Por Francisco de
Paula Melo Aguiar
O que os olhos
não vêem o coração não sente...
Ditado
popular
Inicialmente preferimos enfatizar
de que o termo vídeo, é originado da língua latina, é uma tecnologia de
processamento de sinais eletrônicos, analógicos e ou digitais, utilizada para
capturar, armazenar e transmitir e ou apresentar imagens sucessivas e com
impressão de movimento. Assim sendo, a tecnologia do vídeo deu origem a
televisão que conhecemos em nossos dias, com todas as suas utilizações em
termos de entretenimento e bem assim nas artes visuais, na defesa, na
segurança, na indústria, no comércio, no direito, na engenharia, na educação e
demais atividades desenvolvidas pela humanidade.
A história da humanidade registra de
que o termo “techne” apareceu pela primeira vez na Grécia, pois “Heródoto a
conceitua como um saber fazer de forma eficaz. Já para Aristóteles a tecnologia
é um fazer com raciocínio” (SANCHO, 1998, p.18). Por outro lado, o que chamamos
de tecnologia não nasce pronta e acaba (SOUZA; BASTOS, 2000). Assim nasce toda
e qualquer tecnologia e ou invenção, variando apenas o tempo histórico, e com o
vídeo também não é diferente, pois, ele é apenas um dentre outros artefatos
tecnológicos criados para ser usado pelos povos em suas mais diversas dimensões
e áreas domésticas e profissionais, dentre as quais a educação, por exemplo,
pois, “o imaginário das pessoas cria situações em que artefatos tecnológicos
adquirem vida própria com elevado nível de inteligência e se tornam salvadores
do mundo ou ameaçam aniquilar toda a espécie de vida” (ALMEIDA; MORAN,
2005,p.40).
Assim sendo, é importante mencionar de que se
fizermos uma comparação com a invenção da escrita, por exemplo, o vídeo é algo
criado recentemente, podemos assim afirmar, e até porque podemos defini-lo como
sendo uma imagem eletrônica, tal descoberta teve inicio a partir de pesquisas e
ou trabalhos desenvolvidos pelo inventor russo-americano Vladimir Zworykin, em
1923, diante da possibilidade da captação e transmissão de imagens eletrônicas,
que em 1931 passou a ser chamada de televisão. Além de ter inventado o
iconoscópio, isto é a reprodução eletrônica do olho humano, aparelho essencial
para a invenção da televisão e ter colaborado com o matemático Jonh Von Neumann
no projeto de criação do computador específico para previsões
meteorológicas.(MARTINS, 2007, p. 207).
Na década de 80 do século XX, propagou-se em síntese o meio de
transporte, condução de imagens em movimento, o que inegavelmente se confunde
com as propriedades usadas pelo cinema e pela televisão, apresentando-se como
um verdadeiro recurso “facilitador” didático e que pode ser usado em todas as
áreas do conhecimento e bem assina na área da educação, chamado de vídeo,
advindo daí o termo vídeo aula, vídeo conferência, etc.
Ressaltamos por outro lado que o vídeo nasceu na década de 50 do
século XX como uma auxiliar das linguagens da televisão (TV) e do cinema. Daí
não existir qualquer tipo de concorrência.
A partir de então apareceu no mercado nacional e internacional o
videoteipe e ou videotape (VT), termo de origem inglesa, que significa fita de vídeo,
constituída por fita construída por material plástico, fina e coberta por
partículas magnéticas, que eram usadas para registrar imagens televisivas. O
primeiro VT foi fabricado pela AM PEX, uma indústria norte-americana destinado
a atender as estações de televisão, valendo informar que era um equipamento
enorme em termos de volume.
Antes do aparecimento do VT, pelos anos 1956, se sabe que todos os
programas de televisão eram feitos ao vivo e com muita dificuldade, diante da
precariedade tecnológica. Os transtornos, improvisos e impossibilidades era a
tecnologia usada naquele tempo pela televisão.
Diante de tal cenário surgiu o videoteipe que passou a possibilitar
gravação e manipulação de imagens, via montagens, o que veio transformar a
televisão e dar-lhe o prestigio tecnológico e profissional da atualidade.
Antes do
videoteipe era um Deus nos acuda, porque as fitas de áudio eram analisadas e
captadas pela câmera objetiva para puder transformar cada ponto luminoso em
impulso elétrico e a partir daí ser escrito em fita magnética (gravação, edição
e reprodução de imagens) de alta capacidade.
O primeiro vídeo
portátil, usando fitas de meia polegada, produzia e gravava imagens em preto e
branco, lançado no mercado em 1966 pela multinacional japonesa “Sony
Corporation”. Lembramos de que naquele tempo foram lançadas as primeiras
filmadoras de 8mm (oito milímetros) em escala industrial, além da grande
aceitação pelos consumidores do mercado.
Enfatizamos de
que nas décadas de 70 e 80 do século XX o mercado começou a consumir aparelhos
de vídeo cassete VHS e/ou sistema de vídeo doméstico, tendo em vista a
fabricação em escala industrial para o mundo. Tanto é assim que:
“A base do
desenvolvimento econômico do vídeo é a explosão da demanda por gravadores de
vídeo cassete domésticos, que já haviam encontrado um espaço em mais da metade
dos lares britânicos apenas sete anos após a sua introdução em 1979 – uma
rapidez sem precedentes em qualquer exemplo de tecnologia de comunicação
doméstica”. (ARMES, 1999, p. 169).
Diante de tal
fato, a “Sony Corporation” em contrapartida resolveu direcionar seu produto
para a área da educação, o que obteve in loco aceitação do mercado.
A Sony em
matéria da invenção e da inovação é pioneira, tendo em vista que em 1960
produziu e lançou a primeira televisão transistorizada do mundo; em 1962 a
primeira televisão em miniatura; em 1964 o primeiro vídeo-gravador doméstico do
mundo; em 1967 o primeiro equipamento portátil de vídeo tape; em 1971 o
primeiro vídeo-gravador a cores; em 1975 os primeiros gravadores Betamax; em
1981 o primeiro sistema de vídeo doméstico do mundo com câmera eletrônica; em
1982 o primeiro leitor de CD do mundo, desenvolvido em consórcio e ou parceria
com a Philips; em 1983 fabricou e lançaou a primeira câmera de vídeo; em 1985 o
primeiro VTR digital; em 1988 o vídeo 8 mm; em 1989 o micro-disquete de 3.5
polegadas; em 1997, o primeiro lançou o primeiro disco CD-RW, conhecido como CD
regravável.
Os primeiros vídeos chegaram ao
Brasil em 1978, porém, somente no inicio da década de 80 do século XX se
tornaram populares, a partir do momento em que o preço ficou acessível à
chamada classe média. E assim as produtoras nacionais iniciaram suas gravações
de documentários os mais diversos possíveis enfatizando a realidade do campo e
da cidade, não faltando vídeos de caráter educativo, diante da necessidade de
modernizar a escola. E a partir de então o vídeo em sala de aula veio para
ficar e aí está até os dias atuais.
