Por Marcos de Carmelita
Marcos de Carmelita e Cristiano Ferraz
Quando tivemos a ideia de escrever um livro sobre um tema tão complexo e polêmico como é o cangaço, sabíamos o que iríamos enfrentar pela frente. Não foi fácil chegar aonde chegamos e conseguir descobrir tantos segredos guardados a sete chaves. Fotografias sonhadas por muitos pesquisadores. É parceiro, o nosso trabalho começa a ser reconhecido. Uma pesquisa séria e comprometida com a verdade dos fatos e que foi aprovada por mestres como Frederico Pernambucano, Leonardo Gominho, João de Sousa Lima e Manoel Severo. É gratificante poder trazer ao conhecimento do público, tanta informação que estava guardada, intocável.
Jamais escreveríamos um livro repetitivo ou copiado, como se vê muito no mundo do cangaço. É por isso que as vezes sou um pouco rude com alguns, quando postam comentários dizendo que são possuidores e escritores de livros completos. Completo só nosso senhor Jesus Cristo. A nossa intenção não é atingir nenhum outro autor. Mas é preciso às vezes ser autêntico, sertanejo, florestano. E dizer em alto tom: "respeita Januário seu coisa". Como disse o nosso padrinho Frederico Pernambucano e o apresentador João de Sousa Lima, tinha que ser gente da terra para descobrir esses segredos. Um abraço a todos. Fiquem com Deus. As cruzes do Cangaço - Os fatos e personagens de Floresta em grande lançamento no Cariri Cangaço Floresta dia 26 de maio deste 2016.
A história não pode ser construída quando pesquisadores fazem uma ou outra visita e já partem para escrever e transmitirem para a posteridade fatos mal colhidos. Os sertanejos de Floresta têm disso. Não confiar seus segredos a pessoas que não são da região. É preciso conviver com os personagens diariamente, pegar eles num dia bom e numa véia boa. Por isso a distorção dos fatos será corrigida. Na época que pesquisadores vinheram para Floresta nos anos 60/70 mais ou menos ainda era muito perigoso se falar em assuntos referentes a esses acontecimentos. O silêncio e o medo sempre dominaram o sertão. Por isso o motivo de se conhecer muito pouco sobre o cangaço em Floresta. Fomos felizardos e acertamos na época certa, além do mais somos policiais conhecidos e respeitados na região e devido a esse conhecimento com o nosso povo, eles nos deram esse voto de confiança para contarmos a verdadeira história deles.
Túmulos no cemitério São Miguel em Floresta
Os túmulos no cemitério São Miguel em Floresta, onde foram enterrados o Capitão e o Tenente, mortos no tiroteio dentro do Batalhão da cidade ocorrido em 1930. Uma notícia boa. O livro As Cruzes do Cangaço - Os fatos e personagens de Floresta está concluído. Eu e Cristiano temos o prazer de revelar de antemão a quantidade de páginas de algumas histórias escritas. Tiroteio das Caraíbas com 20 páginas, Chacina da Tapera com 50 páginas, Lampião é baleado no Tigre com 14 páginas, o fogo da Favela com 8 páginas, a morte de Garapu e dos cangaceiros Zé Marinheiro e Sabiá com 13 páginas, tiroteio e mortes no Batalhão, o sequestro de Macário e as mortes de Aureliano Sabino e Pedro Juremeira, Moreno na Varjota, enfim. Além de mais de 120 fotos inéditas: Tapera dos Gilos (54) e por aí vai. Lançamento na abertura do Cariri Cangaço Floresta dia 26/05/2016.
Marcos de Carmelita
Pesquisador e Escritor
Floresta-PE
Marcos de Carmelita
Pesquisador e Escritor
Floresta-PE
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