Por José Mendes Pereira
O cabra quando no cangaço entrava, já sabia que no mundo o homem não nascia para sofrer tanto e depois virar um santo.
No primeiro ato jogava sua sorte no vulto da poeira onde a cobra peçonhenta dava o bote.
E foi assim com cada um dos cabras de Virgolino.
O cangaceiro José Paes da Costa, por alcunha Amoroso.
Foi do bando de Lampião, viveu ali por muitos anos, sem lei, sem patrão.
Nas cercanias das caatingas nordestinas, arando a morte no chão.
Todos no cangaço sabiam que lutar contra a palavra, era uma luta vã.
E quem era fraco, no mundo de fortes poderosos, não rompia uma manhã.
Essa foi a saga, de mais um cangaceiro do bando de Lampião.
José Paes da Costa, por alcunha; Amoroso.
No golpe de sorte....
quis o destino, poupar-lhe a vida, na madrugada fatídica do dia 28 de julho de 1938.
Escapou ileso, mesmo vendo a morte de perto, foi o alvo do primeiro tiro.
Saiu correndo feito louco pelas caatingas, fugindo da fuzilaria.
Porém no dia 14 de outubro do mesmo ano 38...
a volante baiana, armou uma emboscada.
Prometendo que se ele baixasse as armas e se entregasse, suas dívidas com a justiça seriam perdoadas
Porem não cumpriu com o combinado, na traição ...
no caminho da Vila Pinhão, próximo a Sergipe, pela volante baiana, do tenente José Luís foram fuzilados .
Os cangaceiros abatidos junto com ele foram, Cruzeiro II e Bom de Veras.
Dessa tocaia mortal, apenas Balão II escaparia.
E assim foi dado cabo ao cangaceiro Amoroso, que escapou do massacre em Angico, porém, seu destino já estava selado, o encontro com a morte apenas foi naquele dia adiado.
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