Não foram poucos
os debates locais, regionais e nacionais, dentro e fora da instituição escolar
enfocando a evolução tecnológica a procura do surgimento da linguagem
especifica com o tema voltado para vídeo. Vale salientar de que tal linguagem é
totalmente distinta das linguagens até então existentes no ambiente escolar e
até mesmo no ambiente doméstico nacional brasileiro. Diante de tal afirmação, a
linguagem do vídeo na escola estava entre a linguagem do cinema e a linguagem
da televisão em plena expansão. Sim, isso mesmo, o termo vídeo em si quer dizer
“eu vejo”, assim a produção do cinema é algo mais requintado, enquanto a
televisão, via suas mensagens comerciais de caráter chamativo e educativo
informal tem o mesmo sabor que tem, por exemplo, digerir um hambúrguer, no
dizer de Almeida (1984). E até porque a televisão tem uma força grande no
processo de socialização das chamadas novas gerações e cujo processo é função
precípua da escola e nem sempre ela encontra realmente preparada termos
pedagógicos e de infra-estrutura, para saber integrar e usar as novas
tecnologias, a exemplo do vídeo no seu fazer pedagógico diário.
É inegável que a
escola de está atenta para a influência exercida pela televisão nas casas de
seus alunos, haja vista a técnica do convencimento e da sedução de massa que a
mesma exerce sobre as crianças e adolescentes como verdades absolutas. Tanto é
assim que ainda que por analogia:
[...] Neste
mundo de culturas fragmentadas e mundializadas, cabe lembrar uma evidência: a
socialização das novas gerações, a produção e reprodução das estruturas
sociais, especialmente das estruturas simbólicas, também se “deslocalizam”,
transferindo parte do papel de orientador da criança, em sua iniciação no mundo
dos adultos, para instâncias mundiais, produtoras dos múltiplos discursos que
inundam os terminais (ou receptores) de multimídia. Assim as novelas
brasileiras e mexicanas constroem, sistematicamente e com bastante eficácia, o
imaginário de muitas mocinhas e rapazes pobres e menos pobres. Assim as
publicidades criam fenômenos de mídia ao lançar febrilmente um novo galã de
cinema. Do mesmo modo, os jovens encontram personagens identificatórios nos
jogos eletrônicos e criam seus próprios personagens nos jogos virtuais.
(BELLONI, 2001,p. 33).
Diante de tal contextualização, ninguém melhor
do que a escola deve compreender a maneira como as novas gerações se apropriam
do que é veiculado na televisão e assim construir sua identidade pessoal com
capacidade de criticar e julgar a sua realidade. Dentre os meios de
comunicação, a televisão é massificadora e alienadora, porém, isso não impede
que a escola enquanto instituição educacional exerça seu real papel na condução
da formação sabia de seus alunos. O mundo da televisão é fascinante,
sofisticada e multidimensional da comunicação sensorial, emocional e racional,
diante de suas linguagens para interagir com o público, onde tudo é possível.
Devemos sempre lembrar de que o vídeo está sempre ligado a televisão, tudo tem
a haver com vídeo em toda sua extensão e cumplicidade social.
São tantos os desafios locais,
estaduais, nacionais e internacionais que a instituição escola tem que
enfrentar para fazer com que seus alunos tenham realmente uma aprendizagem em
termos de qualidade e quantidade, suficientes e tudo isso só será alcançado se
o alunado estudar com prazer. Então a escola deve viver para motivar seus
alunos a um porto seguro, que ofereça esperança de realização pessoal e
profissional. Assim sendo, é inevitável o resgate do uso do vídeo em sala de
aula, tendo como tema central de suas atividades pedagógicas diárias no seu
fazer pedagógico envolvendo todos os componentes curriculares e temas
transversais.
É indiscutível que quando falamos em
vídeo na sala de aula, o alunado in loco lembra-se da televisão, tal ligação
envolve entretenimento e/ou contexto de puro lazer, é isso perceptível a olho
nu pela escola, tanto é assim que “vídeo, na cabeça dos alunos, significa
descanso e não “aula”, e o que modifica a postura, as expectativas em relação
ao seu uso” (MORAN, 1995, p. 27). Diante de tamanha motivação dos alunos com
uso de vídeos relacionados com as disciplinas curriculares, o professor deve
aproveitar tal iniciativa para inspirar o planejamento diário em tais
componentes e que o uso de vídeo aula seja sempre que possível presente nas
atividades curriculares, estabelecendo assim um elo entre o vídeo e outras
dinâmicas usadas nas aulas.
Não por acaso que a televisão e o
vídeo representam algo concreto, visível, imediato, mexendo assim com o corpo,
com a pele, com as sensações e com os sentimentos dos alunos, onde o recorte
visual, sonoro e o close estão presentes.
O uso do vídeo em sala de aula
oferece ao alunado a possibilidade de sair da mesmice, rompendo as barreiras do
algo abstrato e ingressando na realidade concreta, levando-o para uma
aprendizagem significativa, onde estão presente o relacionamento do televisual
com o seu cotidiano.
A implantação do vídeo em sala de
aula é um instrumento de grande importância e eficácia para o ensino e para a
aprendizagem discente. Por outro lado, o potencial didático pedagógico do
vídeo, enquanto tecnologia usada na área da educação, deve também preparar e ou
formar professores com a linguagem apropriada para melhor usar o vídeo no seu
magister, esse deve ser o grande desafio do ambiente escolar, saber usar a
linguagem apropriada do vídeo que é mais do que uma simples tecnologia, um
instrumento de trabalho precípuo e necessário, algo parecido com um laboratório
de aprendizagem que envolve teoria e prática dos componentes curriculares.
Corrobora com tal visão o pesquisador Moran (1995) no artigo denominado de “O
vídeo em sala de aula”, que por analogia todo e qualquer professor deveria
fazer uma leitura prévia antes de fazer seus planejamentos diários, mensais e
anuais, visando inserir o uso do vídeo em suas atividades didáticas e
pedagógicas.
É antigo o adágio popular de que
aquilo que os olhos não vêem o coração não sente, tal argumento cai como uma
luva, quando se fala de algo exposto através do uso de vídeo dentro da sala de
aula, uma vez que por si só o recado é dado, transmite e/ou fixado, em termos de conteúdo para a
aprendizagem, isso acontece porque o vídeo tem a função e capacidade de mostrar
fatos e contra fatos não se tem argumento, daí ser necessária a explicação do
professor para o alunado, enfatizando a leitura do vídeo que se vê em sua
integralidade como contribuição significante do trabalho didático pedagógico,
conforme menciona Mandarino (2002).
Não temos dúvida de que o vídeo na
realidade significa a imagem, algo audiovisual que impressiona pela
luminosidade e pode usar o som e a escrita quando editado. O vídeo através de
suas imagens e mensagens nos faz viajar no tempo e no espaço. É algo simples,
porém concreto diante de seu realismo presente, pois, ao mesmo tempo representa
lazer, entretenimento e aprendizagem, segundo a visão de Machado (2001).
Com o uso do vídeo o passado, o
presente e o futuro é in loco, agora, hoje. Um exemplo típico disso é
assimilado através da assistência de um vídeo histórico nacional, baseado em
algum fato da história do país, pois, transportados para a época em que os
fatos aconteceram. Viajamos o por outras culturas, conhecendo hábitos e povos
sem sairmos de nossa cadeira e ou do nosso terreiro. O mundo se transforma em
uma pequena aldeia diante do uso do vídeo para nossas leituras de aprendizagem
formal e informal.
