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23 novembro 2025

ANTÔNIO DE JACÓ.

  Por Pedro Gonçalves

ANTONIO DE JACÓ ou simplesmente MANÉ VELHO, antes e depois do cangaço. MANÉ velho foi integrante da força volante do tenente JOÃO BEZERRA que participou da emboscada a lampião maria bonita e mais nove cangaceiro em angico em 1938.



MANÉ VELHO também foi o responsável por matar sua esposa em Santa brigida, foi pra São Paulo onde casou novamente e também assassinou sua segunda esposa. MANÉ VELHO ou ANTONIO DE JACÓ terminou seus dias de vida na cidade de Pires do Rio em Goiás e faleceu com quase cem anos.

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BOLO DE MANDIOCA/TIJOLO.

 Clerisvaldo B. Chagas, 19 de agosto e 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.289

É uma grata satisfação novamente ir ao experimento de uma iguaria de infância que se vendia nas feiras de Santana, século passado. Trata-se do bolo de mandioca (não de macaxeira), com faixas amarela e branca de forma artesanal. Ainda bem que a indústria aproveitou a ideia e você, atualmente, pode comprar essa delícia em supermercados. O bolo é feito de mandioca, margarina, água e açúcar. Muito bem lembrado e elaborado pelo fabrico em indústria de Bezerros-PE. O único defeito é que você quer comer todo de uma vez, tal a cupidez na gostosura. Também continua nas bancas de feiras o doce “tijolo”, de corte meio duro, feito ou de jaca ou de raiz de imbuzeiro. Este não conseguiu dar um salto para a Indústria como seu colega, bolo de mandioca.

Entretanto, outras guloseimas não resistiram em Santana e, algumas delas vamos encontrá-las no povoado Pé-leve, região da grande Arapiraca e na Massagueira, entre Maceió e Marechal Deodoro. Entretanto nem aqui e nem em outros lugares vimos mais: quebra-queixo com castanha, quebra-queixo com amendoim, pé de moleque na folha da bananeira e nem broa macia de massa puba, coisas que sustentavam tranquilamente e com galhardia o café da manhã. Ano passado estive com um doceiro que mudara de ramo após a sua fama na região. Fazia bolo de tudo que você imaginasse. Pulou para o ramo de ferro velho. Ah, meu Deus! Perdemos um doceiro de mão cheia. O diabo é quem quer saber de comer ferro velho.

Quem possui essas habilidades em fazer doce, só passa fome se quiser. Pode trabalhar por conta própria e abastecer bodegas, feiras mercadinhos e supermercados. Ora! O povo compra sem qualidade imagine um produto bem-feito!  Estamos nos referindo aos doces das  receitas antigas e seculares que vêm de avós e bisavós sempre agradando no sabor todas as gerações.  Admiramos também os grandes profissionais que lidam com os chamados produtos salgados. Entretanto, falando especificamente de bolos, bolo é bom e bolo é ruim. É bom quando bolo é de se comer, é péssimo quando ainda lembra os bolos na mão da palmatória, é diabólico quando alguém “dá” o bolo, isto é, engana, ludibria, rouba, causa prejuízo.

Mãos e mente  o amor, para o bolo do bem.

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NO TEMPO DO TINTEIRO E DA PENA

  Por José Mendes Pereira


Até a década de 60, do século XX, a criação de canetas modernas ainda não havia chegado no Brasil, isto é, uma maneira mais simples para estudantes, principalmente aqueles que residiam nas pequenas cidade, vilarejos e campos. Até as carteiras escolares dessa época, tinham nelas, orifícios onde se colocavam os tinteiros que eram cilíndricos, espécie de um pequenino jarro, fabricado de vidro, porcelana, prata, latão ou outro material semelhante, e que servia como recipiente de tinta para a pessoa que estava escrevendo. O usuário mergulhava o bico da pena no tinteiro, quando sentia que a tinta estivesse acabando na ponta da pena. Esta invenção foi criada no ano de 1884.
  
www.geralforum.com

Se algum dos alunos sentisse que a tinta do seu tinteiro havia se acabado, solicitava que a professora fizesse o abastecimento de mais tintas, para que ele continuasse a sua obrigação escolar. Existiam vários modelos de carteiras, mas a que era mais usada nas escolas era carteira individual, isto é, apenas para acomodar um aluno.

  www.patriamineira.com.br

Atualmente a pena é mais utilizada por artistas, devido ao seu formato especial, que permite usufruírem facilmente do chamado "efeito fino-grosso" do traço. Esse efeito costuma ser usado para dar volume aos desenhos, mas poderá ser feito também com simples pincéis.

