Por José Mendes Pereira
31 de mar. de 2024
PROCURANDO LIVROS SOBRE CANGAÇO.
30 de mar. de 2024
DECRETADO LUTO OFICIAL
Inesquecível Narciso Dias
É com imensa dor que temos o dever de comunicar o falecimento na manhã de hoje do companheiro de muitas jornadas , pesquisador sério e dedicado, oficial da polícia militar da Paraíba e amigo de todas as horas ; Conselheiro Cariri Cangaço e presidente do GPEC , Narciso Dias
Decretado Luto Oficial Cariri Cangaço por três dias.
Nesse momento unimos nossa Oração à querida esposa Catarina e a toda família enlutada, com a certeza que o espírito desbravador e a paixão pelo estudo do sertão e do Cangaço , tão fortes no inesquecível Narciso , permanecerá entre nós .
Em tempo comunicamos que o Cariri Cangaço Afogados da Ingazeira será realizado também em homenagem póstuma ao amigo Narciso Dias , sabedores de sua grande paixão pelo Cariri Cangaço .
Manoel Severo - Presidente
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24 de mar. de 2024
"O BRONZEADO", UM DOS BANDIDOS QUE ATACARAM O APODY EM 10 DE MAIO.
Por Antônio Filemon Rodrigues Pimenta
23 de mar. de 2024
CANGAÇO: EPOPEIA DE GUARIBAS
22 de mar. de 2024
𝑭𝑶𝑮𝑶 𝑫𝑶 𝑺𝑬𝑹𝑹𝑶𝑻𝑬 𝑷𝑹𝑬𝑻𝑶
Acervo do Jaozin Jaaozinn - Escrito por Antônio Amaury e Vera Ferreira
Após a União e o acordo dos Estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Alagoas em janeiro de 1925, onde cada força volante poderia adentrar as outras regiões enquanto perseguiam cangaceiros, a agilidade das tropas em confrontar os bandoleiros aumentou mais ainda, facilitando na captura e ou em combater um número elevado de cangaceiros, quando estes se juntavam com outros bandos.
Por este modo, quando os militares ficaram sabendo da passagem de Lampião nas regiões de Custódia/PE, inúmeras forças se locomoveram para a localidade, dentre elas duas da Paraíba. Uma delas era do tenente Francisco de Oliveira, de Princesa Isabel/PB, comandando cerca de 27 homens. Junto com esta seguiu a tropa do tenente Graciliano Salgado, de Carnaíba de Flores/PE, com 40 homens. Entretanto, não duraram muito, porque Francisco não concordava com algumas ordens e o modo de operar de Salgado, onde o paraibano se desmembrou do pernambucano e seguiu com sua tropa original para Custódia.
De lá, obteve informações dos habitantes sobre Lampião e o seu destino, seguindo para o povoado de Sertânia/PE, se encontrando com outra força paraibana, do tenente Joaquim Adaucto, com seus 20 volantes. Ambos seguiram os rastros deixados pelos cangaceiros, conseguindo identificar cerca de 24 bandoleiros, pernoitando no lugarejo chamado Espírito Santo, depois de 15 dias de caminhada.
Informados por um vaqueiro que o tenente João Gomes, de Pernambuco, iria compor a tropa dos paraibanos, trazendo consigo mais de 40 volantes, a tropa já passava de 90 volantes, contando com os três oficiais, onde o destino era Mata Grande/AL. Já no dia 21 de fevereiro em Mata Grande, souberam que os bandoleiros tinham passado no local; a população confrontou duramente os invasores, porém, duas casas comerciais foram roubadas e incendiadas e duas pessoas morreram, outras ficaram feridas.
Lampião e os demais não estavam preparados para uma resistência, onde, em seguida, fugiram para a fazenda Serrote Preto, de Constantino e Dona Maria. Ao chegarem nas moradias, a volante soube que outro grupo seguiu com Virgulino –que seria o grupo do bandoleiro Manoel Pequeno, liderando 17 caboclos–, totalizando 42 cabras. Foram em direção aos rastros dos cangaceiros, encontrando no caminho indícios de suas paradas, como a comida que se alimentaram e uma capa de baralho.
