Wikipedia

Resultados da pesquisa

19 novembro 2016

COMUNICANDO AS MINHAS PUBLICAÇÕES

Por Francisco de Paula Melo Aguiar

Prof. José Pereira Mendes

Saudações acadêmicas,

Comunico-lhe de que em 2016 publiquei pelo Clube de Autores em São Paulo os livros:

TRAPIÁ POÉTICO, acesso in.:


REFLEXÃO & REALIDADE DO SER


A leitura do livro: “Trapiá Poético” – costuras de muitas impressões, diante da experiência de escrever sobre o seu cotidiano é lugar comum ao poeta Francisco de Paula Melo Aguiar, ocupante da cadeira nº 7, da Academia Paraibana de Poesia, desde 05 de Abril de 1986. Aqui os seus sentimentos se confundem com a sua criação literária que brota como água que jorra da pedra impenetrável diante das sensações, sonhos e memórias, qualidades que glorificam sua explosão na arte de criar versos. Não se trata de uma experiência comum ler poesia, haja vista que este é o mundo presente no seu imaginário como pesquisador, diante das conclusões e visões de mundo.

Assim sendo, “não há uma definição, o que enriquece a experiência de adentrar o universo deste livro, para traduzir do que ele é feito. Trapiá soma traços peculiares das paisagens que o autor observa em sua região com suas preocupações políticas acerca do país”, e se não bastasse “uma grande peculiaridade de Francisco Aguiar é a comprovação explicita do respeito que tem pela língua portuguesa. Não se contentando em escrever com esmero a língua materna e de fazer uso correto das palavras, as próprias recebem dentro dos vários poemas uma dissecação interessante, causando aos leitores a chance de adquirir aprendizado sobre o assunto ao mesmo tempo em que viajam pelas asas de sua poesia” e além do mais enfatiza que “através de alguns poemas de Francisco Aguiar, é possível imaginar o que seus olhos vêem, de acordo com sua riqueza de detalhes na descrição, das paisagens do seu cotidiano. Traços cravados na admiração por sua terra e as histórias que ela guarda. A Escola de Itapuá e o Menino do Sapé, traduzem um pedaço do Brasil tão comum ao poeta, tão generosamente ofertado a nós, leitores, nesse livro [...]” e cai como uma luva “presente nesta obra a importância que o poeta dá à Educação, pois a figura do professor, assim como o decantamento do aprendizado, podem ser observados nos poemas: Magíster e Aprender[...]”, conforme enfatiza a escritora e poetisa Catarina Maul, Presidente da Academia Brasileira de Poesia, ao prefaciar a presente obra.

SANTA RITA, SUA HISTÓRIA, SUA GENTE, acesso in.: 



