28 de nov. de 2015

MOSSORÓ CANTIM DANADO (Homenagem)

https://www.youtube.com/watch?v=Fu3XWYdJrIA

Publicado em 6 de janeiro de 2015

FIZ ESSE FORROZINHO EM HOMENAGEM À MINHA TERRA, MÃE UM POUCO DISTANTE DOS SEUS FILHOS, TERRA LINDA E CHEIA DE CHARME, MAS AINDA SÓ MÃE DE LEITE DA ARTE QUE CHORA PEDINDO COMPREENSÃO.

Categoria: Música
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SILA EM NOVA POSE


Zé Sereno cometeu seus erros durante sua vida, assim como a grande maioria dos seres humanos, mas convenhamos... o cabra tinha um bom gosto.

Sila foi sem dúvidas, uma das mais belas mulheres a integrar um bando cangaceiro. A imagem acima diz tudo e um pouco mais.

Direto do túnel do tempo...
Foto: revista fatos

Fonte: facebook
Página: Geraldo Antônio de Souza júnior (administrador)

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27 de nov. de 2015

DIPLOMA DE HONRA AO MÉRITO

Professor Benedito Vasconcelos Mendes

Diploma de Honra ao Mérito, recebido pelo Prof. Benedito Vasconcelos Mendes da Academia Mossoroense de Letras-AMOL, na Sessão Solene realizada no Auditório da OAB, Em comemoração aos 27 anos de sua fundação. (Mossoró, 26-11-2015).


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FALECEU EM MOSSORÓ O RADIALISTA JÚLIO JOSÉ


A cidade de Mossoró no Rio Grande do Norte amanheceu mais triste, hoje, 27 de novembro de 2015, faleceu o radialista Júlio José, vítima de um infarto. Lamentável para a radiofonia mossoroense. 


O seu corpo está sendo velado no Centro de Velório "Sempre", em frente ao Tiro de Guerra. O sepultamento será amanhã, 28, às 9h, no Cemitério Novo. Júlio José apresentava diariamente o programa "Momento Esportivo", de 12h às 13h.


A Rádio Rural de Mossoró expressa sentimento de solidariedade à família enlutada e pede as orações de todos pelo descanso eterno de Júlio José.


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26 de nov. de 2015

MORRE EM MOSSORÓ QUEM MAIS AJUDOU NA CRIAÇÃO DA CIDADE

Por José Mendes Pereira

Lamentável! 

Morre em Mossoró aquele que mais contribuiu com a criação da cidade, dando todo auxílio aos índios Mouxorós, Monxorós ou Mossorós, da tribo Cariri, que habitaram a região até quase metade do século XVIII, o século do povoamento mossoroense, segundo Geraldo Maia em seu artigo:  http://www.blogdogemaia.com/index.php?arq=10/2010

 http://www.blogdogemaia.com

Infelizmente é triste, mas isto é a realidade, o "Rio Mossoró" findou desta forma, como mostra as fotos abaixo, dando o adeus a todos os mossoroenses e aos que visitam a nossa cidade.  

Foto do acervo de José Mendes Pereira - data da foto: 10-11-2014

Durante centenas de anos este rio foi aquário para peixes, garantindo a alimentação dos índios Mouxorós, Monxorós ou Mossorós, que habitavam ao redor das suas margens, hoje apenas o vemos deste jeito, sem água, e uma porção de plantas aquáticas enfeitam o seu leito seco.

Foto do acervo de José Mendes Pereira - data da foto: 10-11-2014

Até hoje ninguém sabe quem foi o assassino do rio Mossoró, se foi a natureza ou os órgãos públicos que não fizeram nada para que ele continuasse com muita água no seu canal.

Foto do acervo de José Mendes Pereira - data da foto: 10-11-2014

Alguns dizem que um dia aparecerá o verdadeiro assassino do rio Mossoró, e irá pagar pelo crime culposo que praticou, sem intenção de matar.

Foto do acervo de José Mendes Pereira - data da foto: 10-11-2014

Outros mais exigentes e sem medo de falar dizem que o rio Mossoró que corta a bela cidade, foi assassinado através de crime doloso, com intenção mesmo de matar, já que ninguém procurou fazer algo em seu benefício.

É lamentável que uma cidade tão bela como é Mossoró perdeu o rio que muito a enfeitou, e que ajudou na sua criação, fornecendo água e peixes para os seus moradores.

Foto do acervo de José Mendes Pereira - data da foto: 10-11-2014

E agora, será que um dia os mossoroenses terão o prazer de ver o rio Mossoró ressuscitando? É preciso que a população chame a atenção dos governantes para o iminente desastre.