Perto da fazenda, Francisco já estava doido para confrontar os cangaceiros, enquanto João dizia que era melhor fazer uma parada para que os soldados comessem algo. Oliveira responde: “A força da Paraíba, quando tem notícias de cangaceiro, encosta logo.”; e seguiu com sua tropa para a localidade. As 14h, os paraibanos chegaram no terreiro da casa, mas logo escutam o grito de um cangaceiro noticiando a visita indesejada.
Tentaram se aproximar da porta, para o azar deles, foram recebidos por uma chuva de balas, morrendo os volantes Virgulino, Artur, Diménio e o tenente Francisco, saindo ferido o tenente Adaucto. Os de Pernambuco chegaram um pouco mais tarde, trocando ainda mais bala contra os bandidos.
Falavam, os cangaceiros, que “os soldados de Alagoas só comem sururu”, enquanto retrucava a tropa “cambada de ladrões, vocês brigam com a força da Paraíba!”.
Alguns membros da força de Francisco tentavam se proteger numa parte do serrote. Enquanto isso, o volante Ananias Caldeira, se preparou numa ponta do curral da fazenda para abrir fogo em qualquer bandoleiro que passasse em sua mira. Não sabia ele que a casa tinha as famosas torneiras, para um melhor abrigo na hora de tiroteios, e um dos cangaceiros conseguiu o acertar duas vezes (um no braço e outro no rosto), jorrando uma quantidade horripilante de sangue. Fora carregado pelo soldado Manoel Gabriel para um ponto seguro, que depois o sargento José Guedes o colocou mais para dentro da mata. Ananias sobreviveu ao confronto.
Já ao anoitecer, o combate tinha se reduzido. José Guedes e os sobreviventes tentavam a todo custo resgatar os feridos; e tinha um, sendo este o único, ferido no terreiro da casa.
Pediu ajuda para o tenente João Gomes, onde esse recusou em ajudar o rapaz e acabou logo partindo com sua tropa. O volante ferido que fora deixado para trás morreu sangrado pelo cangaceiro Jurema.
No fogo, segundo afirma Antonio Amaury, morreram cerca de dez volantes e dois oficiais (o tenente Joaquim Adaucto não resistiu aos ferimentos e morreu em Paulo Afonso/BA), além de outros ficarem feridos. Na parte dos cangaceiros, Asa Negra, Guri e Corró foram abatidos, enquanto Fato de Cobra, Capuxu e Quixabeira ficaram feridos.
𝑭𝑶𝑵𝑻𝑬: 𝑳𝒊𝒗𝒓𝒐 𝑫𝒆 𝑽𝒊𝒓𝒈𝒖𝒍𝒊𝒏𝒐 𝒂 𝑳𝒂𝒎𝒑𝒊𝒂̃𝒐 - 𝑨𝒏𝒕𝒐𝒏𝒊𝒐 𝑨𝒎𝒂𝒖𝒓𝒚 𝒆 𝑽𝒆𝒓𝒂 𝑭𝒆𝒓𝒓𝒆𝒊𝒓𝒂.
.𝐂𝐀𝐍𝐆𝐀𝐂̧𝐎 𝐁𝐑𝐀𝐒𝐈𝐋𝐄𝐈𝐑𝐎.
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21 de mar. de 2024
ESTÁTUAS DE OITO CANGACEIROS.
Por Guilherme Machado Historiador.
Agora a tarde em Ribeira do Pombal Bahia, terra da única fotografia de Lampião e seu bando em todo o Estado da Bahia. Ribeira do Pombal está se preparando para receber as estátuas dos oito cangaceiros.
https://www.facebook.com/photo/?fbid=7059081734195691&set=gm.2162728950738071&idorvanity=893614680982844
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20 de mar. de 2024
PESQUISANDO
Por Helton Araújo
Fazendo uma pesquisa em busca de fotos do cangaço, há dias procurava uma foto das entregas onde se fazia presente o cangaceiro Português sentado. Na Internet circula o corte ( print ) de uma foto do mesmo sentado com a mão de uma mulher ( cangaceira Quitéria ) em seu ombro. A busca por essa foto levou muito tempo e até então nunca tinha visito ela completa em uma boa qualidade como a desse print supracitado.
Bem, segui por muito tempo na busca por essa foto sem sucesso, até encontra-la nos arquivos do jornal o Globo, obviamente como era padrão desse jornal na época, a resolução está em péssimas condições, porém é possível identificar todos os presentes na foto. Sendo eles da esquerda para direita em pé: Quitéria, Barra de Aço e Pedra Roxa, sentados da esquerda para direita, Português e Velocidade.