Se você deseja adquirir picos de pena para colecionar, ou até mesmo para relembrar o seu tempo de escola, quando ainda era pena e tinteiro, entre na Internet que você encontrará vários modelos de penas.
  
tutorialhouse.deviantart.com

Lembro-me bem do tempo da pena e do tinteiro, porque nessa década, eu era aluno da professora Ediesse Rodrigues, na "Escola Isolada de Barrinha", na Fazenda Barrinha, de propriedade da viúva Francisca Rodrigues Duarte, conhecida em toda região por dona Chiquinha Duarte. 
  
worldpel.com

Mas lembrando ao leitor que a caneta esferográfica foi criada em 27 de Dezembro de 1950, pelo inventor húngaro e naturalizado argentino Lárszio Biró. Achando que tinha criado uma excelente invenção, chamou o seu invento de “BIC”. Mas para muitos brasileiros, só conheceram a caneta Bic já no final dos anos 50, e olha lá, muitos conheceram esta invenção, somente nos anos 60. A invenção foi tão admirada, que as vendas ultrapassaram as expectativas do inventor.

Minhas Simples Histórias

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.

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22 novembro 2025

LINDA CRIANÇA CANTANDO!

  LAMENTO NEM SEI QUEM ELA É.

https://www.youtube.com/shorts/zzBhwglYaoI

ALERTA AOS NOSSOS LEITORES!

Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas, desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional, você poderá ser vítima. 

As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão.
 
Você poderá não conduzir arma, mas o outro conduzirá uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.

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JOSÉ FERREIRA, SOBRINHO DE LAMPIÃO.

 Por Clerisvaldo Braga das Chagas

Prezado Mendes.

Esperando ajudar o indagador Antônio Oliveira – Serrinha, no comentário sobre notícia de José, sobrinho de Lampião, pós Angicos, na minha crônica: “Lampião, os bodes e a máquina de costura”, tenho a dizer:

Pesquisador do cangaço Antonio José de Oliveira

O livro “O Fim de Virgulino Lampião, o que disseram os jornais sergipanos”, de Antônio Corrêa Sobrinho, publicado em 2008, editado pela Gráfica Santana, Aracaju, às páginas, 147-149, publicados pelos jornais: “O Nordeste” (03.03.39); “Sergipe-Jornal” (03.03.39); “Correio de Aracaju” (04.03.39),  sobre José:

“O Nordeste”: Rio, 2 (A.N.) – Informaram da Bahia que foi preso em Jeremoabo José Ferreira Santos, com 17 anos, sobrinho de Lampião.

José Ferreira sobrinho de Lampião

Conduzido àquela capital em companhia de Aníbal e mais duas praças, José declarou que esteve somente um dia e uma noite junto ao rei do cangaço, pois na manhã seguinte deixara seu tio. Ouvindo o tiroteio, diz que disparou em carreira desabrida fugindo aos acontecimentos, cujo desfecho ignorava. Chorando, José pensa está preso apenas por ter assistido ao combate da polícia contra Lampião. Falando às autoridades, disse que fora enganado pelo coiteiro de nome Messias, morador nas margens do São Francisco que o convidou para trabalhar nos arredores em procura de dormentes.

Subitamente viu-se em presença do seu tio. No momento do tiroteio Lampião entregou-lhe um rifle, mas José confessou que não teve ânimo de atirar.

Por fim declarou que absolutamente não lamentava a morte do célebre cangaceiro.

Virgulino Ferreira da Silva aos 20 anos e José Ferreira Santos/Campos aos 17 anos

José Ferreira Santos, cujo clichê os jornais estamparam, possui todos os traços fisionômicos de Lampião, sendo impressionante a semelhança física entre ambos.

“Sergipe-Jornal”: Rio, 2 (A.N) – Informam da Bahia que foi preso José Ferreira Campos, com 17 anos de idade, sobrinho de Lampião. Conduzido àquela capital pela polícia, José declarou que esteve somente um dia e uma noite junto ao rei do cangaço, pois na manhã seguinte mataram o seu tio. Ouvindo tiroteio, diz que correu fugindo aos acontecimentos, cujo desfecho ignorava. Chorando, José pensa estar preso apenas porque assistiu ao combate da polícia contra Lampião.

O “Correio de Aracaju”, cita mais ou menos a mesma coisa.

É somente o que sei.

Pesquisadores podem responder melhor ao nosso leitor Antônio Oliveira.

Obrigado e abraços (Clerisvaldo B. Chagas, um leitor exigente).

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA


Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei. 

Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão(encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL. 

Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
  
Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema(história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
  
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.

(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)

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UM LIVRO PARA LER E GUARDAR – CASA GRANDE E SENZALA

  Publicado em 25/12/2013 por Rostand Medeiros

 

Este é um daqueles livros que são imprescindíveis para o conhecimento da história deste país. É daqueles para ler e guardar.

