu a elasticidade da paciência. Em breve, o maior acontecimento da terra de Senhora Santana.

EVENTO NA PREFEITURA, DA ESQUERDA PARA À DIREITA:  ROBSON FRANÇA (DIRETOR DE CULTURA), CRHISTIANE BULHÕES (PREFEITA), RENILDE BULHÕES (EX-PREFEITA), CLERISVALDO B. CHAGAS (ESCRITOR), PROFA. IRENE DAS CHAGAS (ESPOSA DO ESCRITOR). (Foto: Prefeitura/ Isis Malta).


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20 fevereiro 2022

ANÁLIA FERREIRA, IRMÃ MAIS NOVA DOS FERREIRAS

 Por José Mendes Pereira

 

Anália Ferreira da Silva 

Não confundir Anália Ferreira da Silva com Amália Gomes de Oliveira. Anália Ferreira acima,era a irmã mais nova do capitão Lampião, isto é, dos Ferreira. E Amália Gomes de Oliveira, era irmã de Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita do capitão Lampião. Está explicado.

Amália Gomes de Oliveira - Acervo João de Sousa Lima.

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19 fevereiro 2022

" TENENTE ALFREDO E O CANGACEIRO MORENO ".

  Por Luís Bento

Tenente Alfredo Dias da Cruz

Alfredo Dias da Cruz, Tenente Alfredo. Tenaz perseguidor ao grupo de Antônio Inácio da Silva o cangaceiro " Moreno ".

Por ordem do chefe maior do cangaço lampião, o cangaceiro moreno encontrava-se no sul do cariri cearense, por volta do ano de 1937 a início de 1938. O cangaceiro Moreno e seu grupo, tinham com finalidade um acerto de conta com o fazendeiro Antônio Teixeira Leite seu Tonho da Piçarra. Uma dívida do passado, a morte do Cangaceiro Sabino Gomes, lugar tenente em 27 de março de 1928. Essa missão foi determinada por lampião a Moreno, por ele conhecer muito bem a região, antes mesmo de ingressar no cangaço, morou no município de Brejo Santo, bem próximo da Fazenda Piçarra. Essa missão imposta por lampião ao cangaceiro Moreno, era matar Antônio da Piçarra e levar a orelha como prova cabal do assassinato. Depois de várias tentativas,o cangaceiro Moreno terminou desistindo, e seu Tonho continuou vivo com sua invejável lucidez, memória e simpatia irradiante.

Em perseguição ao grupo de cangaceiros que assolavam a região, o tenente Alfredo Dias, montou pontos estratégicos para prender ou até mesmo eliminar o grupo. A primeira estratégia sugerida pelo tenente, segundo informações dos moradores do antigo Macapá atual Jati, foi: vigiar todos as fontes d'águas da região, proibiu a venda de feira grandes, que na época era suspeitas, feira pra cangaceiros. Segundo moradores da região, era oferecida posição de destaque perante a força do governo, a quem fornecerá informação privilegiada.

Na passagem do Cangaceiro Moreno pela região, houve um desentendimento entre os moradores: Manoel Gomes da Rocha, Nóia Gomes e Pedro Carolino de Sousa no sítio São Francisco em Macapá, Jati. Aconselhados pelo tenente Alfredo Dias, Nóia Gomes e Pedro Carolino, procuraram o Q.G. Quartel General da Cidade de Juazeiro do Norte, incorporaram a volante do tenente Alfredo Dias da Cruz e deram continuidade a campanha de combate aos cangaceiros em solo nordestino.

Por LUÍS BENTO.

Diretor de Cultura.

JATI/19/02/22/.

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CANGAÇO - OS SUBGRUPOS.

   Por Abdias Filho Tudo no cangaço atendia a uma necessidade ou estratégia. É o caso da divisão do grande bando em diversos subgrupos, semp...