Em lendo “Santa Rita, Sua História, Sua Gente”, de autoria do historiador Francisco de Paula Melo Aguiar, o leitor tem uma visão geral da historiografia santaritense a começar pelo século XVI, com a fundação de Forte Velho em 1584, do lado oposto da fundação de Filipeia de Nossa Senhora das Neves, em 5 de agosto de 1585, futura Capital da Capitania da Paraíba, da construção do Forte de São Sebastião, do Engenho Tibiri e da Capela de Nossa Senhora do Rosário em 1586, nas imediações do forte do referido engenho, valendo salientar de que a população a chama de “capela de São Sebastião”. Assim sendo, com linguagem simples, porém contextualizada, retrata a história municipal, envolvendo os períodos: colonial, imperial e republicano até os dias atuais. E além do mais retrata o homem: indígena, branco, escravo, livre, desempregado, empregado e empregador, tendo em vista que o santaritense, natural e/ou naturalizado é um povo de força, que vive do trabalho, do suor de seu rosto, algo que nunca seca, seja plantando e/ou cortando cana de açúcar, seja plantando e/ou colhendo abacaxi, mandioca, coco, pegando caranguejo na maré existente no estuário do Rio Paraíba, assim sendo, nossa gente pertence a todas as classes sociais do desempregado, do assalariado ao industrial. Santa Rita é porta de entrada e de saída de João Pessoa para o sertão. Somos a terra rainha dos canaviais, das águas minerais, da cerâmica, dentre outras atividades, principalmente agroindustrial. Aqui nasceu o solo paraibano que serviu de berço a grandes figuras de nossa história municipal, estadual e do Brasil, onde podemos destacar André Vidal de Negreiros, nascido no Engenho São João, na Capitania da Paraíba, portanto em terras do atual município de Santa Rita, herói nacional desde o século XVII, pelo fato de comandar a expulsão dos holandeses da Paraíba, do Rio Grande do Norte e de Pernambuco, ex-vi que “[...] depois de ter conferenciado com o inimigo, fazendo todos os esforços para incluir no tratado de paz a terra do seu berço, a Parahyba, assigna o tratado de 1654, pelo qual os hollandezes enteregaram a praça do Recife com todas as suas defensas, as capitanias de Itamaracá, Rio Grande e Parahyba [...]”, segundo Moreira de Azevedo. (1861). Terra de gente firme e trabalhadora dos engenhos, da primeira fábrica de tecido da Paraíba e das modernas indústrias aqui existentes. O trabalho dessa gente é a força e/ou o sonho que alimenta sua esperança que nunca seca. Enfatiza a diversidade de pensamento da política local desde 19 de março de 1890 aos dias atuais.

EDUCAÇÃO FÍSICA, MÍDIA E OBESIDADE INFANTO JUVENIL, acesso in.: 


Sinopse:

A escola deve orientar pais e filhos sobre a necessidade de praticar atividade física dentro e fora da escola. Recomendar uma alimentação mais saudável e controle o uso das mídias no ambiente familiar. Sem a mudança comportamental em termos de consumo e ou ingestão de alimentos saudáveis, a guerra contra a obesidade se manter como estar, sem solução. Os hábitos dos infanto-juvenis tem que mudar para melhorar os índices e a imagem corporal. A família tem que se envolver em tais mudanças, pois, o aumento de peso de seus filhos é logo percebido. O controle familiar é necessário. Os pais sabem disso, pois, seus filhos exigem roupas, sapatos, bonés, celulares, computadores, tablets, camisas de jogadores famosos, etc., tendo em vista a propaganda e ou mídia televisiva e nas redes sociais. Uma vez feita à cabeça da criança e ou do jovem por tal brinquedo e etc., o mesmo passa a coagir os pais para comprar tais objetivos. É a mídia mudando o comportamento familiar pela tecnologia e seus artefatos divulgados pela imprensa midiática. A propaganda muda o estilo de vida e provoca outros desejos, deixando de lado o seu envolvimento com seus colegas de escola e de vizinhança em atividades esportivas. Em muitos casos o envolvimento passivo com tais mídias terá como resultado frustração psicológica, emocional e escolar. Não obstante que a prática do viodegame, envolve movimentos corporais para que seja possível a interação da jogatina, assim tem inicio gasto de caloria, portanto, é um tipo de tecnologia que desenvolve o que chamamos de cognição satisfatória. Se os pais e professores se envolverem com as práticas da Educação Física, tirando os infanto-juvenis da vida sedentária, a saúde triunfará e haverá tempo para estudar, brincar e crescer em todos os sentidos saudáveis.

Categorias: EducaçãoEducação de FilhosJovens e Adolescentes
Palavras-chave: educação, física, infanto-juvenil, obesidade, sedentarismo.

Aproveito a oportunidade para desejar a V. Excia., e a todos que fazem parte direta e indireta dos destinos da gloriosa Academia de Letras do Brasil, Feliz Natal e Próspero Ano Novo de 2017.

