Por Beto Rueda
A existência de grupos armados que agiam violentamente no interior do Brasil tem raízes nos confins de nossa história política e social. Também vêm de longe escritos que relatam e analisam as ações desses bandidos país afora. Os romances brasileiros desde o séc. XIX retrataram fartamente essa figura típica dos interiores brasileiros. Um bom exemplo é um romance do cearense Franklin Távora (1842-1888) publicado em 1876. O Cabeleira narra a história de dois bandidos do sertão que viveram no séc. XVIII.
Mas a partir das primeiras décadas do século XX que as obras sobre os bandidos do sertão se multiplicariam, época em que também se intensificou a atuação dos cangaceiros.
Em 1917, o político e escritor cearense Gustavo Barroso (1888-1959) publicou Heróis e Bandidos, uma das obras mais importantes da época sobre o tema.
Gustavo Barroso atuou intensamente no jornalismo, política e diplomacia brasileira. Sua carreira de escritor exerceu nas mais diversas modalidades. Com mais de cem títulos, publicou ficção, ensaio, poesia; livros de história, crítica, política, folclore entre outros temas. Foi membro da Academia Brasileira de Letras, nacionalista convicto, antissemita declarado e militante e divulgador do integralismo, doutrina política de extrema direita inspirada no catolicismo conservador e no fascismo europeu.
REFERÊNCIAS:
BARROSO, Gustavo. Heróis e Bandidos: os cangaceiros do Nordeste. Fortaleza: ABC, 2012.
CARDOSO, João. Heróis e bandidos. < http:// blog.bbm.usp.br/2015/herois-e-bandidos/ >. Acesso em 25 out.2024.
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