VEJA ALGUMAS FOTOS DO RIO MOSSORÓ QUANDO ERA VIVO:

pt.wikipedia.org
www.skyscrapercity.com
paduacampos.com.br
paulomartinsblog.zip.net
Rio Apodi/Mossoró - rnemrede.com
www.skyscrapercity.com
www.kareninefernandes.com
Bacia Hidrográfica do rio Apodi-Mossoró (RN) - www.anotern.com.br

Minhas Simples Histórias

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25 de nov. de 2015

SEU TIBÚRCIO SOARES - UM ANTIGO COMERCIANTE DE MOSSORÓ

Por: José Mendes Pereira
José Mendes Pereira

Tibúrcio Soares era um dos mais antigos comerciantes de Mossoró, com a sua loja estabelecida no bairro Paraíba, no cruzamento da Rua Felipe Camarão, com a Rua Tiradentes, onde nos dias de hoje, funciona a “Loja do Papai”. Era alto, não tão magro, de cor branca, prestativo, educadíssimo, e gostava de separar moedas para doar aos que lhe pediam uma ajuda.

Seu Tibúrcio Soares - foi um grande comerciante de Mossoró, e o conheci muito 

No comércio, seu Tibúrcio Soares vendia de tudo, desde cereais, bebidas em grosso e em doses, cabos para todas as ferramentas, vassouras, esteiras fabricadas com palhas da carnaubeira, alpargatas de couro cru, fumo, rapaduras, cangalhas, e mais algumas ferramentas como: enxadas, foices, machados, martelos, alicates, colheres para pedreiros, prumos, níveis, esquadros, linhas para tarrafas, cordas...

pt.dreamstime.com
  
Devido a confiança que empregava às pessoas, seu Tibúrcio fora diversas vezes roubado por  alguns dos seus fornecedores. Mas mesmo sendo ludibriado, deixava isso para lá, apenas ficava de orelhas em pés, para que isso não se repetisse. Muitos desses que lhe forneciam mercadorias, não lhe entregavam os pedidos com a quantidade comprada.

Gregório das Esteiras como era conhecido neste ramo de negócio, por só vender esteiras; sabendo que alguns dos fornecedores do seu Tibúrcio andavam faltando com a sua responsabilidade, resolveu também entrar nessa, de não entregar a sua mercadoria de acordo com o que lhe vendera. “-Se os outros andam enganando seu Tibúrcio, eu também vou lhe enganar”.

E aconteceu que na primeira tentativa de enrolar seu Tibúrcio, o Gregório foi logo pego, porque chegou em uma oficina de um dos seus amigos, para consertar uma câmara da sua carroça, e como batia muito com a língua, contou para ele que havia vendido ao seu Tibúrcio dez rolos de esteiras, cada um com 10 esteiras, mas só havia colocado no monte oito rolos. Já que ele não havia notado, iria às pressas voltar até lá, para lhe vender novamente os outros dois.

Mas o Gregório não sabia que bem próximo a ele tinha um amigo do seu Tibúrcio, que ao ouvir a conversa, montou-se em sua velha e desmoronada bicicleta, e foi contar ao comerciante.

Chegando ao comércio do seu Tibúrcio o sujeito repassou-lhe o que havia ouvido do seu fornecedor, e tomando conhecimento disto, ele o agradeceu e ficou aguardando o Gregório, que até antes, o comerciante o tinha como um homem de confiança.

Seu Tibúrcio chamou o seu ajudante, e mandou que ele contasse os rolos de esteiras que havia comprado ao Gregório, e segundo o ajudante, só tinha oito rolos de esteiras.

 

Uma hora depois, o Gregório espirrou na porta do comerciante. E ao descer da carroça, entrou e foi logo dizendo:

- Seu Tibúrcio, eu tenho dois rolos de esteiras...

- Eu sabia! - Atalhou seu Tibúrcio - Eu sabia!

O Gregório quis se espantar um pouco, perguntando-lhe:

- Seu Tibúrcio, sabia o quê?

- Eu sabia que o senhor esquecera-se de colocar os outros dois rolos de esteiras ali. Isso é que eu chamo homem de confiança. Vi que só tinha oito rolos, mas eu tinha real certeza, que o senhor voltaria para me entregar os outros dois rolos de esteiras que se esqueceu.

O Gregório não sabia que seu Tibúrcio sabia da sua desonestidade. E olhando para ele disse:

- Seu Tibúrcio, nesta minha munheca, homem nenhum há de pegar nela um dia. O que é meu é meu. Mas o que é dos outros, é dos outros. E eu não sou e nem serei capaz disto.