Um abraço fraternal e imortal de,

Francisco de Paula Melo Aguiar e esposa.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

LAMPIÃO PROCESSADO UMA ÚNICA VEZ

Por Antonio Corrêa Sobrinho

Conta-nos a história que o cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, em Sergipe só foi processado uma única vez. Para uma pessoa com a sua folha corrida, um tapa na cara do estado de direito. Processo este resultante do inquérito que a polícia do município de Nossa Senhora das Dores, zona da mata sergipana, presidido pelo delegado Antônio Paes de Araújo, instaurou no dia 16/10/1930, objetivando investigar a morte do cidadão José Elpídio dos Santos, ocorrida poucos dias antes, neste termo. Participaram do processo, na condição de escrivão, Petronilho Menezes Cotia, como promotor adjunto Artur Dias Andrade, que apresentou a denúncia contra Lampião, em 19 de dezembro de 1931, tendo também atuado no processo como promotor, o doutor Joel Macieira Aguiar; e como juiz de direito, Nicanor Oliveira Leal. 


Lampião chegou a ser pronunciado, em 28/01/1932, e contra o mesmo expedido mandado de prisão.

Desnecessário até dizer que o processo correu à revelia. 

E o teor da sentença? Lampião foi responsabilizado pelo assassinato de Elpídio? Tenho interesse em saber. 

Entretanto, o que mais me levou a esta postagem foi o teor da certidão abaixo, expedida, neste processo, pelo oficial de justiça, Januário Bispo de Menezes.

Lampião não era brincadeira!

“CERTIFICO QUE, EM CUMPRIMENTO DO MANDADO RETRO, FUI AO SÍTIO ASSENÇO, DESTE TERMO E, NESTA CIDADE, INTIMEI TODAS AS TESTEMUNHAS CONSTANTES DO MESMO MANDADO. FICARAM TODAS BEM CIENTES, DEIXANDO DE INTIMAR O DENUNCIADO, VIRGULINO FERREIRA DA SILVA, CONHECIDO POR LAMPIÃO, POR NÃO TER, GRAÇAS A DEUS, VISITADO ESTA CIDADE AQUELA INDESEJÁVEL FERA. O REFERIDO É VERDADE E DOU FÉ.”

Informações colhidas em “Lampião – Assaltos e Morte em Sergipe”, de Juarez Conrado, e no compêndio “A Raposa das Caatingas”, de José Bezerra Lima Irmão.

https://www.facebook.com/antonio.correasobrinho?fref=hovercard

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

18 novembro 2016

CHUVAS NO ALTO E MÉDIO SÃO FRANCISCO

Por João Suassuna

Meus Prezados,

As chuvas agora começaram a cair com mais intensidade nas regiões do Alto e Médio São Francisco. A prova disso é a de que, no intervalo de uma semana, as vazões do rio praticamente dobraram nos postos de observação de Morpará e São Francisco. Daqui para frente, iremos manter a nossa atenção voltada para a recuperação da represa de sobradinho e também nas suas defluências, já que havia decisão das autoridades responsáveis pelo setor, em diminuí-las para cerca de 700 m³/s.

As chuvas já começaram a ocorrer, principalmente na região do Alto São Francisco, embora pontuais, mas já com bastante intensidade. Essas precipitações resultaram em aumento volumétrico significativo nos postos de observação de Morpará e São Francisco, passando de 460 m³/s e 403 m³/s, da semana anterior, para 796 m³/s e 737 m³/s, nesta semana. As vazões no posto de observação de São Francisco continuam menores do que as de São Romão. Como as águas do São Francisco levam cerca de 30 dias para percorrerem a região do Alto até chegarem em Sobradinho, a sua afluência volumétrica se manteve estável, atualmente em cerca de 510 m³/s. Na semana anterior estava em 490 m³/s. Em Sobradinho, o percentual volumétrico caiu mais um pouco, passando de 6,67% para 6,01% de seu volume útil. A barragem, hoje, ainda continua com seu percentual volumétrico um pouco melhor do que aquele verificado em igual período do ano anterior (atualmente 6,01% - ano anterior 2,24%).