Com o uso do vídeo, a verdade
através do “ver”, do “ouvir” e bem assim do “ler”, quase na totalidade do
tempo, sem deixar de lado a trilha sonora, a voz de cada personagem e bem assim
do narrador da história e ou da estória. É um caminho de sedução o vídeo em
termos de envolvimento na fornada de lazer e ou entretenimento e grande é o
aproveitamento em termos de informação e aprendizagem.
O vídeo tem a característica
fundamental de atender a pequenas platéias, onde todos os assistentes são
geralmente conhecidos entre si, o que faz gerar uma verdadeira atmosfera em sua
intimidade.
A produção videográfica é
direcionada a um pequeno grupo de pessoas e pode ser reprisada tantas quantas
vezes quiserem. Ressaltamos de que estamos falando de filmes especificamente
gerados para serem passados, vistos e ou assistidos via o vídeo, e bem assim discutidos na escola, em casa, na
igreja, etc., tanto é assim a sua praticidade usual.
Com o passa do
tempo, o vídeo, que representa o uso de imagem em movimento e com sonorização,
é também usado como instrumento de pesquisa, preservação e difusão cultural
formal e informal.
O vídeo é a
técnica de guardar som e imagem dos personagens em toda sua extensão. Ante o
exposto, verificamos que o vídeo cassete revolucionou o mundo quando registrou
som e imagem, envolvendo por sua agilidade, rompendo a fronteira que envolvia o
passado, o presente e o futuro, haja vista sua capacidade de preservar tal
registro para contar sua historicidade para as novas gerações.
Assim podemos
afirmar sem sombra de dúvidas de que o uso do vídeo em sala de aula, ensina e
aprende em toda sua contextualização. É uma tecnologia extraordinária se usada
para explicar cada tema e ou tópico dos componentes curriculares ao alunado.
É mais que
importante mencionar de que mesmo com o advento do computador e da internet, o
vídeo não é uma tecnologia ultrapassada, pois, “deslumbrados com o computador e
a internet na escola e vamos deixando de lado a televisão e o vídeo, como se já
estivessem ultrapassados, não fossem mais tão importantes ou como se já
dominássemos suas linguagens e sua utilização na educação”, conforme Moran
(2007).
É inegável o
surgimento de novas tecnologias que são igualmente usadas em todas as áreas das
atividades humanas, dentre as quais a área da educação, talvez isso contribuído
para que o vídeo venha com o passar do tempo sendo desprezado, relativamente
falando em nossas residências, escolas e demais empresas de qualquer seguimento
de prestação de serviços empresariais e ou industriais. O vídeo pode está
relativamente esquecido no recanto da escola, etc., porém, podemos assim fazer
disso a leitura de que os professores e/ou educadores, quiçá, tenham deixado de
dar o verdadeiro valor que ele representa, enquanto tecnologia de uso de sala
de aula, talvez por falta de planejamento criterioso, enfocando o uso de tal
ferramenta, visando o processo de ensino-aprendizagem de nossos discentes.
Ressaltamos de
que mesmo com opiniões favoráveis e contrárias ao seu uso em nossas casas,
empresas, faculdades, universidades, academias, escolas, etc, o vídeo continua
tendo o seu real valor e lugar assegurado em tais atividades, inclusive na
educacional e empresarial. Tanto é assim que todo e qualquer setor empresarial
da chamada indústria das artes visuais e do lazer e ou entretenimento, tem a
ousadia que venha dispensar contato direto com os videográficos em suas
articulações de sentido, conforme pesquisa de Machado (2001).
Quando falamos
em planejamento criterioso visando o uso do vídeo em sala de aula, por exemplo,
não estamos dispensando as demais tecnologias de tal planejamento, o que vem
assim corroborar a afirmativa que:
“As tecnologias
são pontes que abrem a sala de aula para o mundo, que representam, medeiam o
nosso conhecimento do mundo. São diferentes formas de representação da
realidade, de forma mais abstrata ou concreta, mais estática ou dinâmica, mais
linear ou paralela, mas todas elas, combinadas, integradas, possibilitam uma
melhor apreensão da realidade e o desenvolvimento de todas as potencialidades
do educando, dos diferentes tipos de inteligência, habilidades e atitudes.
(MORAN, 2007, p. 164).
Assim sendo, são
diversas as possibilidades tecnológicas que o professor dispõe e pode usar em
seus planejamentos visando suas possíveis atividades didáticas pedagógicas, inclusive
o uso do vídeo. É uma questão de querer usar essa e ou aquela tecnologia.
É vidente que a
área escolar jamais deverá dispensar o contato e ou uso do vídeo em suas
atividades educacionais e instrucionais diárias e até porque a sociedade do
século XXI, direta e indiretamente está solidária e/ou mergulhada e/ou
fascinada pela tecnologia audiovisual. Diante de tal afirmação, a linguagem do
vídeo vem assim para o centro hegemônico e/ou das pequenas e ou grandes
discussões e decisões educacionais locais, regionais, nacionais e
internacionais.
Na linguagem
e/ou fala usada sobre vídeo na visão de Moran (1995), existe a possibilidade
conceitual envolvendo a questão de algo adequado no trabalho de sala de aula, o
vídeo sendo usado como: sensibilização e
ou seja tendo a função básica de informar, introduzir sempre que possível novo
assunto, de despertar a curiosidade, de motivar novos temas e de fixar
conteúdos programáticos dos diversos componentes curriculares; como ilustração,
isto é trazendo para sala de aula realidades distantes dos discentes, tendo
como cenário o próprio tempo histórico; como simulação trazendo experiências
que seriam perigosas em laboratório e ou que exigiriam recursos e muito tempo
para se chegar a tal conclusão; como conteúdo de ensino-aprendizagem, mostrando
um determinado assunto de forma direta, fazendo a devida orientação no tocante
a interpretação e também mostrando um determinado assunto de forma indireta,
envolvendo e ou permitindo múltiplas abordagens de caráter interdisciplinar;
como produção de documentação, fazendo registro de eventos, de salas de aula,
de estudos do meio, de experiências, de entrevistas, de depoimentos, de
debates; interferindo, modificando um certo determinado programa, material
audiovisual, acrescentar nova trilha sonora e ou até mesmo edital o material de
forma compacta, fazendo introduzir cenas novas com outros significados, em
termos de expressão e comunicação e adaptar a sensibilidade especifica de cada
faixa etária do alunado; e por fim o vídeo como avaliação dos discentes, dos
docentes e do próprio processo de ensino-aprendizagem, um verdadeiro espelho em
termos de integração, enquanto suporte com outras mídias igualmente
importantes. Assim como é algo inadequado, usar o vídeo em sala de aula, classificando-o:
de tapa buraco, forma de enrolação, de deslumbramento, de perfeição e somente
vídeo. Isso é mera ilação pensar assim. O trabalho envolvendo vídeo no ambiente
escolar é muito mais do que isso.