- Eu sei disso, seu Gregório! – Falava seu Tibúrcio. Eu sei que tem muitos dos meus fornecedores honestos. E o senhor é um deles. Mas assim do seu tipo, é muito difícil. Voltar até aqui, para me entregar dois rolos de esteiras que se esqueceu de colocar no monte, é coisa para homem honesto mesmo. - Dizia seu Tibúrcio incentivando-o a ser honesto.

Minhas Simples Histórias

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Fonte:
http://minhasimpleshistorias.blogspot.com

Autor:
José Mendes Pereira

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24 de nov. de 2015

BOTIJAS DE LAMPIÃO

Por Sálvio Siqueira

No Sertão sempre escutamos contos, estórias, de pessoas que sonharam com “alguém” que morreu e veio lhe doar algo.

Dizem por aqui que quem em vida enterrou coisas de valores matérias como jóias, dinheiro, talheres de prata ou ouro, etc., voltam para que outra pessoa as desenterre.

Isso já faz parte do folclore, não só do nordeste, mas, creio, que de boa parte da população do planeta.

Também não sei se é só ‘crendice ou realmente algumas pessoas desenterram coisas de valore. Mas, que de vez em quando aparece o chão de uma cozinha no pé de um pote, um buraco, assim como no pé de alguma árvore frondosa próximo ao ‘terreiro’ da cozinho de alguma casa sede antiga.


No tempo do cangaço inúmero foram as pessoas que enterraram seus pertences de valores para que cangaceiros e volantes não as ‘levassem’ delas. O local, ou locais, era sempre próximo a algo ou alguma coisa que ‘marcasse o local, para que não se esquecessem onde estava ‘seu tesouro’.

O “Rei Vesgo”, quando chega no Estado baiano, sem saber ao certo o que iria encontrar pela frente, coloca suas “economias’ dentro de um alforje de couro e o enterra, em sentido temporário, nas quebradas da serra do Tonã. Depois, já tendo sondado o ‘terreno’, as recolhe e coloca em potes de barro, enterrando-os no grande vasto do Raso da Catarina, “(...)adotando o mesmo sistema que usara no outro lado do rio São Francisco – botijas enterradas em pontos diferentes para maior segurança(...)”. 

Coronel Petronilo de Alcântara - http://lampiãoaceso.blogspot.com

“Quando Lampião conheceu o Coronel Petronildo de Alcântara, poderoso fazendeiro conhecido por Coronel Petro, apresentado pelo vigário de Glória, o padre Emílio Moura Ferreira, o coronel ficou bastante assombrado com a quantidade de dinheiro que Lampião lhe mostrou, só notas graúdas, afirmando que tinha trazido para a Bahia três coisas: fome, nudez e dinheiro. Como Petro era homem ganancioso, convidou Lampião para investir em sociedade, na compra de fazendas. Lampião satisfeito, passou às suas mãos aquela dinheirama toda. (livro "Lampião, seu tempo e seu reinado", Padre Frederico Bezerra Maciel, livro 4 “A Campanha da Bahia”).


“(...)Os moradores da região do Raso da Catarina dizem que Lampião galopa constantemente em um cavalo branco, cantando “Mulher Rendeira” por trás dos serrotes, “aperreado” por algumas botijas encontrarem-se ainda enterradas, ele vagueia em noites de lua(...)”. (meneleu.blogspot.com // Postado por RAUL MENELEU às 12:43)


Fonte/fotos Blog Ct.

2ª Fonte: facebook
Página: Sálvio Siqueira

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CANGACEIROS DA PARAÍBA

Por Francimary Oliveira

Para destacar os principais, que entraram no cangaço, não por vocação, mas por obrigação, que a própria época exigia, destacam-se Francisco Pereira e Osório Francisco Ferreira, ainda jovem, de família conceituada, por força do destino entrou no cangaço, para vingar a morte do pai, barbaramente assassinado. Seu pai era um homem pacato, fazendeiro honrado, que antes de morrer pronunciou as seguintes palavras: “Vingança não”.