Outra foto do bando, em pé.
As entregas desses cangaceiros aconteceram no ano de 1938, o cangaceiro Português seria assassinado por um menor de idade, filho de uma de suas vítimas em 12 de fevereiro de 1939, esse fato se deu dentro do 2°batalhão de polícia de Santana do Ipanema em Alagoas. A polícia fez pouco caso do fato, facilitando a entrada do menor armado no local.
Foto: Print editado do jornal "O Globo" / Matéria de 07 de Janeiro de 1943.
Observações: Existe uma foto desses os cangaceiros em outra posição sendo que mesmos estão todos em pé.
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16 de mar. de 2024
A EX-CANGACEIRA LÍDIA NÃO DEIXOU REGISTRO FOTOGRÁFICO.
Por Helton Araújo
Até hoje paira sobre nós a dúvida com relação a figura da cangaceira Lídia, que ganhou a fama de ter sido a mais bela entre todas as cangaceiras. Obviamente não temos registros fotográficos de Lídia e essa ideia sobre sua aparência física ganhou fama folclórica no meio do estudo do cangaço.
Sendo assim, diante desse quadro, decidi usar uma foto da irmã de Lídia em sua juventude, que se chamava Francelina e editei usando um aplicativo de inteligência artificial. Claro que não podemos comparar com Lídia, pois como já dito, não temos fotos da mesma, porém com uma imagem melhorada podemos dar nossas opiniões sobre aparência de sua irmã, que dizem ter bastante dos traços da cangaceira Lídia, morta em 1934, por seu companheiro Zé Baiano, após descoberta de um caso de traição.
E aí, o que acharam da irmã de Lídia? De fato era bela?
https://www.facebook.com/photo/?fbid=420037037173337&set=gm.936869694767186&idorvanity=414354543685373
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14 de mar. de 2024
PRODUTORES DO DOCUMENTÁRIO...
Por Guilherme Velame Wenzinger
Produtores do documentário "Memória do Cangaço", de Paulo Gil Soares junto a Zé Rufino e o cabo Bem-Te-Vi. José Rufino atento para ver o poder de tiro do rapaz. Quem segura a arma meu ver é o diretor do documentário, Paulo Gil Soares, mas pela qualidade da foto não posso afirmar. Ano 1964.
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13 de mar. de 2024
GRANDE NENÉM DO BAIÃO!
Por José Mendes Pereira
Neném do Baião de Mossoró. Visitei-o várias vezes em sua residência, na Rua do boneco, bairro Santo Antônio, quando ele estava doente. Não faleceu do problema de garganta, e sim infartou no período que se recuperava da cirurgia.
Neném faleceu no dia 9 de setembro de 2011. Eu soube do seu falecimento através do professor, poeta, escritor, pesquisador do cangaço, de Luiz Gonzaga do Nascimento e Trio Mossoró Kydelmir Dantas.
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12 de mar. de 2024
CARTA RARA PARA OS AMIGOS...
Guilherme Machado pesquisador /historiador.
Mais uma carta rara para os amigos. Em 1926, mais precisamente dia 4 de março, Lampião e mais 49 companheiros chegam ao Juazeiro do Norte-CE. O delegado local, José Antônio do Nascimento tenta agrupar um regimento para combater Lampião. Mas, é impedido pelo Padre Cícero e Lampião acaba sabendo desta traição e escreve uma carta para o delegado. Segue a transcrição (não sei se está certa):
Ilmo, José Antônio
Eu lhi faço este, até não devia mi sujeitar a ti escrever porem sempre mando ti avizar pois eu soube qui no dia que cheguei ahi na fazenda esteve prompto para vir mi voltar porem eu sempre lhi digo qui voce crie juizo, e deixi de violências, a pois eu venho chamado é por home, mesmo asim, com zuada não mi faz medo. Eu tenho visto é couza forte, e não me asombra, portanto deve e tratar de fazer amigos não para fazer como diz voce. Sempre lhe avizo, qui é para depois não se arrepender e nada mais não se zangue, isto é um conselho que lhe dou.
Do Capitam Virgulino Ferreira da Silva.
Fonte. Robério Santos.