Com o aumento da intensidade das precipitações nas regiões do Alto e Médio São Francisco e com o atual no cenário das precipitações ocorridas durante essa semana em curso, iremos começar a descrever e analisar o comportamento dos fluxos de vazões no decorrer da quadra chuvosa de bacia do Rio São Francisco, nas novas situações meteorológicas apresentadas, sempre atentos aos esclarecimentos hidrogeológicos de José do Patrocínio Tomaz Albuquerque.

Com a mudança do tempo nesse início de primavera, na região do Alto São Francisco, com a ocorrência de chuvas de maior intensidade, é importante observar, tanto a regularidade na caída, como, também, os volumes precipitados. Na atual semana, por exemplo, houve boas previsões, conforme informado porPereira Bode Velho, no quadro abaixo. Segundo Gomes, na região de Montes Claros no Norte de Minas, por exemplo, que tem uma precipitação média no mês de novembro, de 197,8 mm, o acumulado do mês já ultrapassa os 55,4 mm.

Na semana (18/11), as vazões do São Francisco praticamente dobraram nos postos de observação de São Romão e São Francisco - 796 m³/s e 737 m³/s - quando comparadas àquelas da semana anterior – 460 m³/s e 403 m³/s -, respectivamente. As vazões no posto de observação de São Francisco continuam menores do que as do posto de São Romão (737 m³/s - 796 m³/s, respectivamente). Houve um discreto acréscimo na vazão afluente em Sobradinho. Atualmente está em 510 m³/s. Na semana anterior ela estava em 490 m³/s. Detalhe: Essa vazão afluente, em Sobradinho (510 m³/s), ainda é um pouco mais da metade do que aquela verificada na defluência da represa, atualmente em cerca de 827 m³/s. Dessa forma, a represa continuará depreciando. Preocupadas com esse fato, as autoridades responsáveis pelo setor hidrelétrico comunicaram da necessidade de reduzirem a vazão defluente, em Sobradinho, para o patamar de 700 m³/s. Essa perspectiva na redução da defluência da represa aumentará os problemas da progressão da cunha salina na foz do rio, fato esse que vem dando certos transtornos no abastecimento do município alagoano dePiaçabuçu, que tem servido à população uma água de péssima qualidade, com elevados teores de sais (água salobra). Em igual situação vivem 70% da população de Aracaju, que são abastecidos com as águas do Rio São Francisco, por intermédio de uma adutora, em Propriá, município sergipano localizado em sua margem direita, a cerca de 60 km de sua foz. Esses descompassos nas afluências e defluências, tanto em Sobradinho, como em Três Marias, irão resultar na rápida depleção dessas represas, cujas necessidades em defluir mais volumes, somadas ao consumo excessivo das águas subterrâneas nos principais aquíferos da bacia hidrográfica do Rio São Francisco, à morte de nascentes, à elevada evaporação existente em seus espelhos d´água (a evaporação no espelho d´água em Sobradinho, nessa época do ano, ultrapassa os 200 m³/s) e o uso da água na irrigação, são as principais causas dessas depreciações.

A esperança de todos é na continuidade das fortes chuvas que já começaram a cair nas regiões do Alto e Médio São Francisco. No entanto, ficaremos atentos, também, para a questão da defluência de Sobradinho, atualmente em cerca de 827 m³/s,  pois havia uma determinação das autoridades do setor, para a sua redução à patamares de cerca de 700 m³/s, conforme recentemente divulgada na mídia.

João Suassuna

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

17 novembro 2016

ESSE PAPA É REALMENTE DIFERENTE! OLHEM SÓ A BELA MENSAGEM DE NATAL.

Do acervo do professor Benedito Vasconcelos Mendes

O Natal costuma ser sempre uma ruidosa festa; entretanto se faz necessário o silêncio, para que se consiga ouvir a voz do Amor.
      
