Por No Rastro do Cangaço
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05 agosto 2022
LAMPIÃO JUNTAMENTE COM UMA FORÇA VOLANTE MATAM O INOCENTE ZÉ DOIDO
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Por José Mendes Pereira
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04 agosto 2022
CRÔNICAS POÉTICA DO CANGAÇO - A TRISTE HISTÓRIA DAS ONZE CABEÇAS
Na noite do dia 27 de julho, do ano de 1938... estavam ali na grota de Angico todos eles reunidos...
O motivo para aquela assembléia jamais saberemos ou faremos ideia.
Tudo dito a respeito é apenas suposição.
Uns dizem que o capitão agora queria outro destino... abandonaria o cangaço, fugiria para Minas.
Outros afirmam que, Lampião esperava ajuda do seu então amigo...
Eronildes Ferreira de Caravalho, na época governador de Sergipe, para se entregar, pois estava doente, com uma possível tuberculose, e precisava se tratar.
Outros supõem que ele queria combinar com seus cabras e o bando de Corisco para assim dar cabo em Zé Rufino.
Esse vinha querendo passar de" pato" para "ganso" segundo Virgulino.
Era tudo tão estranho.
Seria esse o motivo para tantos cabras ali reunidos?
Será para sempre mistério o verdadeiro motivo.
Lá fora das caatingas a morte conspirava contra todos aqueles que ali estavam.
Subindo rio acima...
vinha a triste sina.
A morte se aproximava remando nas serenas águas do São Francisco.
Enquanto no coito... tudo parecia muito tranquilo.
Naquela noite todos se divertiram. Contaram causos e beberam.
Dançaram ao som do rialecho.
As mulheres tiveram longos diálogos.
Ao subirem nas pedras....
um pequeno facho luz que acendia e apagava notaram, mas nada suspeitaram... pensaram ser vaga-lumes que na escuridão da noite voavam.
Dias antes...Capitão recebera no esconderijo, Pedro de Cândido o seu coiteiro e vigia.
Trouxera comida, farinha, mel de engenho, rapadura, queijos e alcatrão.
Conversou por horas com o capitão.
E seria o mesmo que mais tarde aos algozes indicaria o seu esconderijo.
Não se sabe o porquê da delação...
se foi por covardia, medo ou traição.
Ao findar da madrugada, já no dia 28 de julho.
Capitão havia acabado de comandar a reza.
Estava em pé com seu enorme punhal de prata atravessado na cartucheira.
O famoso mosquetão encostado numa pedra...
Pendurado num arbusto... seu chapéu enfeitado com três estrelas.
Porém, entre o nevoeiro do amanhecer e o silêncio do romper da aurora, um estampido ecoou na grota... era chegada a fatal hora.
Todos atordoados corriam.
Gritavam pela intercessão de todos os santos, até santos que não existiam.
Lampião leva um tiro próximo a virilha... tenta se manter de pé, ainda faz menção de reação; mas se curva ao segundo tiro letal na cabeça... tombou no chão, talvez o primeiro a ser atingido.
Maria do capitão ferida correu em sua direção.
Gritando por misericórdia de Deus e de Nossa Senhora!
Fora ferida na perna... e saiu pelo chão se rastejando... dizem que Santo então, o mesmo que no passado, de Lampião já tinha sido aliado... havia porém se tornando inimigo, o mais frio e desalmado.
Puxada pelos cabelos, a cabeça daquela mulher, logo seria decaptada ainda viva, por mais que implorasse por sua vida.
Morria Maria do Capitão, naquele momento; nascia o mito Maria Bonita.
E assim veio a sequência... a decaptação sangrenta das outras cabeças.
A grota de Angico agora se tornara banhada de sangue.
Dali em diante começaria um macabro espetáculo jamais visto antes.
O Rio São Francisco fora testemunha de atos horripilantes.
Onze cabeças humanas... duas mulheres e nove homens.
E assim seguiu o cortejo.
Por cidades e vilarejos.
Até chegar em Piranhas e como em uma gôndola de supermercados todas foram expostas lado a lado.
Nas escadarias da prefeitura foram colocadas.
Onze " troféus".. no relento.... ao léu.
A multidão na praça já aguardava.
Todos curiosos para assistirem a cena macabra...
Os corpos lá na grota ficaram expostos.
Dos abutres sendo o alimento.
Das almas ali desencarnadas talvez o terrível tormento.