O vídeo passou a
ser usado pela Educação na década de 80 do século XX, mesmo diante de temor e
enfrentamento por parte de professores, que com o passar do tempo, mesmo que
ainda menor escala ainda persiste nos dias atuais, diante do uso incorreto e
acrítico, chegando ao ponto de falar contra tal tecnologia. Isso é até
aceitável porque o a criação do vídeo não tem como objetivo especial atuar na
área educacional, conforme enfatizam os pesquisadores Sampaio e Leite (1999) em
sua alfabetização tecnológica do professor.
A invenção do
vídeo foi concebida para auxiliar na produção da televisão, sendo na atualidade
considerado como sendo a base fundamental usada para divulgar a linguagem
audiovisual em sentido amplo. Não por acaso que o vídeo é algo acessível no
sentido de ver, rever e analisar o produto audiovisual de toda sua produção no
momento em que bem entender, inclusive podendo intervir para parar, mudar e
alterar as imagens em termos sequenciais. E diante tantas facilidades o vídeo é
nada mais, nada menos do que um instrumento tecnológico em termos textuais e de
imagens a disposição para uso de docentes de qualquer nível escolar.
O vídeo chegou à
escola diante de dois fatores básicos: a evolução cientifica tecnológica e o
crescimento da população terrena em todos os continentes do mundo. Ato
contínuo, tais fatores influenciaram direta e indiretamente a formação de
professores, algo parecido como verdadeiro desafio, pois, o Censo de 1994, por exemplo, constatou que
no Brasil da última década do século XX, ainda um grande número de docentes
continuavam em exercício na sala de aula sem terem licenciaturas para o nível
de atuação que exerciam no magistério da Educação Básica, sem deixar de lado
que os docentes que eram formados em cursos superiores tinham necessidade
urgente de fazer formação continuada em suas áreas do saber. Assim sendo, é
importante compreender que:
O papel do
professor em todas as épocas é ser o arauto permanente das inovações
existentes. Ensinar é fazer conhecido o desconhecido. Agente das inovações por
excelência o professor aproxima o aprendiz das novidades, descobertas,
informações e noticias orientadas para a efetivação da aprendizagem. (KENSKI,
2001, p.103).
Foi um
verdadeiro vexame para tentar enfrentar o desafio da existência do professorado
não licenciado e sem condições de saber usar as novas tecnologias, dentre as
quais o uso do vídeo em sala de aula. Surgiram diversos cursos à distância
usando inclusive o audiovisual, do vídeo, de antenas parabólicas e da televisão
em todas as regiões do Brasil. E não foram poucas as iniciativas colocadas em
práticas para qualificar o professorado público brasileiro desde a década de 80
do século XX. Em todas as tentativas de formação e qualificação de docentes e
ou de discentes via a distância o vídeo se faz presente em tal caminhada de
ensino aprendizagem. Existe uma grande adesão aos aparelhos de vídeo no país
desde então, inclusive podemos mencionar de que são poucas as escolas das
grandes e ou pequenas cidades do país que não o possuem como instrumento de uso
cotidiano em sala de aula, inclusive através de parceria e ou doação do
Ministério da Educação via o Governo Federal, um exemplo de doação para as
escolas públicas de videocassete, antena parabólica e televisão para seu uso
diário envolvendo ensino e aprendizagem de docentes e discentes é o Projeto
Acorda Brasil/1996, conforme Sampaio e Leite (1999).
É importante
mencionar de que tanto a gestão pública quando a iniciativa privada
empresarial, via parcerias fizeram doações para a escola brasileira em termos
de televisão, antena parabólica, computadores e vídeos. Também tive inicio no
país a mentalidade cultural que fez criar diversos pólos de mídia e leitura,
assim considerados como equipamentos de primeiro mundo acessível à comunidade
escolar.
Diante de tal
cenário é compreensível que:
[...]
Neste começo de um novo milênio, a educação apresenta-se numa dupla
encruzilhada: de um lado, o desempenho do sistema escolar não tem dado conta da
universalização da educação básica de qualidade; de outro, as novas matrizes
teóricas não apresentam ainda a consistência global necessária para indicar
caminhos realmente seguros numa época de profundas e rápidas
transformações.(GADOTTI,2000, p.6).
É visível que existem esforços em
termos de políticas públicas na área educacional, tanto para qualificar
docentes para o magistério quanto no tocante ao fornecimento de equipamentos
tecnológicos para as escolas federais, estaduais e municipais. Assim reforçamos
a idéia de que se faz necessária uma nova cultura em termo de formação
acadêmica para os nossos educadores, diante dos novos desafios e mudanças
sociais, educacionais e tecnológicas. O que fica claro de que o docente do
século XXI tem que ter formação e habilidade para decidir por si só e construir
o caminho do saber acadêmico, produzindo novos conhecimentos teóricos e
práticos, sob pena de perder o bonde da história sua e de seus alunos, enquanto
cidadãos, preparando-o para o mercado de trabalho.
É do conhecimento público de que
no século XX muito contribuiu as chamadas novas tecnologias com a educação,
dentre as quais podemos citar: o cinema, a televisão, o rádio, a informática, o
vídeo e a própria internet. Ante tal afirmação, o professor e ou qualquer outro
profissional envolvido com ensino aprendizagem escolar de necessariamente ter
formação pedagógica multifacetada, atualizada e continuada, para que a escola
possa realmente oferece educação de qualidade para as novas gerações.
Assim sendo, surge a figura do
professor mediador na formação da cidadania sua e de seu alunado, tanto é assim
que:
[...]
Por mediação pedagógica entendemos a atitude, o comportamento, do professor que
se coloca como facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, que se
apresenta com a disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem
não uma ponte estática, mas uma ponte 'rolante', que ativamente colabora para
que o aprendiz chegue aos seus objetivos.(MASETTO, 2001, p.144).
Os desafios para
a realização do trabalho pedagógico dentro da realidade tecnológica, social,
histórica e educacional onde estão inseridos professores e alunos, visando à
apropriação do uso do vídeo dentro da sala de aula, tendo em vista a diversidade
de possibilidades, desde que o vídeo não seja tratado apenas como um
instrumento que transmite imagem e sim como pensamento na visão de Dubois
(2004), e até porque o vídeo em si representa instrumento de estimulação dos
órgãos dos sentidos dos indivíduos, segundo Machado (1980).
O vídeo é a
representação multilinguistica, que tem superposição de códigos e significados
específicos audiovisuais, é algo que se aproxima da sensibilidade do ser humano
em qualquer etapa de sua vida, não sendo, portanto, diferente na idade escolar
de crianças e adolescentes em sala de aula da Educação Básica, por exemplo. O
que se sabe mesmo é que:
[...] em apenas poucas décadas, o ensino liberta-se
de sua quase completa dependência da expressão verbal face a face, requerendo
hoje a capacidade de seleção e utilização de novos meios que permitam
esclarecer melhor os contextos das matérias desta nossa “era do espaço”, bem
como as transformações que ocorrem em todo o mundo, com novos lugares e
situações. (SHULHER; WITTICH, 1992, p.13).
