4 de jun. de 2016

P O L I T I Q U I C E

Por Francisco de Paula Melo Aguiar

                                                                                 Politiquice é substantivo feminino pejorativo, ação politiqueira e ou politicagem.
Francisco de Paula Melo Aguiar

Isso é visível quando um gestor público nega-se em cumprir as necessidades mínimas da população em termos de limpeza pública, educação, saúde, cultura, esporte, merenda escolar, salários dos funcionários, segurança pública, o direito inalienável a alimentação diária digna e trabalho para gerar emprego e renda para a população ativa e qualificada para exercer certas e determinadas profissões. É a garantia magna de ir e vir com dignidade. É lastimável o quadro de abandono em que a nossa sofrida população se encontra como frieira jogada na sarjeta das grandes e pequenas cidades. Em qualquer lugarejo de nosso país. O Brasil vive estagnado com tanto disse me disse, que não dar tempo nem para comemorar uma delação premiada que já surge outra no dia seguinte. Diante dos abalos que não são sísmicos e sim de falta de vergonha da classe dominante, que em vez de botar toda essa gente “santinha” na cadeia e abrir as portas para a “ordem e o progresso”, que o regime republicano brasileiro tanto aguarda desde 15 de novembro de 1889. Quando isso será possível? A população já não sabe mais em quem acreditar, a política partidária virou balcão de negócios federais, estaduais e municipais, salvo poucas exceções, para não generalizar tudo e todos. No meio de tanto joio existe ainda menos de zero vírgula zero um por cento de gente que faz política partidária e não politicagem.
              
Quem tem valor triunfa em qualquer situação empreendida. Acabou o tempo em que o povo votava no candidato com respeito a ideologia partidária. Você tem valor e deve confiar no que sabe fazer e o resto virá como consequência natural. Agora tudo isso dependerá do reconhecimento da população, claro, se o assunto é política partidária.
               
O valor individual é intransferível e irremovível para o bem e ou para o mal, disso não tenha dúvida que em qualquer cenário (situação ou oposição) o resultado será sempre o mesmo. Isso faz parte da cultura oportunista de cada ser humanamente falando. O povo precisa abrir os olhos antes de escolher e votar em certas figuras boazinhas demais, mesmo que defenda essa e ou aquela bandeira, como por exemplo, defensores da economia popular, da saúde, da educação, do emprego e renda, etc., as vezes é apenas um chavão para convencer a população para se eleger. Assim sendo, “a mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessaboca que te beija!”, conforme enfatiza Augusto dos Anjos em  Versos íntimos.
               
A grandeza da humanização não está a serviço da ideologia situacionista e ou oposicionista, de gregos e ou romanos, de cristãos e ou não cristãos, dessa e ou daquela religiosidade, dessa e ou daquela orientação social, profissional, política, sexual, educacional, etc., e sim a serviço do bem comum, haja vista que todos são humanos e tem as mesmas necessidades primárias em qualquer parte do universo. Pensar o contrário é transformar Deus, Alá, Jeová, Javé, Natureza, etc., não importa o nome que seja dado ao Grande Arquiteto do Universo, em uma coisa pequena demais e sem sentido, diante de sua universalidade, ex-vi que são as mesmas necessidades presentes em todos os seres vivos racionais e irracionais em qualquer espaço terrestre. O Dono de tudo isso é maior do que vossas ideologias cristãs e ou pagãs.
              
A ideologia de fazer politiquice, de superfaturar tudo, de ficar sorrindo do povo humilde e trabalhador do Brasil deve acabar e acabar logo, porque caso contrário, teremos em um futuro bem próximo ter que pagar além dos impostos diretos e indiretos, que pagamos atualmente nas três esferas governamentais, termos que pagar também por nossa ideologia idiota de que essa gente é autoridade constituída, diante do fato de não sabermos escolher bem antes de votar. A laranjada age e assume o lugar dos pseudos líderes no desvio do erário nacional, estadual e municipal. Tem gente rica demais sem motivo de ser. O pote nunca enche, a inflação aumenta e as necessidades da população também. Já temos em números redondos doze milhões de desempregados diretos, sem quantificar as famílias que estão passando privações de toda ordem. A única coisa que a população pode fazer é fechar os olhos, embora seja omissão, um dentre os piores pecados existentes no mundo contra uma pessoa. É gente só nos resta o perdão aos corruptos, corruptores e suas laranjas, pois, isso é algo de gente que não se acha acima e ou abaixo do bem e do mal.
                
Até quando o povo vai permanecer bonzinho e perdoando as ideologias que são boas e democráticas para políticos corruptos enquanto realizam suas aventuras de desvios do dinheiro público e esse mesmo povo fica vendo a banda passar?... antes, durante e de depois do impeachment, fruto do nosso direito constitucional, aqui entendido como processo instaurado com base em denúncia de crime de responsabilidade contra autoridades do Poder Executivo federal, estadual e municipal, bem como do próprio Poder Judiciário, como por exemplo, contra ministros do S.T.F. – Supremo Tribunal Federal, cuja sentença é da alçada direta do Poder Legislativo na esfera federal. O protocolo da politiquice é procrastinatório com e ou sem impeachment, a Carta Magna de 1988 deveria simplificar a metodologia da destituição resultante desse processo para que a vida nacional, estadual e municipal se reencontrasse com o caminho natural de sua historicidade. A população continua fragilizada e desumanizada porque lhe falta tudo que garante segurança e bem-estar.


Enviado pelo autor Francisco de Paula Melo Aguiar

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