Assim terminara a triste sina de toda aquela gente... homens que lutaram em seu lugar tenente... uns por revolta e sede de justiça, outros fugindo da seca e da famigerada fome.
De forma trágica, morreram mulheres e homens.
Só em 1969 as cabeças seriam entregues aos seus familiares... quem sabe só assim os espíritos desencarnados descansaram em paz?
Foi na traição que apagaram o Lampião.
Porém ele deixou escrito com sangue no chão de terra seca e batida das caatingas a sua biografia, essa ninguém jamais apagaria.
Hoje é o segundo homem mais biografado da América Latina.
Foi na grota do Angico... lá ficou gravado os sons dos estampidos... e de Lampião o último suspiro.
E assim estava escrito.... em 28 de Julho do ano 38; morria o homem, nascia o mito.
Edna Araújo.
28/07/2022
https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste
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03 agosto 2022
LAMPIÃO FURIOSO - MARIA BONITA É BALEADA NO FOGO DE SERRINHA DO CATIMBAU
Por No Rastro do Cangaço
Virulino Ferreira da Silva, Lampião, o Rei do Cangaço, sua companheira Maria Bonita, Maria Ema e os cangaceiros Medalha, Fortaleza, Moita Braba, Gato e Maçarico, no dia 20 de julho de 1935, adentraram no Povoado Serrinha do Catimbau, atual Paranatama – PE, onde sofreram o contra-ataque dos moradores locais, no combate conhecido como o Fogo de Serrinha do Catimbau, no qual saiu baleada Maria Bonita, a Rainha do Cangaço e também o cachorro Dourado morreu crivado de balas, deixando o rei do cangaço furioso.
Curtam mais essa fascinante história do cangaço nordestino. Fonte: Livro Lampião a Raposa das Caatingas - José Bezerra Lima Irmão.
https://youtu.be/caVfy_ZGplw https://youtu.be/4gtfGPPxnV4 https://youtu.be/7jWUGL3MZqo https://youtu.be/n66BehWFWto https://youtu.be/ej1LY1Wztms https://youtu.be/3wuCmkQyaII https://youtu.be/Y1kh7Js_lhA https://youtu.be/rl0RucODGec https://youtu.be/pmPvnN9JRL8 https://youtu.be/cPMXW02sFGs UM FORTE ABRAÇO!
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02 agosto 2022
PIRANHAS PATRIMÔNIO NACIONAL - DIÁRIO DE VIAGEM - PIRANHAS DIA 27 DE 2010 ÀS 16H 45 MIN
Por Manoel Severo
01 agosto 2022
EVENTOS HISTÓRICOS O CANGACEIRO LAMPIÃO NO BANCO DOS RÉUS
Por Paulo César Gomes
Lampião foi absolvido! Essa frase que é recheada de elementos que perturbam a cabeça de curiosos e estimula o trabalho de pesquisa de estudiosos do cangaço no Brasil e no mundo, foi dita em alto em bom tom no dia 13 de abril de 2002, no Sítio Passagem das Pedras, a 46 Km da cidade de Serra Talhada – PE, ao lado da casa onde Lampião nasceu. Nesta data ocorreu o julgamento (simulado) do Rei do Cangaço, um evento que foi organizado pela Fundação Cultural Cabras de Lampião, presidida pelo escritor pesquisador Anildomá Willans de Souza (Domar).O julgamento foi conduzido pelo juiz Assis Timóteo Rodrigues, que na época atuava pela Comarca de São José de Belmonte; a defesa de Lampião foi feita pelo advogado Franklin Machado e a acusação pelo historiador e ex-prefeito Luiz Lorena (representando o Ministério Público). O conselho de sentença – que foi formado após sorteio – era composto de intelectuais, historiadores e advogados de vários estados do Nordeste. Virgolino Ferreira da Silva foi representado pelo saudoso ator, poeta e coreografo Gilvan Santos.
O evento atraiu pessoas de diversas regiões do Brasil, somando cerca de 400 pessoas, inclusive estudantes de História e Turismo das universidades do Rio Grande do Norte e Pernambuco. Durante duas horas e meia, essa plateia acompanhou atentamente sob o sol da caatinga os ataques e defesas em torno da figura lendária e controversa de Lampião, o maior dos cangaceiros.