Nunca é demais
repetir de que o uso do vídeo na sala de aula é quebrar paradigmas no cotidiano
e ou rotina do trabalho docente e discente no seu dia-a-dia. Assim se requer
mudança de postura de nossos docentes, sendo necessárias adaptações e mudanças
na cultura de ensinar, passando a ser mediador de sua prática docente e ou
didática pedagógica. É importante, relembrar de que antes do surgimento do
vídeo em sala de aula, o professorado era obrigado a arranjar outras
“dinâmicas” para suas aulas, inclusive antes do uso do vídeo, usava a própria
televisão. Na atualidade da chama era digital o progresso cientifico e
tecnológico represente em suma um chamado quase que obrigatório o uso de do
vídeo, do DVD, da internet, etc, em seu fazer pedagógico. Recusar usar o vídeo
e bem assim outras tecnologias em sala de aula é perder o bonde da história e
ficar ultrapassado o saber acadêmico desenvolvido em nossas escolas de qualquer
nível.
Infelizmente
ainda temos conhecimento da existência de diretores escolares de uma infinidade
de professores que tem visão distorcida sobre o uso do vídeo em sala de aula,
isso é visível quando afirmam que o vídeo deve ser usado para distrair o
alunado e ou preencher buraco no planejamento escolar diário. Tal visão é
totalmente oposta com a visão do alunado da Educação Básica de nossos tempos,
por exemplo, estão habituados e ou acostumados em usar mídias sociais sua
diversidade real, a exemplo de telefone celular, vídeo, televisão, rádio,
internet, etc., no seu dia-a-dia no seu ambiente doméstico e social diário, em
assim sendo, esperam que a escola, enquanto sala de aula, local apropriado para
ensino e aprendizagem, tenha algo diferente, sensibilizador, motivador,
investigador, etc., que o tire da mesmice real e o faça ser transportado para
outro mundo, adquirindo novos conhecimentos, saindo do cuspe e giz, algo
restrito ao ambiente físico escolar, dando adeus a maneira tradicional de
transmitir o saber, onde somente o professor sabia tudo e o aluno nada sabia.
Daí a necessidade de fazer o aluno viajar no tempo e no espaço, provocando
discussões e outras linguagens com o uso do vídeo em suas diversas disciplinas
e ou componentes temáticos curriculares. E tudo isso significa avanço
tecnológico e cultural, haja vista que ninguém ensinada nada a ninguém, isso na
atualidade é público e notório. O aluno quando vem de sua casa para a escola já
sabe falar e tem seus conceitos e preconceitos sobre quase tudo no mundo que
lhe envolve, sente e tem prazer e ou desprazer de viver nele.
É certo que não
faz muito tempo, que professores e alunos, recebiam todas as informações
prontinhas através do livro didático, não tinham outras fontes de informações
para engrandecer seu fazer pedagógico diário, conforme menciona Carneiro
(2003).
Por outro lado,
entendemos de a cultura do atraso científico, didático, pedagógico e
informacional, onde o professor é aquele que sabe tudo e o aluno não sabe de
nada, embora a única fonte de informação usada por ambos era apenas o livro
didático diário, e quando o tinha, deve ser considerado algo que o vento levou.
É preciso enfocar outras abordagens e adaptar conteúdos de sala de aula, usando
o vídeo, dentre outras tecnologias igualmente importantes, se for o caso,
transformando assim a escola como um ambiente de crescimento e de
desenvolvimento na vida e no saber dos docentes e seus alunos. Tanto é assim
que “as melhores possibilidades e as piores limitações do vídeo decorrem da
qualidade dos programas e da preparação do professor para usá-lo de forma
criativa e participativa”. (FERRÉS, 1996, p. 128). Isso é fato e contra fato
não se tem argumento, daí a necessidade de melhor qualificar o docente para ter
um verdadeiro desempenho em seu ambiente de trabalho.
Preliminarmente
podemos afirma a linguagem audiovisual tem características específicas,
criadas, transformadas e incorporadas às novas tecnologias para captar e
registrar imagem e som em toda sua diversidade de formas e ou maneiras. São
muitos os suportes que surgem e quem vem assim evoluir em termos de avanços tecnológicos
a linguagem audiovisual. Assim sendo, é importante uma explicação, embora
simplificada da linguagem usada em tal meio com a finalidade de enfatizar o uso
do vídeo em sala de aula, levando-se em consideração “a quebra de ritmo
provocada pela apresentação de um audiovisual é saudável, pois altera a rotina
da sala de aula” (ROSA, 2000, p. 39). E até porque dependendo do planejamento
didático pedagógico do docente de cada disciplina, a um vídeo sobre determinado
tema, previamente escolhido, pode ser utilizado em diferentes situações e
modalidades (FERRÉS, 1988).
Conforme nos
ensina o pesquisador Moran (1991), o vídeo-aula representa uma modalidade de
expor os conteúdos curriculares de forma sistematizada e assim sendo merece
atenção especial por parte do discente e do docente.
Com o advento do
cinema, surgiu à projeção sequencial de fotografias, estava inaugura a ilusão
do movimento enquanto forma da comunicar. Logo após veio a invenção da
filmadora, não passou muito tempo inventaram a câmera de televisão, uma grande
revolução para a época, haja que a partir de então era possível o registro e
transmissão in loco e/ou imediato de imagens.
Diante de tais
tecnologias vieram assim alterar a compreensão de mundo e da realidade
presente, uma vez que a visão passa a ocupar e ter lugar de destaque na
concepção estrutural da própria sociedade. Assim o real é visível e possível,
haja vista a imagem transmitida que legitima e confere crédito às informações
veiculadas.
Assim com o
advento da televisão, palavra com função híbrida do prefixo grego “tele”,
significando longe e o radical latino “visio”, significando visão. Portanto, a
televisão consiste na transmissão in loco, instantânea de figuras e ou cenas em
movimento, feita e ou construída eletronicamente com o uso de fios e ou de
ondas eletromagnéticas. A união de imagem, som e escrita transforma assim a
televisão o principal aparelho de comunicação e informação do convencimento
individual e ou coletivo. Tamanho é poder de convencimento do público usuário
da televisão. Os formatos de anúncios e propagandas invadem a sociedade em
quase todos os aspectos de sua contemporaneidade. Quando falamos em televisão
não podemos deixar de lado o vídeo, objeto escolhido para ser pesquisado na
presente tese, portanto, nascido inicialmente com a invenção da criação do
videoteipe e em seguida, tempos depois, invade os lares e ou casas dos
indivíduos através do videocassete, junção perfeito das características
fundamentais da televisão e do cinema em formato único.
É inegável que o
uso do vídeo, como ferramenta pedagógica audiovisual, possibilita direta e
indiretamente o conhecimento da língua criadora, através da expressão de
idéias, conhecimentos e de projetos. Agora tudo é possível fazer usando o
vídeo, podemos parar, escolher, avançar, movimentar para frente e ou para trás
a imagem preferida. Tudo isso é possível graças ao uso do vídeo em qualquer
componente curricular e em qualquer nível e ou grau de ensino.
Dentre outras
vantagens, podemos mencionar a alteração do tempo e do espaço, por parte de
professores, de qualquer disciplina, como por exemplo, quem ensina de História
do Brasil, que usando o vídeo que conta a história da independência de nossa
Pátria, resolva pará-lo para mostrar detalhes do antes e do depois do grito da
independência. Não será diferente para quem leciona qualquer outra disciplina
no Ensino Fundamental, no Ensino Médio e ou no Ensino Superior. Isso é
realidade, o vídeo mostrará o detalhe desejado e programa pelo docente mediador
na hora e no momento certo.