Coronel João Pereira pai do cangaceiro Chico Pereiras

Disse diante desse pronunciamento, à família, especialmente os filhos, ficaram num dilema, porque era determinação da própria sociedade, da época, a vingança. Mas resolveram atender o pai. O filho, Chico Pereira, procurou a Polícia, registrou a queixa e insistiu com o delegado para que fosse feita a prisão do assassino do pai, tendo a autoridade policial afirmado: “Chico, a gente solta uma vaca e para achá-la, não é fácil, imagine um criminoso perigoso, como este que matou teu pai”. Chico Pereira, desejando dar satisfação à família, pediu uma autorização ao delegado, por escrito. Logo depois encontrou o criminoso, dormindo. Com rara dignidade, mandou que o sujeito acordasse e o levou preso, para a Polícia. Volta para casa e a família ficou satisfeita com o episódio da prisão. Um dia depois o criminoso se encontrava em liberdade. Chico compreendeu que não havia justiça. Chico compreendeu que não havia justiça e se viu na contingência de fazê-la com as próprias mãos.

Na mesma região de Pombal, registrou-se outro caso, Osório um garoto de poucos meses de nascido, encontrava-se numa rede quando o pai chegou baleado, quando afirmou: “Este gatinho que está na rede vai vingar minha morte”. À medida que ia crescendo, Osório ouvia de outro: a determinação do pai. Ao completar 18 anos, recorreu à justiça da época, o rifle, e matou o assassino do pai e outros que cruzaram seu caminho. Osório Olímpio de Queiroga foi realmente um cangaceiro respeitado. Depois conseguiu absolvição, na comarca de Pombal, e ingressou na Polícia Militar da Paraíba, chegando a coronel e se conduzindo sempre como um militar digno e correto. O mesmo chegou a ser prefeito de Catolé do Rocha.

Fonte: facebook

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23 de nov. de 2015

O TRABALHO É UM GERADOR DE SAÚDE.

Horácio Duarte Neto

Aos 74 anos, seu Horácio cumpre rigorosamente sua rotina diária de trabalho no Armazém Delrio. Antes, das 5 às 6 horas, faz sua caminhada ao lado da nora Laurinete e toma um café da manhã reforçado com a esposa Geni. Pega o carro e dirige até a Rua Coronel Gurgel, Centro de Mossoró, onde passa o dia. Abre sua loja cedo, verifica o estoque, arruma os produtos e aguarda os clientes. É assim há 55 anos, sempre com os pés no chão, com um carisma no rosto e o orgulho de ser um dos mais antigos empresários em atividade na cidade.

Nascido em 31 de maio de 1941 nas imediações da Avenida Rio Branco, filho do gari da Prefeitura Luis Horácio Duarte e da dona de casa Cecília Firmino Duarte, seu Horácio é o filho do meio dos cinco que o casal colocou no mundo. Os outros são na ordem Alaíde, Raimunda, José Wilson e Maria da Paz. Vivos só estão ele e a caçula, que mora em São Paulo. 

As poucas condições da família fez com que nenhum deles tivesse muitas oportunidades de estudos. Ele mesmo foi alfabetizado por dona Neném Constantino, à noite, com luz de lamparina na casa dela, distante cerca de 200 metros da dele. Depois ainda fez os primeiros anos na Escola Estadual Cônego Estevam Dantas, no bairro Boa Vista.


DOS PASTÉIS DA MÃE À PEDRA DO MERCADO – Já aos seis anos seu Horácio iniciou suas atividades profissionais vendendo pastéis nas oficinas da cidade. Era sua mãe que fazia, esticando a massa com garrafas, sem os cilindros adequados que hoje ele vende em sua loja lembrando-se do esforço que ela fazia no passado. O resultado do trabalho dos dois resultava no pão de cada dia. “Da minha infância lembro da alegria de menino na linha do trem, do rio Mossoró, das industrias de algodão e dos armazéns de sal. No mais era ajudar em casa como podia”, revela.

Aos 14 anos já era ajudante de marcenaria, produzindo barris na indústria do ‘Português’. A distância dos chafarizes fazia com que toda família precisasse do produto para reserva e transporte de água. “Um barril bem feito podia durar uns quatro anos, se não deixasse secar a parafina, que era o produto impermeabilizador da obra de arte”, explica. O chafariz que ficava mais perto de sua casa era na esquina da Rua Lopes Trovão com a Avenida Rio Branco, onde hoje está a Praça dos Esportes. 

Demonstrando uma memória invejável, seu Horácio conta que após três anos desta atividade, encontrou um novo serviço na Cooperativa de Consumo Popular de Mossoró Ltda entregando, de bicicleta, as feiras que os cooperados encomendavam a partir da Praça Felipe Guerra. Foram mais dois anos de sua vida trabalhando com carteira assinada, até resolver empreender.

