Severo
Ricardo Grandson
Como
a nação nordestina
Que
é bastante hospitaleira.
Faço
as honras a essa gente
Que
é humilde por inteira
Nas
mais variadas rimas
A
poesia nordestina
É
a arte mais verdadeira!
Como
todo cidadão
Eu
sou suspeito em dizer,
Que
na nessa bela nação
Em
que me ponho a viver:
"Sou
guiado pelo norte,
sou
honrado pela sorte,
de
nordestino nascer".
Vivo
no meu sertão
Muito
bem obrigado
Nesse
pedaço de chão
Quase
nada tem faltado
Não
me canso de falar:
"Eu
não troco meu lugar
por
nada do seu agrado".
E
assim permaneço vivendo
Por
esse grande sertão
De
tantas vidas sofridas
Mas
que em cada coração
Se
tem uma vala infinda
Que
cada dor e ferida
Nos
dá uma linda lição.
As
dores do nordestino
Como
posso lhe explicar?
É
um grande desatino
Que
me vale ressaltar:
"As
Dores do nordestino
é
de não ter em seu destino
alguém
pra o valorizar".
O
sertanejo trabalha
Faça
sol o ou faça inverno
Para
garantir o feijão
Daqueles
que usam terno
Cultura,
extração e caça
Vendendo
quase de graça
Tudo
pro mercado externo.
Mesmo
assim o mau sulista
Muito
mal agradecido
Lambendo
e se lambuzando
Com
mel por nós produzido
Vem
dizer que é doutor
E
principal merecedor.
"Pense
num povo atrevido!"
E
sem querer apelar
Pra
generalização
Eu
acredito que há
Com
certeza um cidadão
Sulista
que ache errado
Mesmo
ficando calado
Essa
tal situação.
Há
certamente um cristão
Sulista
que não se envolva
Nesta
vã desunião
E
contra ela se mova
Sendo
contra esta ação.
E
agindo com coração
A
igualdade promova.
Acredito
que haja sim
Um
sulista consciente
Que
valorize o Sertão
"O
nordestino é decente!"
No
meio de tanta glória
Do
nordeste na história
No
passado e no presente.
Pois
nordestino nenhum sai
De
seu pedaço de chão
Porque
gosta ou porque quer
Receber
humilhação
O
êxodo nordestino
É
de um pelejar contínuo
Para
conquistar o pão.
E
tenho plena certeza
Deste
fato acontecido
Que
todo e qualquer sulista
Que
seja pra aqui trazido
Por
estrada, mar ou vento
Será
sem ressentimento
Bastante
bem recebido.
Nossa
gente nordestina
É
humilde por natureza
Em
cada canto que vá
Ande
sempre com a certeza
De
que no mundo não há
Exemplo
de bom lugar
Com
tamanha gentileza.
Eu
moro onde tu vens
Desfrutar
das suas férias
Vem
olhar e se encantar
Com
a natureza mais bela.
Ficam
olhando feito bobo
E
lembrando que o ano todo
A
gente reside nela.
E
venha sempre que puder
Pra
minha terra natal
Sei
que aqui é bem melhor
Do
que qualquer capital.
"O
nosso nordeste é lindo!"
E
onde mais tu és bem-vindo
É
nas terras do meu quintal
Tenho
pena do sulista
Que
usa a Xenofobia
Pra
descontar o estreasse
Trazido
do dia-a-dia
Como
se o preconceito
Tirasse
raiva do peito
Transformando
em calmaria.
Dizendo
que nordestino
É
um povo atrasado
Que
é o atraso do Brasil
No
mundo globalizado.
Como
se pro grande aumento
Desse
desenvolvimento
Só
eles têm trabalhado.
Pois
grande parte dos prédios
De
casebre à arranha-céu
Teve
braço nordestino
Que
só recebe o troféu
De
ser o pobre coitado
Duramente
injustiçado
Que
ignorância cruel!
Os
que não dão importância
Ao
pelejar nordestino
Precisam
reconhecer
Que
esse ódio tão cretino
Bate
com intensidade
No
escudo da verdade
E
volta no seu destino.
O
nordestino responde
Com
calma e sangue na veia
A
toda essa injustiça
Que
o Mau Sulista semeia
Fazendo
da indiferença
Uma
palmatória imensa
E
lhe dando uma grande peia.
A
humildade nordestina
É
algo pra se orgulhar
De
parar pra refletir
E
de sempre admirar
Beleza
quase perfeita
Do
povo que se deleita
Da
vida nesse lugar.
Tenho
um orgulho profundo
De
ser filho desta terra
Sou
feliz completamente
E
digo: "Ai quem me dera
viver
sempre no sertão
não
sair do meu torrão
meu
humilde Pé-de-Serra".
Poeta
Popular Potiguar, natural de Olho D´água do Borges.
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