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11 de mar. de 2024
O CANGACEIRO SERRA DO UMÃ
Por José Mendes Pereira
Segundo o escritor historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros, nos informa que na sexta-feira do dia 22 de julho de 1927, o telégrafo estalou em Recife com a notícia da captura naquele mesmo dia do cangaceiro Serra do Umã, que também era alcunhado Mão Foveira.
Seu nome de batismo era Domingos dos Anjos de Oliveira, de cor negra, jovem, e no cangaço era tido como valente. Natural da grande Serra do Umã, uma elevação natural do sertão pernambucano cheia de histórias.
Serra do Umã era irmão do cangaceiro alcunhado Azulão, morto no dia 10 de junho de 1927 pelo soldado da polícia potiguar José Monteiro de Matos, no lugar Caiçara, próximo a povoação de Vitória, durante a primeira resistência ocorrida contra Lampião e seus homens no Rio Grande do Norte.
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7 de mar. de 2024
AS LIVES DO EU, VOCÊ E O CANGAÇO ESTÃO DE VOLTA NESSE MÊS DE MARÇO!
5 de mar. de 2024
UMA INVENÇÃO TOTALMENTE MALUCA.
Por José Mendes Pereira
Meus amigos e irmãos da nossa extinta Casa de Menores Mário Negócio, João Augusto Braz, Antônio Galdino da Costa, Manoel Flor de Melo, Railton Melo, Antônio Mendes Sobrinho (meu irmão), e o nosso saudoso irmão Antônio Jorge Braz, que Deus o tenha colocado em um bom lugar; ainda hoje, eu me orgulho de ter sido operador desta máquina na Editora Comercial S. A.
Railton Melo diz que o Ottmar Mergenthaler foi um verdadeiro maluco. Na verdade, foi mesmo! O que tem de interessante nesta máquina chamada linotipe é coisa incrível. Mas eu desmontava ela para limpeza. Geralmente quando eu terminava uma jornada de composições dos livros do Dr. Jerônimo Vingt-un Rosado Maia, da família numerada de Mossoró, eu fazia uma limpeza geral.
Na tipografia tradicional, que eu também trabalhava fazendo chapas, o texto era composto à mão, juntando tipos móveis um por um. Com uma máquina Linotype, equipada com chumbo em ponto líquido, era possível compor uma linha inteira de texto; esta, assim que batida no teclado da máquina, era imediatamente fundida e integrada na composição de colunas e de páginas. Não admira pois que estes monstruosos compositores semi-automáticos, com o peso de toneladas, fossem um enorme sucesso de vendas. Sucesso para os industriais, morte lenta para os operadores. Os vapores do chumbo líquido causam envenenamentos graduais; o chumbo será a fatal «doença do ofício» dos operadores.
Só quem chegou ver ela trabalhando é que tem certeza que foi uma invenção maluca, assim como disse o Railton Melo. Aprendi operá-la com Raimundo Costa, Assis Coelho (Miúdo) e Ferreira da Gazeta.
O passo principal para aprender foi o Raimundo Costa, que depois, foi proprietário de uma gráfica em Pau dos Ferros.
Aqui em nossa cidade de Mossoró só tinham 4 linotipes. O Jornal o Mossoroense era proprietário de 2 linotipes O jornal Gazeta do Oeste possuía 1, e a Editora Comercial possuía também 1.
Ela é como uma máquina de escrever. Tem teclado, mas as suas letras são feitas de chumbo. Tudo é muito rápido. Quando se escreve, automaticamente as letras de chumbo saem escritas em linhas. Aqui um modelo de linhas feitas de chumbo.
Eu, José Mendes Pereira, mossoroense, me orgulho de ter sido operador de uma máquina tão interessante quanto esta. Este homem Ottmar Mergenthaler é o inventor desta engenhoca chamada de linotipe, que na´época foi uma das maiores invenções do mundo.
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4 de mar. de 2024
ATRAVESSEI O LAMPEÃO
Acervo do Jaozin Jaaozinn
Joaquim Bezerra de Sousa, conhecido como Mestre Quincas, é casado, tendo cerca de 53 anos de idade, residente da cidade de Pão de Açúcar/AL, e jangadeiro de profissão. Por seus trabalhos de navegação pelas águas do rio, foi o guia do Navio de Patrulha Piraju, da Marinha, durante as missões que tinham como objetivo atender aos pedidos das populações ribeirinhas.
Dentre as histórias que Quincas carrega, a mais famosa é de seu encontro com o maior cangaceiro que conhecemos, perseguido por sete estados do Nordeste e com sua cabeça valendo mais de 40 contos de réis, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.