“Absolvê-lo é condenar a história da minha Serra Talhada”, apelou exaustivamente, o promotor Luiz Lorena. Já a defesa recorreu a elementos históricos, como a impunidade dos coronéis, os esbulhos de terra, a perseguição aos pobres, para apontar Lampião “como um fruto do meio”. Em determinados momentos, dava-se a impressão que Lampião estava em carne e osso no sítio, tal era o envolvimento da plateia, dos advogados e do juiz Assis Timóteo.
Após ouvirem as alegações da acusação e da defesa, cada jurado declarou o seu voto e, coube ao ex- presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) – seção Serra Talhada –, Jânio Carvalho, o voto que absolveu Lampião pelo placar de 4×3. Emocionada, a neta de Lampião, Vera Ferreira, abraçou calorosamente o ator que representou o seu avô. Após a leitura da sentença, o escritor Hilário Lucettti (Crato – CE), que fez parte do júri e pediu a condenação de Lampião, expressou o seu desejo de recorrer da sentença.
Mas o juiz Assis Timóteo esclareceu que por se tratar de um júri popular simulado, não cabiam recursos e nem apelações uma vez que essas regras não foram estabelecidas. Na verdade, Lampião já fora inocentado em outubro de 1997 pela prescrição do último processo que tramitava contra ele. O juiz Clóvis Silva Mendes, que na época ocupava a comarca de Serra Talhada e de Flores, inocentou Lampião de uma ação datada de 1928. Nesse processo o cangaceiro era acusado de matar três homens em 1925.
Adendo: Reveja um vídeo de Aderbal Nogueira com compacto deste evento.
Independente de todas as controversas, ou não, que rodeiam o universo no qual foi edificada a figura de Lampião, uma coisa é certa, a história do cangaço e do povo nordestino é encantadora, marcada por passagem de lutas e de pioneiros. Uma expressão verdadeira da identidade cultural e social do povo brasileiro.
Lampião foi bandido sim! Praticou e o foi vítima de atrocidade, e isso ninguém será capaz de mudar, mas não podemos negar que a sua história é repleta de simbolismo e cultura, fatores que são não podem serem desprezados pela nossa população. Eventos como o que narrei aqui, ajudam a promover o nome de Serra Talhada no cenário regional, nacional e mundial, o que passar a ser uma forma legitima de recuperar todo o prejuízo econômico provocado pelo cangaço.
Pesquei no Farol de Noticias
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30 julho 2022
LIVRO
Com texto e fotos do autor, o livro entrelaça as histórias de 43 personagens que vivenciaram o cangaço ao imaginário do movimento que dominou o interior do nordeste brasileiro entre os anos 1920 e 40, aspectos da vida sertaneja e a própria experiência em busca dessas histórias por mais de uma década. Também estão presentes algumas fotos históricas, apresentando cenas relatadas e reverenciando o trabalho dos fotógrafos que registraram o cangaço. O livro foi selecionado e contou com apoio do programa Rumos Itaú Cultural.
Foram nove longas viagens à região, entre 2007 e 2019, em uma investigação incessante para montar o quebra-cabeças dessa história. Com sua vasta experiência em grandes reportagens, Ricardo Beliel buscava os resquícios das memórias do cangaço. Enquanto era tempo – em uma história que está para completar um século –, queria ouvi-los direto da fonte de quem conviveu com o movimento. No texto, os depoimentos diversos e a experiência pessoal do autor em busca de seus personagens são apresentados através de uma narrativa em que se misturam elementos das linguagens da reportagem, da crônica histórica e, em parte, como um diário de viagem.
Em cada personagem, testemunha-se um fluxo da memória e do esquecimento, e se revela uma potente e épica narrativa das memórias pessoais que envolvem tradições e lugares. Os entrevistados, em sua grande maioria pessoas quase centenários, são descendentes da época do cangaço, personagens de um ciclo da história do Brasil, com suas falas resgatadas no livro para que não fiquem no esquecimento, como pedras silenciosas no meio do caminho.
Com a riqueza semântica da tradição oral que os caracteriza, os relatos reunidos no livro ajudam a recuperar para a historiografia de nosso país um caminho para redesenhar a memória e mística da gente sertaneja, suas histórias entrelaçadas à época do cangaço, seus espaços sociais, religiosos e costume.
Ricardo Beliel
ISBN: 9786588280225
Número de páginas: 320
Formato: 18x25cm
Ano: 2021
Capa: capa dura
Peso: 1,1 kg
https://editoraolhares.com.br/produto/memorias-sangradas-ricardo-beliel/
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AS CANTORAS GÊMEAS.
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