Natal é você, quando se dispõe, todos os dias, a renascer e deixar que Deus penetre em sua alma.
      
O pinheiro de Natal é você, quando com sua força, resiste aos ventos e dificuldades da vida.
      
Você é a decoração de Natal, quando suas virtudes são cores que enfeitam sua vida.
      
Você é o sino de Natal, quando chama, congrega, reúne.
      
A luz de Natal é você quando com uma vida de bondade, paciência, alegria e generosidade consegue ser luz a iluminar o caminho dos outros.
    
Você é o anjo do Natal quando consegue entoar e cantar sua mensagem de paz, justiça e de amor.
    
A estrela-guia do Natal é você, quando consegue levar alguém, ao encontro do Senhor.
    
Você será os Reis Magos quando conseguir dar, de presente, o melhor de si, indistintamente a todos.
      
A música de Natal é você, quando consegue também sua harmonia interior.
      
O presente de Natal é você, quando consegue comportar-se como verdadeiro amigo e irmão de qualquer ser humano.
      
O cartão de Natal é você, quando a bondade está escrita no gesto de amor, de suas mãos.
      
Você será os “votos de Feliz Natal” quando perdoar, restabelecendo de novo, a paz, mesmo a custo de seu próprio sacrifício.
      
A ceia de Natal é você, quando sacia de pão e esperança, qualquer carente ao seu lado.
      
Você é a noite de Natal quando consciente, humilde, longe de ruídos e de grandes celebrações, em silêncio recebe o Salvador do Mundo.
      
Um Feliz Natal a todos que procuram assemelhar-se com esse Natal.
                                                                                                                    Papa Francisco

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mende

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

16 novembro 2016

A FEIURA DE ZÉ FOGUETEIRO

Por Clerisvaldo B. Chagas, 16 de novembro de 2016 - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.592

(CONTO PARA QUEM GOSTA DE LEITURA)

Passando na frente da casa de Chico Dunga, Maria, aquela morena bonita, cheirosa e fofa: gritou: “Vai pra festa, Zé?” Oxente! Aquilo era comigo? “Ô meu fio, me leve com você que pai só confia em gente conhecida. Eu! Tá doido! Um cabra feio que nem eu com uma flor dessas na festa... Homem, eu estava sonhando e ainda nem tinha acordado. 


Mas era de verdade, rapaz, e lá vai eu pela primeira vez na vida de parelha com uma rosa. E você pensa que foi só isso? Maria não quis saber de ninguém e só dançava o forró comigo, parando de vez em quando para esquentar a goela. Diga pelo amor de Deus se São João não era santo forte! Mas também, tantos foguetes que já fiz pra ele... E a fogueirona prometida, maior do que as outras... Estava lá queimando na porta de casa, estalando angico e aroeira.Espiei para cima espiei para baixo, mas o danado do espelho não mentia: o homem era feio mesmo. Todo mundo casando e eu ficando no barricão. Olhe, acho que nos dezoito anos, bruguelo solteiro ali por perto somente eu. Quem diabo queria se casar com um homem desses! Namorada, não arranjava uma para remédio. Eita diabo! Estou cansado de chegar dos forrós, sozinho em casa. Mas São João é forte! Ora, se não é! No começo da madrugada fiz a minha promessa. Derrubei tronco, carreguei lenha e fiz a maior fogueira da redondeza. Agora sim, agora vou para o forró da Rua. Bem vestido, penteado, barbinha de rato... Ô homem feio da gota serena! Vou para o forró ou não vou? O Sim dizia: “vá”. O Não dava cada beliscão na popa da bunda que eu voltava da porta acabrunhado. Mas eu vou, eu vou. Peguei o chapéu quebrado pra cima, de meu pai. Fui à quartinha d’água, passei a mão no fundo e botei aquele dinheiro bom, novo e guardado no bolso. Já visse festa sem dinheiro? Atravessei o punhal comprado na terra de meu padrinho Ciço, no cinto de feira e parti. Não, não senhor, eu não queria furar ninguém... Todavia... Quanto mais mole mais o cão atenta.