E até porque a
nossa sociedade, embora que solidariamente, vive e representam imagens que
precisam de maior compreensão sobre as diversidades textuais imagéticas, de
modo que:
[...] A imensa maioria da população dos países
latino-americanos nunca abriu um livro (embora muitos leiam tudo que é
oferecido pelas bancas de jornal), mas se detêm durante horas em frente a uma
televisão. Estas populações saem da cultura oral e entram na modernidade por
meio da gramática do rádio, do cinema e da televisão. Isso precisa ser levado
em conta ou os educadores perderão o rumo.” (MARTIM-BARBERO,1996)
Isso é um fato,
assim ainda que por analogia, o sistema educacional, a escola propriamente
dita, deve promover a devida apropriação da referida linguagem e
transformando-o em instrumentos da ação didática e de aprendizagem no seu
cotidiano em nome da modernidade que já é uma realidade presente.
A linguagem
videográfica tem ligações epistemológicas intimas com a linguagem
cinematográfica e com a linguagem televisava, porém, suas particularidades devem
ser levadas em contas na hora da analise de tal enfoque concreto, ainda que por
analogia, cada linguagem tem seu próprio “lócus” de sobrevivência, uma vez que:
O cinema, como
se sabe, é linear por natureza: nele temos sempre um plano, uma seqüência depois
da outra depois do outro. Já o vídeo tende a superpor tudo, saturando de
informação o espaço e a representação. No limite, o destino do sintagma
videográfico é acumular todos os planos num único quadro. (MACHADO ,2001)
Diante disso,
entendemos que tal citação nos leva mesmo a crer que o vídeo pode e deve ser
assim considerado como instrumento e ou suporte ágil, além da capacidade que
tem de oferecer uma diversidade de informações através de suas imagens,
inclusive não lineares. Encontra-se em jogo na presente pesquisa algo
especifico dos chamados gêneros videográficos, via suas falas e ou discursos
particulares, representados pelos vídeos usados na sala de aula e ou no sistema
educacional através de suas escolas de qualquer nivel e grau de ensino.
Antes de
qualquer outro argumento invocando o uso da linguagem do vídeo, devemos lembrar
sempre que:
“Se consideramos
vídeo a sincronização de imagem eletrônica como aquela constituída por unidades
elementares discretas (linhas e pontos) que se sucedem em alta velocidade na
tela, então podemos concluir que hoje quase tudo é vídeo e que, longe de estar
moribunda, essa mídia acabou por ocupar um lugar hegemônico entre os meios
expressivos de nosso tempo.” (MACHADO, 2003, p. 17).
O vídeo é a
resposta a forma necessária para refletir sobre a complexidade, diversidade e
riqueza dos tempos atuais.
Não tem bicho de
sete cabeças o fato da linguagem audiovisual, ser apenas uma forma e ou maneira
própria de expressão. Assim sento, tal forma é variável levando em consideração
os objetivos: contar, impor, exprimir, etc,
E essa forma de expressar-se varia em função de seus objetivos: contar,
exprimir, impor etc, desde que organizado em forma de narração e conjugação,
envolvendo a ação, o espaço e o tempo.
Podemos entender que um filme
videográfico é texto e em sendo texto e formado por elementos e/ou pelas da sua
construção. A primeira peça de sua construção é o plano, fragmento gravado,
distância da câmera e ou do ponto de vista em relação ao assunto e ou tema. E é
o conteúdo material em o tamanho do plano que vai influenciar o que chamamos de
produto final.
Por lado a tecnologia da imagem
videográfica e da televisão, apresentava diferença essencial entre os tipos de
imagens, o que pode gerar questionamentos diante da existência da imagem
digitalizada atualmente existente, tendo em vista que:
De fato, a
imagem videográfica não é percebida exatamente como a imagem do filme, mas a
diferença essencial entre elas não se refere nem à faixa preta entre os
fotogramas, nem à varredura da tela de vídeo, e sim, sobretudo, à frequência de
aparecimento das imagens sucessivas. (AUMONT, 1993, p. 171).
E preciso que se tenha um plano
pré-determina de detalhe se a intenção da imagem for causar impacto emocional e
visual, tendo em vista o curto tempo para leitura. É uma questão de escolha do
docente.
Por outro lado, a angulação
deve ser compreendida como sendo a posição e/ou o ângulo da câmera em relação
ao objeto e ou personagem focado, usado para construir textos videográficos.
A dinâmica do uso do vídeo enquanto
processo da linguagem audiovisual, compreende o discente como elaborador,
realizador, criador de novos produtos, o que o faz participativa na ação ensino
aprendizagem. Até mesmo o vídeo ficção formado por fala e ou discurso lúdico é
constituído por signos indiciais, simbólicos e icônicos na narração e ou jogo
de articulações envolvendo som, imagem e palavra, conforme ensina Orlandi
(1987), caracterizando assim o discurso lúdico com menos vontade explicita de convencer,
existindo a participação livre e aberta no tocante a construção de sentidos, o
que o faz polissêmico em termos de discurso.
Enfim a linguagem audiovisual
articula palavra, som e imagem, algo comum de tais meios, podendo para tanto,
gerar modificações cognitivas e sensitivas no ser humano, provocando assim
hiperestimulação visual e sonora, que modifica a maneira de perceber e de
sentir o que se encontra em torno de si, levando-o a ser envolvido na trama e
ou enredo narrado, claro, sem qualquer tipo de intencionalidade.
O vídeo é
sedução, texto, legenda, escrita, motivação, ilustração, sensibilização e meio
de expressão.
O vídeo é uma
ferramenta aliada no tratamento não só dos temas das disciplinas curriculares,
quanto dos temas transversais constantes dos PNCs – Planos Nacionais
Curriculares.
Os gêneros
programáticos videográficos preferidos e usados na área educacional pelos
docentes são documentários, ficção e ou animações de filmes, portanto, temas
com diferentes linguagens. Em tais gêneros audiovisuais estão presentes o
lúdico, o polêmico e o autoritário, enquanto modos organizacionais.
É importante que
os governos: federal, estadual e municipal, inclusive com parceria com a
iniciativa privada equipe as escolas que ainda não tenham ingressa no mundo
cibernético, via o uso de ferramentas como televisão, DVD, rádio e
especialmente o vídeo, objeto da presente pesquisa. Não é uma questão apenas de
equipar escolas e sim de implantar a cultura do uso do vídeo em sala de aula
visando oferecer educação de melhor qualidade aos nossos alunos. É importante
mencionar que “o vídeo oferece flexibilidade aos horários de aula, a
possibilidade de adequação aos ritmos de estudo dos alunos e de planificação de
diversas situações de recepção”(LITWIN, 1997, p.71).
A sala de aula
tradicional encontra-se em crise e enfraquecida diante do aparecimento das
novas tecnologias audiovisuais, uma vez que grande parte da informação que
poderá levar ao saber passa necessariamente pela imagem, o faz suscitar aos
nossos olhos outras modalidades de ensino e de aprendizagem, formal e informal,
o que produz direta e indiretamente na sociedade atual outras condições de
saber, diante das formas do sentir e do sensibilizar, porta de entrada para
novas maneiras de se atingir a socialização tão desejada através do processo
educacional desenvolvido em nossas escolas.