O episódio ocorreu em 1936, quando tinha 22 anos de idade, onde trabalhava como ajudante na canoa Teresa Góis do Mestre Moisés Francisco dos Santos. Segundo o seu Mestre, iriam pegar um bom frete em lugarejo perto. Enquanto estavam no caminho, Moisés acabou informando que iriam, na verdade, pegar uma "família" que se encontrava em Ângico. Esperaram horas, até às 22hrs, quando os membros desta família chegaram. Era o bando de Lampião, composto por homens e mulheres, pele morena, cabelos compridos, armados até os dentes, mulheres com chapéu de massa fina e homens de chapéu de couro com a aba quebrada, totalmente detalhados a ouro.
Quincas reconheceu Virgulino na hora e, claro, ficou totalmente perplexo, fazendo todo e qualquer esforço para não encostar nos passageiros, mesmo tendo um cangaceiro que fora amigo seu na infância (diz ser Zé Moreno, mas pode ser Mané Moreno ou Moreno II). Depois da viagem inesperada por ele, chegam no destino dos bandoleiros, Fazenda Borda da Mata, pertencente a Antônio Ferreira de Carvalho, o Antônio Caixeiro, pai do então Governador Eronildes de Carvalho, Sergipe.
Essa foi o último trabalho que Joaquim prestou para a canoa Teresa Góis.
𝐹𝑂𝑁𝑇𝐸: 𝐷𝑖𝑎́𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑒𝑟𝑛𝑎𝑚𝑏𝑢𝑐𝑜 - 1967.
.𝑪𝑨𝑵𝑮𝑨𝑪̧𝑶 𝑩𝑹𝑨𝑺𝑰𝑳𝑬𝑰𝑹𝑶.
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2 de mar. de 2024
QUEM FOI ROXANA PEREIRA BONESSI?
Por minhamanaushistorias.blogspot.com
Em 31 de março de 1975, data do nascimento da Roxana Pereira Bonessi. Essa data coincide com o término das Olimpíadas Militares da Guarnição de Porto Velho-RO. O então Sargento Bonessi disputava uma partida final de vôlei de quadra entre o 5º Batalhão de Engenharia e Construção e a 10ª Brigada de Infantaria de Selva. O jogo, muito disputado, entrava no seu último e derradeiro set, aproximadamente as 22:40 hs, quando a sra Filomena Bonessi, grávida de mais de 8 meses, das arquibancadas do ginásio de esporte onde o jogo estava sendo realizado, lhe acenava constantemente e gritava pelo seu nome, porque estava sentindo as cólicas iniciais de parto.
O Sargento Bonessi às voltas com o jogo respondia com gestos que a esposa esperasse. O Sargento Bonessi nem pode comemorar com seus companheiros a vitória no jogo e das Olimpíadas da Guarnição, porque teve de ir às pressas para o Hospital Militar e Maternidade do 5 BEC conduzindo a sua esposa. As 23:40 hs nascia uma linda menina que se chamaria Roxana, em homenagens a Princesa Roxana – esposa de Alexandre da Macedônia – O Grande.
A Roxana desde pequena sempre foi alegre, responsável, obediente, sincera, comunicativa, amiga, correta em todas as suas atitudes. Nunca mentiu, nunca fez uma maldade a ninguém, nunca destruiu nada, nunca matou. Considerava importante todos os seres existentes em nosso planeta. Nunca matou, nem mesmo um inseto. Tudo que era dela, seus brinquedos, seus presentes, suas roupas, sua mesada, dividia com seus irmãos e com as pessoas que pedissem. Possuía desprendimento das coisas materiais. Preferia a oração e a comunhão com Deus às coisas mundanas. Ao seu redor tudo era alegria, era vida, era amor. Dava amor, mas nem sempre recebia amor das pessoas estranhas e que não lhe conheciam o caráter. Mas as desfeitas que recebia não lhe causavam mágoas, nem a deixava triste. Perdoava sempre.
Extremamente religiosa, rezava diariamente, três ou mais vezes ao dia. Na maioria das vezes não pedia nada para si, mas rogava a Deus pelos aflitos e necessitados. Não possuía vícios. Nunca os teve. Seu prazer era brincar com seus familiares e adorava dançar. Foi estudante sem problema. Nunca foi preciso mandar fazer seus deveres escolares; foi sempre uma aluna querida e exemplar. Suas notas sempre foram altas e nunca foi reprovada.