O Sol queria passar nos garranchos dos paus quando voltamos para casa. Não vou contar outras coisas para você porque é proibido, entende? Mas com feiura e tudo eu me casei com a fia de Chico Dunga. Todo ano é um menino. No meio-dia de ontem Maria estava na rede e eu perguntei: “Tá pensando o que, mulher?” Ela respondeu: “Ah! Eu estava pensando como é que uma mulher feia e horrorosa que nem eu tem a sorte de casar com um homem gostoso que nem tu?!”

Eita, peste! Foi um parapapá danado por dentro da casa que nem galo atrás da galinha, já visse!?

Nada pesado que um santo prestigioso não pudesse resolver. Toda vez que nasce gente lá em casa eu boto outra fogueira em cima da grandona nas festas de São João. 

E a fogosa da Maria grita do quarto: “Demore não, Zé!”. 

Fim


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LAMPIÃO E A MULHER RENDEIRA

https://www.youtube.com/watch?v=5NLxlmvJS2Y&feature=youtu.be

Publicado em 10 de fevereir de 2014
MEMÓRIA MUSICAL DO CANGAÇO - Mulé Rendeira na voz de Assisão
Fotografias do Grupo - O CANGAÇO

https://www.youtube.com/watch?v=A8RWSw25KKk

Enviado em 5 de mar de 2008
Algumas imagens do filme realizado por Benjamin Abrahão em 1936.
Categoria
Licença
Licença padrão do YouTube

Frase de Lampião

"O Cangaceiro deve ser desconfiado e ardiloso como uma raposa, ter a agilidade de um gato, saber rastejar como cobra e desaparecer como o vento" (Lampião)

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

15 novembro 2016

ESQUERDOPATIA - CAUSAS E EFEITOS

*Rangel Alves da Costa


O presente texto é apenas um aprimoramento de outro recentemente publicado neste espaço (A esquerdopatia e os esquerdopatas), e dessa vez ajustado na tentativa de afastar sua identificação como “um texto pesado, porém verdadeiro”, segundo se expressaram alguns leitores. No restante, a integralidade nas ideias, segundo as noções transcritas.

Uma doença - mais afeiçoada a um transtorno causado por grave desvio de personalidade - se alastra de forma assustadora: a esquerdopatia. Seu conceito: patologia provocada pela não aceitação da realidade após a perda da dominância, com impulsos obsessivos de defesa do indefensável, além de perigosas tendências de reprimir as perdas através de fanatismos e alucinados ataques contra tudo e todos que não sejam portadores da mesma doença ou não façam parte de suas quimeras ideológicas. Seu delírio mais contumaz: É golpe! Sua mais completa alucinação: Fora, Temer!

Para conhecer melhor a definição de esquerdopatia, urge destrinchar sua nomenclatura. Originária do sufixo “patia”, que sempre traz a ideia de doença, seu prefixo denota “esquerda”, ou seja, direção oposta, que numa junção de termos forma a esquerdopatia, também conhecido como esquerdismo doentio. Lênin já havia previsto essa morbidez ideológica no seu ensaio “Esquerdismo, doença infantil do comunismo”. É também denominada ultraesquerdismo. A ultraesquerda é considerada, assim, a base dos esquerdopatas, indivíduos ideologicamente fanáticos e que, em muitos casos e no caso brasileiro, chegam a ultrapassar os limites de seus próprios ideais políticos. 