A ideia de que o uso do vídeo em
sala de aula favorece e ou ajuda o ensino e aprendizagem é defendida por vários
teóricos, tanto é assim que “o vídeo é um meio de comunicação e um meio de
ensino”, segundo Ferrés (2001). É por isso que o vídeo deixou de ser o garoto
propaganda do cinema e passou a ser um aliado forte na área educacional desde a
década de 80 do século XX, tendo em vista o avanço tecnológico. Portanto, não é
por acaso que atual o vídeo é a base transmissora da linguagem audiovisual, não
importando a área profissional e empresarial em que o mesmo seja utilizado. É
realmente uma tecnologia auto-aplicável em qualquer área do conhecimento
científico e ou não.
São grandes as possibilidades
oferecidas pelo vídeo na área pedagógica, tudo vai depender única e
exclusivamente da percepção critica e cultura do docente que se dignar em
usá-lo como ferramenta didática na construção de saber para si e para seus discentes. Oferece possibilidade
positivas e negativas sobre os mais variados temas pedagógicos, sociais,
culturais, históricos, etc.
O docente deve ser sempre orientado
a usar e produzir o vídeo como ferramenta em suas atividades pedagógicas, é uma
questão intencional que envolve necessariamente cada escola e da cada docente
em cada disciplina e componente curricular.
Já se foi o tempo em que o
professor passava o tempo todo falando, falando e o aluno passivamente o escutando.
O já se foi o tempo:
[...] o vídeo
que até o final dos anos 70 (setenta) era tecnologia exclusiva das emissoras de
TV, passou, definitivamente, na década de 80 (oitenta), para as mãos das pessoas comuns, principalmente, porque à sua
evolução técnica se dá um correspondente barateamento dos equipamentos,
permitindo ampliar o acesso a esse novo meio. (LIMA, 2001).
O Brasil através do Ministério da
Educação criou a TV Escola, que democratizou o uso do vídeo nas escolas
públicas do país que transmite 24 (vinte e quatro) horas por dia programas
divididos e orientados por temas de ensino aberto para uso de todo e qualquer
professor interessado em suas aulas diárias.
É inegável que o vídeo é realmente
material didático, o seu uso é uma questão de cultura e planejamento de cada
professor diante da diversidade e pluralidade de condições do mesmo ser usado
em sala de aula.
O aluno assim como o docente deve
necessariamente estar envolvido com a produção e com o uso do artefato
tecnológico do vídeo em seu ambiente escolar, sempre a procura dar sentido e
resposta as suas necessidades de aprendizagem e ou de conhecimento.
As sensações do ser humano
dependem da transmissão de mensagens e/ou códigos, através dos órgãos dos
sentidos: tato, olfato, gustação, visão e audição. Assim é importante verificar
a importância do uso do vídeo em sala de aula, tomando como base a questão
audiovisual que estimula os sentidos e provocam emoções, ainda que por
analogia, sendo usados vídeos temáticos relacionados com os componentes
curriculares e/ou temas transversais, previamente selecionados pelo professor
em sua práxis pedagógica, referente aos dados retidos e a retenção de
informações e ou menemônica e ou processo de memorização em diferentes
condições em que os alunos são submetidos na aprendizagem escolar, conforme
dados percentuais (Tabelas I, II e III) da pesquisa realizada por Ferreira e
Silva Junior (1975), algo interessante por envolve a cultura tecnológica de
nosso tempo e de uso corriqueiro nas diversas áreas do saber e ou do
conhecimento, inclusive no ambiente escolar.
Tabela I –
Mnemônica – Porcentagem de retenção.
Como se
aprende
|
Através da
gustação
|
1,0%
|
Através do
tato
|
1,5%
|
|
Através do
olfato
|
3,5%
|
|
Através da
audição
|
11,0%
|
|
Através da
visão
|
83,0%
|
Fonte: FERREIRA;
SILVA JUNIOR, 1975.
Diante dos resultados obtidos
conforme a leitura que se faz a olho nu da Tabela I, enfatizando os órgãos dos
sentidos no ser humano em sua aprendizagem, sem sombra de dúvidas apresenta o
maior índice e/ou seja de 83,0% (oitenta
e três por cento) de porcentagem de retenção mnemônica dos indivíduos e/ou das
pessoas, que aprendem através da visão, motivo pelo qual os cientistas Ferreira
e Silva Junior (1975), chegaram à conclusão lógica de que é a visão, realmente
um dentre os demais órgãos dos sentidos que oferece maior probabilidade em
termos de porcentagem de aprendizagem. Ante o exposto, podemos deduzir, ainda
que por analogia que o uso do vídeo na sala de aula, enquanto tecnologia que
disponibiliza som e imagem, simultaneamente, pode ser assim considerada uma
máquina que pode ajudar o trabalho e/ou práxis pedagógica na escola de qualquer
nível de ensino.
Tabela II –
Porcentagem de dados retidos.
Forma(s) de
retenção.
|
Do que lêem
|
10%
|
Do que estudam
|
20%
|
|
Do que vêem
|
30%
|
|
Do que vêem e
escutam
|
50%
|
|
Do que dizem e
escutam
|
70%
|
|
Do que dizem e
logo realizam
|
90%
|
Fonte: FERREIRA;
SILVA JUNIOR, 1975.
A leitura que faz em termos
percentuais dos dados retidos na Tabela II da pesquisa de Ferreira e Silva
Junior (1975), está relacionado ao fato de que o aluno retém 90% (noventa por
cento) de tudo aquilo que ele faz, produz e/ou participa diretamente,
interagindo com o ambiente diante das atividades desenvolvidas. O aluno é
protagonista de sua fala e/ou discurso, diante de seus estímulos pessoais que
interferem no jogo de seus interesses, portanto, de sua aprendizagem tendo como
base o dizer e o fazer o que diz, in loco, imediato, quer ver como fica, é a
linguagem de agir rápido, tem pressa, diante da diversidade de métodos e/ou
metodologias escolhidas.
Tabela III –
Porcentagem de retenção da informação.
Método do
ensino usado.
|
Dados retidos
3 (três) horas depois.
|
Dados retidos
3 (três) dias depois.
|
Somente oral.
|
70%
|
10%
|
Somente
visual.
|
72%
|
20%
|
Simultaneamente
oral e visual.
|
85%
|
65%
|
Fonte: FERREIRA;
SILVA JUNIOR, 1975.
Os resultados apresentados pela
leitura que se faz da Tabela III dos pesquisadores ali contidos, passa
diretamente pela escolha de identificação do método do trabalho pedagógico,
diante do fato de usar simultaneamente atividades orais e visuais, motivo pelo
qual em ambas situações pesquisadas os dados retidos de maior significação em
termos percentuais de 85% (oitenta e cinco por cento) para os dados retidos
três horas depois e de 65% (sessenta e cinco por cento) para os dados retidos
três dias depois, respectivamente. Assim sendo, evidenciado está de que o uso
dos chamados recursos audiovisuais, dentre os quais citamos, o vídeo, objeto da
presente pesquisa, são oportunidades reais e/ou condições significativas em
termos de estímulos que favorecem e/ou contribuem para a aprendizagem, sem
deixar de lado a interação dos discentes diante das condições postas para
realizar a práxis e/ou atividades didáticas, dando privilegio a visão e a
oralidade, simultaneamente falando.