Quando criança, pequena demais em idade e muita adiantada nos estudos teve, por orientação pedagógica, que esperar um ano, até que sua idade fosse compatível com o grau de estudo em que estavam seus colegas de mesma idade. Nunca desobedecera pai e mãe. Nunca atacou um irmão ou qualquer outra pessoa. Ficou moça. Era atleta. Gostava de equitação, natação, pescaria e de outros esportes como vôlei e futebol, jogando-os muito bem. Sua beleza era natural. Possuía um corpo escultural e para realçar essa beleza não era necessária a maquiagem.
Possuía dezenas de títulos de beleza e às vezes que não ganhou ficou em segundo lugar. Era denominada e reconhecida pelo título “Rainha da Natureza”, que lhe foi conferido em programa de televisão no Estado do Ceará. Com 27 anos de idade já estava formada em Contabilidade, possuía Pós-Graduação em Auditoria e Pós-Graduação em Re-administração, cursava Direito e 21 dias antes de ser assassinada concluíra o curso de Mestrado em Administração.
O tema da sua Dissertação é: “Amazônia, Vida, Riqueza e Morte: O Turismo Sustentável como Atividade Sócio-econômica para Ambientes de Significativas Mudanças Ecológicas”. Nesse trabalho se mostra inconformada com a destruição da Floresta Amazônica e preocupada com as origens e as conseqüências dos problemas Amazônicos, com o futuro das gerações carentes, principalmente a população ribeirinha.
Nesse trabalho de pesquisa aponta as soluções para preservação da vida de todos os seres que habitam a floresta. No momento de sua morte era Professora Universitária e, por seus próprios valores reconhecidos documentalmente, seu caráter integro e sua aprovação nos testes militares a que foi submetida, foi incorporada nas fileiras do Exército e considerada “Combatente de Selva”, sendo designada para servir na 12a ICFEX, onde desempenhou várias atividades, sendo uma delas “Tomadora de Contas”, uma espécie de Fiscal dos trabalhos de outras Organizações Militares, onde era mais orientadora e esclarecedora do que julgadora.
Como Professora foi exemplar em todos os aspectos. Como Militar foi modelo de virtude, um exemplo a ser seguido de devotamento à Pátria, amor à profissão, camaradagem e espírito de corpo. Morreu em serviço, no cumprimento do dever, às 11:05 hs, do dia 02 de dezembro de 2002, em Manaus – AM, no interior do aquartelamento onde servia, assassinada pelas costas, a punhal, por um companheiro de farda e ex-namorado.
A Roxana foi muito homenageada pela Comunidade Amazonense, seu nome é nome de uma importante avenida de dupla via em Manaus, é também nome de uma eficiente e premiada escola no bairro Colônia Oliveira Machado em Manaus, também é nome de uma escola infantil da capital amazonense, foi também homenageada na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas e nas Câmaras Municipais de Presidente Figueiredo e de Manaus.
A contribuição científica deixada pela Roxana Bonessi para a integração-desenvolvimento e preservação da Amazônia foi um trabalho de pesquisa que realizou fundamentada no Turismo Sustentável como alternativa sócio-econômica para uma região que fora devastada pela construção da Hidrelétrica de Balbina, na Região de presidente Figueiredo -Am – trabalho esse reconhecido mundialmente pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e que estimulou o progresso ambiental de todas as regiões ribeirinhas do Amazonas pelos recursos alocados desde então pelo BID.
A Roxana foi também homenageada pela Comunidade do Amazonas com dois monumentos, um no bairro onde ela morava, monumento esse em homenagem as mulheres e crianças, vítimas de violência no Amazonas e no Brasil, e outro monumento foi construído como marco localizatório onde fora colocado o seu corpo por ocasião de sua prematura morte. A Roxana nos deixou muitas saudades – somos agradecidos e honrados por termos tido o privilegio de sua encantadora companhia. Obrigado Família Bonessi Fonte de Pesquisa:
ADENDO:
"Quantos sonhos desta moça ficaram no meio do caminho sem serem realizados? Quantos sonhos desta moça foram construídos em sua mente, pensando de um dia, chegar ao porto maior do exército brasileiro que é general e não foi concluído?" - José Mendes Pereira do blog
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