Por Beto Rueda
A expressão pejorativa "Macaco", descrevendo os elementos das forças legais ou invasoras, já era citado na Sedição de Juazeiro em 1914.
Nesse período, o coronel Marcos Franco Rabelo, interventor nomeado pelo governo nacional, perseguiu o Padre Cícero, destituindo-o de seus cargos e ordenando sua prisão. A medida foi reprovada por grupos oligárquicos do Ceará, que, liderados por Floro Bartolomeu, organizaram um batalhão de jagunços e romeiros em defesa do padre. Após a deposição do interventor, Hermes da Fonseca convocou novas eleições, que elegeram Benjamim Barroso como governador e o Padre Cícero como vice.
Xavier de Oliveira no seu livro Beatos e Cangaceiros de 1920, referindo-se ao beato Vicente que lutou bravamente, escreveu: "Um vulto negro, cego de um olho, aleijado de um pé. Não lhe era preciso fechar uma das vistas para poder dormir na ponta certeira em um macaco do Rabelo. Joelho na terra, um tiro monstruoso do seu bacamarte boca de sino. Carregado de pregos, de chifre de boi, de cera de vela benta e de contas de rosário, reboava medonho, em toda cidade, fazendo estremecer todas as casas, e bater apressados...todos os corações."
Fonte:
OLIVEIRA, Xavier de. Beatos e cangaceiros. Rio de Janeiro: [s.n.]; 1920.
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