Ante o grande espetáculo que a
globalização oferece através da tecnologia, a escola não poderá ignorar tal
crescimento e desenvolvimento em todas as áreas do saber. Tanto é assim que:
[...] os
vínculos entre práticas educativas e processos comunicativos estreitaram-se consideravelmente
no mundo contemporâneo, ao menos, por duas fortes razões: os avanços
tecnológicos na comunicação e informática e as mudanças no sistema produtivo
envolvendo novas qualificações e, portanto, novas exigências educacionais
[...].. (LIBÂNEO, 1998, p.55).
O professor comprometido com o
sucesso do ensinar e do aprender de si e de seus alunos jamais deve fazer
ouvido marcador diante dos avanços tecnológicos, haja vista que:
[...] a era da
informação e da imagem numa mistura de medo e fascínio, convive-se com inúmeras
modificações, passando a questionar até o significado do real, uma vez que a
imagem e a realidade apresentam-se incorporadas uma na outra. (MORAIS, 2000,
p.15).
O termo audiovisual tem múltiplos
significados, é considerado o meio e ou a totalidade dos veículos de
comunicação que pode atingir o individuo receptor via os canais auditivos e
visuais, é a mensagem constituída da combinação de som e imagem. É também
considerado método pedagógico empregado para ensinar idiomas, onde se lança mão
do som e da imagem, simultaneamente, através do uso de livros, filmes, discos,
televisão etc, segundo Ferreira (1999).
É importante destacar na presente
pesquisa o uso do vídeo em sala de aula, enquanto recurso audiovisual,
ferramenta de uso didático no trabalho pedagógico com capacidade e
possibilidade de propiciar aulas dinâmicas e/ou atrativas, tendo em vista
influenciar direta e indiretamente o imaginário cotidiano do alunado.
Por outro lado é importante
enfatizar que o lócus do uso vídeo não é apenas para proporcionar e/ou
possibilitar novidades, encantamento e/ou diversidades durante as aulas. Tanto
é assim que deve o mesmo representa apenas como sendo um instrumento e ou
ferramenta de uso no trabalho pedagógico.
Para inicio de conversa, o professor,
enquanto profissional deve procurar conhecimento da linguagem sobre o
audiovisual que o ajudará a adaptar-se e/ou qualificar-se para atender as
exigências do novo tempo. Isso é uma realidade mundial que oferece a
possibilidade de inovar na práxis e/ou prática do ensino e da aprendizagem,
desde que use tecnologia de ponta, a exemplo, do uso do vídeo, um dentre muitos
recursos didáticos midiáticos de inegável possibilidade tem que a capacidade de
despertar a criatividade na medida em que estimula a construção de múltiplos
aprendizados e/ou saberes, envolvendo a exploração das emoções e da
sensibilidade dos discentes. E bem assim despertar o interesse em
contextualizar uma variedade de conteúdos do currículo culto e/ou curso, o que
vai depender do nível ensino. Na realidade, o professor a partir de então tem
em suas mãos possibilidades de conduzir o discente e levá-lo a aprendizagens
significativas diversas, que inevitavelmente fomentará princípios básicos de
ética e de cidadania no mundo que lhe é comum.
Assim sendo, são muitas as
possibilidades do uso do vídeo em sala de aula, na perspectiva de se construir
uma diversidade de saberes, tendo como considerações preliminares a respeito da
temática, os estudos de pesquisa da lavra de Berlloni (2002), dentre outros
teóricos igualmente importantes, com a finalidade de proporcionar a devida
compreensão envolvendo as possibilidades e contribuições reais do uso do vídeo
na sala de aula, enquanto considerado recurso tecnológico de aprendizagem,
favorecendo assim, um novo olhar sobre o uso do vídeo na sala de aula, tendo em
vistas as possibilidades de aprendizado por parte dos alunos em qualquer grau
de ensino. O que torna a presente pesquisa um tema relevante porque trás sua
contribuição para pesquisadores, professores e alunos.
Assim através com uso das diversas
mídias, dentre as quais o vídeo, o aluno se sente motivado a dar significado
e/ou resposta a tudo que se encontra ao seu redor no presente e/ou no passado
do mundo por ele vivenciado. E isso é possível porque a prática de ensinar e de
aprender, passa a ser motivadora, variada e lúdica.
Não são poucos os teóricos,
educadores e pesquisadores em geral que recomendam o uso dos recursos
audiovisuais no ambiente escolar, argumentam ainda que tal metodologia tem
possibilidade de ajudar no processo educativo significativo e na formação do
aluno integral. E diante disso:
[...] As escolas
devem incentivar que se use o vídeo como função expressiva dos alunos,
complementando o processo ensino-aprendizagem da linguagem audiovisual e como
exercício intelectual e de cidadania necessária em sociedade que fazem o uso
intensivo dos meios de comunicação, a fim de que sejam utilizados crítica e
criativamente[...]. (CARNEIRO, 1997, p. 10).
Ante o exposto, o discurso
defendido por Carneiro (1997) é ainda que
por analogia, semelhante ao pensamento pedagógico defendido do
pesquisador Tornero (1994), diante do fato que em ambos vamos encontrar a
crença de que o uso dos recursos midiáticos, e o vídeo estar dentre estes, irão
beneficiar os indivíduos envolvidos a fazerem uma leitura critica sobre tudo
que os rodeiam, levando-se em consideração de que:
[...] Descobrir
a finalidade do programa; captar e esclarecer a finalidade do programa de vídeo
ou TV; provocar ideias, convencer alguém, incentivar o consumo; reconhecer-lhes
a proposta, que ações recomenda, que relação estabelece com o receptor, que tipo
de intencionalidade (explícita ou implícita) caracteriza o emissor (TORNERO,
1994, p.11).
Inevitavelmente tudo passa pelas
percepções do aluno, uma vez que em estando apto a desempenhar tais habilidades
críticas diante das exigências atuais da sociedade, o professor deve usar as
tecnologias audiovisuais, dentre as quais o vídeo em sala de aula, haja vista a
possibilidade existente de percorrer um novo caminho e um novo tempo na sua
práxis pedagógica de maneira reflexiva e realista.
Tendo em vista a visão de mundo de
cada pesquisador autor acima citados, damos por compreensível o verdadeiro
papel que deve ter o docente diante do uso das novas tecnologias, dentre as
quais, o vídeo em sala de aula. É interessante que ele tenha crítica a respeito
do seu fazer pedagógico, porque somente assim, poderá integrar o discente no processo
de ensino e de aprendizagem sem atropelo e/ou dificuldade. Por outro lado,
integrar o uso do vídeo na escola em suas atividades didáticas e pedagógicas,
requer do professor que o mesmo se transforme em protagonista, ativo, critico
criativo, mediador e articulador junto ao aluno de tal cultura, entendendo e
defendendo que o vídeo é uma ferramenta de caráter pedagógico, formativo por
produz aprendizado significativo, motivador e dinâmico.
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TORNERO, J. M.
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Enviado por Franisco de Paula Melo Aguair
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