Maria Bonita
Em minha humilde opinião, Maria Bonita não só estava cansada da vida que levava, como já havia adquirido o medo de viver embrenhada às matas, sabendo que a qualquer hora, poderia ser morta pelas volantes policiais.
Maria Bonita quando se embrenhou às matas, estava dominada pelo cupido, e depois de tantos sofrimentos, descobriu que havia se enganado, pois a sua loucura pelo o movimento do capitão Lampião era uma simples ilusão. Por esta razão, exigia do seu companheiro a desistência com urgência, daquela amaldiçoada vida.
Foram oito anos vividos e perdidos entre os serrados. A vida do cangaço era um verdadeiro inferno, sofrendo naquelas matas como se fosse animal, e como saldo, apenas ganhara o sol forte, poeiras, chuvas, dormindo no chão, desprovida de um acomodado teto, distante das festas decentes que aconteciam na sua querida terra Malhada do Caiçara, a solidão presente a todo instante, muita fome, fome e muita fome.
Saudade daquelas pessoas que lhe viram nascer e crescer no meio delas, frequentando uma escolinha para, pelo menos, alfabetizá-la. Saudade das missas aos domingos, quando ela e outras amigas da mesma idade, caminhavam para receberam a bênção do padre da pequena paróquia. Saudade dos pais, irmãos, familiares, amigos, parentes e aderentes.
Maria Bonita viveu o inferno que ela mesma o desejou. Queria voltar ao seu amado chão, abraçar os velhos e sofridos pais, irmãos, e lhes dizer que: a partir daquele dia, passaria a ser a nova Maria de Déia, a Maria de antes, a Maria que participava dos divertimentos que a população da comunidade frequentava, e por favor, não mais falassem em a Maria do cangaço, a Maria marginal, a Maria que roubava e odiava os que traiam o seu grupo. A partir daquele dia, queria ser uma outra Maria. Maria desejada pela aquela rapaziada lá de Malhada do Caiçara.
Dizia Maria que o erro fazia parte da vida. O que não podia, era ela continuar no erro, simplesmente, porque, apaixonara pelo um homem sanguinário e que amava o mundo do crime. Mas ela estava ciente que os seus familiares e amigos, de toda comunidade, iriam recebê-la com muito carinho, e perdoá-la de tudo que havia praticado de errado de ante dos olho de toda comunidade.
Mas Maria Bonita apenas imaginava a desistência do cangaço, e não tinha coragem de fugir da presença do seu companheiro. Não queria tomar esta atitude, pois a Rosinha do cangaceiro Mariano Laurindo Granja, fora assassinada a mando de Lampião, e ela mesma, sabia que sendo a verdadeira companheira do chefe do cangaço, e se fugisse em busca dos seus familiares, com certeza, seria seguida e morta pelos cangaceiros, assassinada a mando de Lampião.
As caatingas são bem melhores do que a prisão.
Mas Lampião lá na sua central administrativa, como chefe de bando, para ele, liberdade, somente entre os serrados, apenas livrando-se de estilhaços de balas, e o resto tirava de letra.
Jamais sairia da caatinga, pois se assinasse a desistência do cangaço, com certeza, iria passar pelas mãos vingativas de policiais. Não desistiria e nem autorizaria a saída de sua rainha do cangaço. Lampião bateu o martelo com toda força do seu braço:
" - Não aceito a desistência de Maria do cangaço! Maria Permanecerá comigo até que um dia alguém nos matem! Não quero passar por covarde, assinando a desistência do cangaço. Esta é a vida que eu escolhi". Se me fizeram marginal, marginal serei até morrer".
PAIS E IRMÃOS DE MARIA BONITA.
D. Maria Joaquina Conceição Oliveira - Dona Déa Mãe de Maria Bonita e José Gomes de Oliveira
Joana irmã de Maria Bonita
Arlindo irmão de Maria Bonita
Benedita - irmã mais velha de Maria Gomes
Amália irmã de Maria Bonita
José Gomes irmão de Maria Bonita
Ananias irmão de Maria Bonita
Francisca irmã de Maria Bonita
Isaías irmão de Maria Bonita
Antonia irmã de Maria Bonita
Olindina irmã de Maria Bonita
Corrigindo o meu equívoco:
Em outra postagem eu coloquei que estas fotos pertenciam ao acervo do escritor Gilmar Teixeira. Mas, todas as fotos da família de Maria Bonita, aqui no texto, pertencem ao acervo do escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima.
Alerta ao leitor: Não use o que eu escrevi como material pertencente à literatura lampiônica. É apenas um pouco do meu pensamento, e na finalidade de publicar em nosso blog as fotos dos pais e irmãos de Maria Bonita. E de forma alguma prejudicará o que os escritores, pesquisadores e cineastas escreveram e gravaram.
ALERTA AOS NOSSOS LEITORES!
Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas. Desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional. Você poderá ser vítima.
As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão.
Você poderá não conduzir arma, mas o outro conduzirá uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.
Guarda na mente este lembrete quando estiver no trânsito. Não se exalte.
Calma! Calma!
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