O gigantesco Blimp, uma espécie de Zeppelin em menor escala, o vemos nesta foto, sobrevoando os céus da terra de Santa Luzia, e pela posição dele, dirige-se no sentido noroeste. No período da 2ª Grande Guerra Mundial, 1939-1945, estes enormes “balões”, pertencentes a US Navy, deslocavam-se pelo nosso Atlântico com a finalidade de observar a possível presença de aviões e submarinos alemães. Era a vigilância aérea, já que em Natal, a capital do Estado do RN, sediava a base para as forças norte-americanas (EUA), puderem mais rapidamente alcançarem Dakar, no Norte da África.
Os Blimps, verdadeiros observatórios aéreos, voavam a uma altura de 50 a 100 metros ao nível do mar e a uma velocidade de 40 km por hora. A passagem deles sobre as cidades brasileiras, em geral de caráter provinciano, provocavam a curiosidade máxima das pessoas que corriam para as ruas para melhor vê-los, era um acontecimento que já estava inserido no calendário de lazer destas populações. De acordo com o jornalista e memorialista Miguel Arcângelo de Azevedo, o Nirez “dos dirigíveis, os americanos acenavam para as pessoas. Todo mundo via, porque eles passavam bem baixinho e devagar”. A gente simples, supõe-se, deveria ficar encantada .....[1].
Sobre a imagem que ilustra a postagem, ao centro dela, está a Praça da Matriz de Santa Luzia que, somente, a partir de 1953 passa a denominar-se de Praça Vigário Antônio Joaquim. Jardins construídos e as ruas pavimentadas são visíveis e notáveis na imagem. Ao fundo, a Catedral de Santa Luzia, atrás da Catedral, vê-se parte da estrutura do antigo Mercado Público, e à direita da Catedral, o início da Rua Padre João Urbano que posteriormente passou a denominar-se por Avenida Gov. Dix-sept Rosado, e, em perpendicular, o Ginásio Diocesano Santa Luzia, ladeando a praça pelo lado norte. A construção do Ginásio ocupou todo o trecho deste lado da praça, fazendo desaparecer a antiga Rua do Desterro que se fazia presente no croqui da Vila, em 1772. Atualmente, não mais existe este Ginásio, em seu lugar, existe uma agência do Banco do Brasil. Conforme Câmara Cascudo relata que, no local do Ginásio, havia o Hotel da Generosa, o qual hospedou várias comissões durante os festejos do 30 de setembro de 1883, ocorridos na cidade.
A Catedral, ao longo dos anos, também, foi totalmente descaracterizada, perdeu a beleza de suas linhas e detalhes arquitetônicos. Como bem frisou o jornalista Ricardo Allan, em 01/11/09, no Correio Braziliense, "os brasileiros não prezam suas construções antigas. Preferem demolir tudo e pôr no lugar um monstrengo qualquer". É assim que eles pensam que estão sendo modernos... sobre o atual patrono desta praça, posteriormente, será apresentado em outra postagem.
Citarmos as fontes é respeitar quem pesquisou e dar credibilidade ao que escrevemos.
Fontes consultadas: Brito, Raimundo Soares de Brito, edições 2003 e 1985; Cascudo, Luís da Câmara, edição 2001; Escóssia, Lauro da., edição 2010; Rosado, Jerônimo Vingt-un, edição 2006; Silva, Raimundo Nonato da, edições 1973 e 1974; [1]. Diário do Nordeste; Origem das imagens: Azougue.org. Arquivo anteriormente publicado em 14/12/2099, no site Blog Telescope Uol.
Postado há 10th February 2013 por Unknown
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