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O livro Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, trata de abordagens inovadoras de vida familiar, dos costumes públicos e privados, das mentalidades e das inter-relações étnicas e revela num painel envolvente e deliciosamente instigante da formação brasileira no período colonial.

O livro foi relançado em 2003 (o original foi publicado em 1933) e conta com 736 páginas.

Ao ler, você vai conferir

* Da arquitetura real e imaginária da casa-grande e dos fluxos e refluxos do cotidiano da família patriarcal, emergiram traços da convivência feita de intimidade e dominação entre senhores e escravos e entre brancos, pretos e índios que marcaram para sempre a sociedade brasileira.

* Valorizando o papel do negro na história brasileira, exaltando a miscigenação racial, desmistificando preconceitos e reconhecendo a originalidade de nossa cultura, tipicamente tropical, o livro caiu como um meteoro nos meios intelectuais.

* O autor tenta desmistificar a noção de determinação racial na formação de um povo e, com isso, refuta a ideia de que no Brasil se teria uma raça inferior, dada a miscigenação que aqui se estabeleceu.

* A linguagem do autor tinha uma irreverência desconhecida nas letras brasileiras, por vezes um tom de gozação, que chegou a provocar protestos de algumas correntes mais conservadoras.

* Para compor a obra, foram utilizados diários esquecidos, receitas de bolos e doces, análise de práticas cotidianas como o cafuné e a retirada de bichos-do-pé, nas quais se revelavam um exacerbado sensualismo.

* Setenta anos e muitas edições depois, o livro continua repercutindo. Menos por sua consagração como uma das obras fundamentais do pensamento brasileiro e mais porque o livro, como queira o autor, mantém-se vivo e contemporâneo.

Fonte - https://www.facebook.com/historiadigital

Extraído do blog Tok de História do historiógrafo Rostand Medeiros

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A AÇÃO NOBRE DE UM RUDE.

 Por Ângelo Osmiro Barreto.

Conta o escritor Ângelo Osmiro Barreto que em 1910, durante o período da Semana Santa, o lendário Cassimiro Honório, um velho cangaceiro do alto sertão pernambucano, da afamada região do Navio, promoveu um formidável cerco a um dos seus inimigos José de Sousa.

Melânia era filha de Cassimiro Honório, havia sido roubada por José de Sousa. O pai da moça, inconformado com a atitude do jovem sertanejo, arregimentou um grande contingente de cangaceiros e retomou a filha do jovem apaixonado. O episódio criou grande rivalidade entre os dois sertanejos, homens valentes e acostumados às lutas, numa época em que as divergências eram resolvidas à bala. A justiça, pouco ou nada fazia para resolver essas pendengas.

Durante um grande cerco promovido por Cassimiro Honório à fazenda de José de Sousa que durou sete dias, um fato interessante chamou a atenção de todos.

Dentre muitos homens valentes de ambos os lados, um iria se destacar pela sua atitude nobre. José Rajado, sertanejo rude com sangue no olho como se diz até hoje naqueles sertões, brigava entrincheirado ao lado dos comandados de Cassimiro Honório.

Passados três dias de luta renhida, José Rajado escutou um choro de criança vindo de dentro da casa sitiada. O choro persistente chamou a atenção do cangaceiro.

Aquela criança aos prantos só poderia estar com fome, pensou o cangaceiro naquele momento da luta. Em ato repentino José Rajado levantou as mãos, e aos gritos, pediu para que o tiroteio fosse suspenso.

Surpresos com a atitude pouco comum do bravo sertanejo, os contendores pararam os tiros, e o silêncio tomou conta do lugar por alguns momentos. O cangaceiro José Rajado, propôs aos sitiados que se prometessem não alvejá-lo, iria ao curral, ordenharia umas cabras e levaria o leite para a criança que estava chorando com fome.

José de Sousa prometeu todas as garantias a José Rajado, que confiando na palavra empenhada do inimigo, foi ao curral, encheu um balde de leite e deixou-o em frente à porta da casa sitiada. Retornou ao seu local de combate, e após estar novamente seguro, o tiroteio recomeçou.

O cangaceiro José Rajado, apesar de toda sua rudeza, acabara por praticar um ato da mais alta nobreza.

Esta informação é do escritor e pesquisador do cangaço Ângelo Osmiro Barreto, com a colaboração do confrade natalense Ivanildo Alves Silveira, colecionador e pesquisador do cangaço.   

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O COMERCIANTE JOSÉ PEREIRA DE SOUZA - J. P. SOUZA.

    Por José Mendes Pereira José Pereira de Souza (aos 51 anos) – 1962 -  www.azougue.org  José Pereira de Souza nasceu em Pereiro, no estad...