Tinha 19 anos quando juntou suas economias e foi com o amigo Alcindo de carona para Fortaleza para comprar confecções. Para ser preciso, trouxe uma caixinha em seu próprio colo na boleia do caminhão que lhe custou apenas um café para o motorista. O investimento inicial colocou na Pedra do Mercado. Durante dois anos as caixinhas foram aumentando de volume. “Cheguei a trazer certa vez dez caixas de confecções, um volume de vendas que me deu condições de chegar ao centro da cidade”, relembra.


O SOSSEGO NA VIDA PROFISSIONAL E FAMILIAR – A insistência do amigo Herculano, que era dono do Crediário Globo, ‘O Maior da Cidade’, para que seu Horácio ficasse no ponto onde atuava, pois iria se mudar para Natal, foi a sua passagem para chegar a Coronel Gurgel. Anos depois, foi a vez de seu Abílio Gouveia Diniz, seu Nô, lhe oferecer o ponto onde vendia cereais e guardava sua caminhoneta. Apesar de seu Horácio dizer que não teria condições de ocupar aquele espaço com suas poucas mercadorias, propôs um acordo: se ele fizesse um contrato de cinco anos, sem reajuste no aluguel, ficaria no ponto. E assim foi feito.
Ocupou 30% da loja com suas confecções e no restante veio morar com dona Geni. Neste novo local, onde está até os dias de hoje, os negócios melhoraram, inclusive após a decisão de mudar, aos poucos, suas mercadorias: de confecções para utilidades domésticas. “Atividade que dispensava a constante atualização de estoque, item que o setor de moda exige em uma velocidade cada vez maior”, explica.

Seu Horácio havia casado com dona Geni Silva Duarte no final de 1960, quando ainda negociava na Pedra. Ficou morando na casa de seus pais até reunir as condições de ir morar quase vizinho, em uma casa da própria família. Os dois filhos só chegaram com cinco e seis anos após o casamento: Hélio Silva, que é proprietário da Servpro Net, no shopping Boulevard, e que já lhe deu os netos Hélio Filho, Helder e Maria Clara; e Horácio Junior, dono de uma indústria de confecções que produz para a Guararapes, e que lhe deu os netos João Horácio, Jessica, Vinicius, Lívia e Lucas. O único neto casado é Helder, mas por enquanto nenhum sinal de bisneto para o casal Horácio e Geni.


O BRASIL VAI MAL, MAS SEU HORÁCIO VENDE SAÚDE – Apesar de sua idade, seu Horácio surpreende os clientes ao subir em um tamborete para pegar as mercadorias mais altas das prateleiras. Vestido a caráter, com sua calça social, sapato, cinto e camisa de botão de mangas curtas, recebe a todos com muita cortesia e bom humor. “Meus clientes são fiéis. Mais de uma vez já ouvi de senhoras que aprendeu a comprar comigo desde quando a mãe a trazia segurando em suas mãos, de tão pequenas que eram”, explica.

Para ele o segredo é ter sempre um bom estoque, de tudo, e preço para competir no mercado. “Compro tudo direto da fábrica, isto me dá margem maior para definir o preço final e poder ser competitivo”, ensina. Seu Horácio lembra que de quando começou são poucos os empresários que ainda estão em atividade. “Na verdade só me lembro de Medeiros, Amadeu e Hugo Pinto”, relaciona. “Somos resistentes na fé, força de vontade, perseverança e esperança, características que nos trouxeram até aqui”, resume.

Pedindo a Deus para que lhe dê saúde durante muitos anos para continuar no ofício, seu Horácio ver a situação do país como delicada. “Além da situação econômica está difícil, estamos trancados em casa enquanto muitos estão armados nas ruas fazendo o que não deve. Chegamos em casa às 18hs e nos trancamos. Passamos a chave em nossa própria cela, onde ficamos fechados com medo do imprevisível. E assim estão milhões de brasileiros”, descreve.

Todo domingo frequenta com a esposa a missa das 19hs da matriz de Nossa Senhora da Conceição, pois mora em uma rua próxima, na casa que comprou ainda nos anos sessenta. Os dois filhos moram bem perto, o que possibilita se encontrarem todos os dias. Para seu Horácio, a rotina de trabalho é o que de melhor faz em sua vida. “O trabalho é um gerador de saúde, mantém em dia minha mente, a circulação, a memória, os ossos firmes e o coração batendo firme e forte. O resto a gente deixa nas mãos de nosso bom Deus”, encerra o simpático Horácio.

http://www.obomdemossoro.com.br/#!O-TRABALHO-%C9-UM-GERADOR-DE-SA%DADE/c1sbz/565190640cf26ffe7c21691a

2ª Fonte: facebook

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