Noutra acepção, tem a esquerdopatia como uma espécie de doença que leva a negação de qualquer conquista que não seja proveniente de sua ideologia, ao extremismo partidário e à cegueira da verdade real. A esquerdopatia situa-se ainda como um estágio mais crítico das moléstias comportamentais pela perda do poder. Constitui-se num doentio mundo ilusório, onde a única satisfação é culpabilizar os outros pelos próprios erros, lutar com unhas e dentes para a destruição do que vem sendo construído, assenhorear-se do senso de vítima para praticar todos os tipos de atrocidades.

O portador de esquerdopatia afeiçoa-se muito ao lobo em pele de cordeiro, ao medroso que só age de emboscada. Raivoso igual a cão doente, mas só morde através dos outros. Inconformado e prometendo revirar o mundo, porém só age pela mão do outro. Por isso mesmo que se manifesta através de pessoas sem noção crítica da realidade, que não têm condições de se reconhecerem usadas, bem como aquelas que levantam a voz e bandeiras sem ao mesmo saber o motivo de assim fazê-lo.


Suas principais características são o inconformismo, pois teima em negar o que já está comprovado; a fuga da realidade, pois vive num mundo onde só tem validade sua visão partidária; o fanatismo, vez que seu faccionismo partidário chega ao extremo de endeusar lideranças corruptas e até condenadas; o extremismo, pois, através dos outros, utiliza de todas as armas possíveis para a desestabilização; o interesse pessoal, considerando que, muitas vezes, todo o inconformismo diz respeito à perda de benesses e de cargos.

A esquerdopatia se manifesta e se alastra principalmente através da ignorância dos outros. Quando mais a pessoa for jovem, cheia de vigor e de ilusões, mas que não tenha entendimento insuficiente sobre as realidades, mais o esquerdopata procura manipulá-la para a prática de ações que somente a ele e ao seu grupo interessam. O esquerdopata faz assim nos movimentos sociais que ocupam estradas e invadem prédios públicos, na ocupação de escolas, nas passeatas violentas. Enquanto os outros agem, ele se mantém à distância, às escondidas, apenas orientando na desestabilização da ordem pública e social.

As primeiras descrições científicas sobre a doença são originárias da perda de poder pela esquerda. Quando o principal partido político brasileiro da esquerda chegou ao poder, seus partidários se mostravam apenas ansiosos para demonstrar capacidade de transformação de seus líderes políticos perante a encastelada e conservadora elite política brasileira. Mas ao passar a governar, logo ficou patente que os suas principais lideranças possuíam uma mesma patologia: um acentuado desvio de comportamento, com tendência cada vez maior à esperteza, à ilicitude e à corrupção. Uma doença incurável para alguns.

Quando os atos de corrupção perderam o controle e o poder da esquerda começou a desmoronar, então a esquerdopatia começou a se manifestar entre os outrora poderosos esquerdistas. Como não podiam mais defender seus desvios de personalidade, seus anomalias comportamentais e suas ilicitudes, então passaram a contra-atacar. Assim a esquerda, já sem poder e sem moral, não viu outra saída senão tentar, a todo custo, desestabilizar a vida política e social. 

Contudo, como ainda assim nada conseguiu - e feito cão raivoso salivando ódio -, passou a agir como em pequenas guerrilhas urbanas. Sobrevivendo somente dos ódios acumulados pelas contínuas derrotas, os esquerdopatas vivem a cata de qualquer desculpa para orientar a invasão de escolas, ocupação de órgãos públicos, para fazer arruaças, transtornarem a paz social. Protestam contra a direção do vento, contra o brilho da lua, contra tudo, e sempre esquecendo que um dia foi governante.
O problema maior é que, perante o afundamento sem volta da esquerda, o caminho da esquerdopatia é se transformar em loucura, ainda que disfarçada. Aí só haverá um remédio: a lei para colocar o insano em seu devido lugar.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com

AS CANTORAS GÊMEAS.

  Por Saudade Sertaneja Célia Mazzei (Célia) e Celma Mazzei (Celma) nasceram em Ubá, Minas Gerais, em 2 de novembro de 1952. Irmãs gêmeas, i...