Por Cristiano Ferraz
Faleceu ontem aqui em Floresta seu Oscar. Ele era a última testemunha viva da Chacina da Tapera ocorrida em 28 agosto de 1926.
Ele foi uma das primeiras pessoas a chegar à fazenda dos Gilo com seu pai e ajudou a sepultar as vítimas. No ano passado eu e Marcos De Carmelita Carmelita o entrevistamos sobre os fatos ocorridos naquele dia de triste memória. Que Deus conforte sua família.
Marcos de Carmelita, seu Oscar e Cristiano Ferraz
O escritor e pesquisador do cangaço José Sabino Bassetti disse:
Na Tapera Lampião teve a oportunidade de provar ser um justiceiro se assim o fosse.
Vejamos: Horácio Novaes, inimigo dos Gilo, forjou uma carta onde Manoel Gilo ofendia e desafiava Lampião. Unido com o grupo de Horácio, Lampião atacou e trucidou uma dezena entre familiares e pessoas que fizeram a defesa casa dos Gilo. No final, Manoel foi preso e levado a presença de Lampião onde disse não ter intriga com ele. Lampião mostrou a carta recebida, Manoel negou e acusou Horácio de ter enviado tal carta. Desmascarado, Horácio atirou na cabeça de Manoel que morreu na hora. Lampião percebendo que fora enganado por Horácio o mandou embora com seu grupo. Se Lampião tivesse algum senso de justiça, teria eliminado Horácio naquele momento, mas não, preferiu botar panos quentes e não puniu Horácio, que havia causado a morte de um punhado de bravos inocentes. Com a morte do seu Oscar, la se vai a última testemunha viva de um dos mais tristes fatos ocorrido no cangaço. Nossas condolências a família.
Francisca
Alencar disse o seguinte:
De fato, Horácio Novaes merecia morrer, pois pode se dizer,
foi ele o autor da chacina que é tão usada até hoje para denegrir Lampião, além
de ter usado o próprio Lampião, para fazer o que por certo não se atreveria
fazer sozinho.
Fonte: facebook
Página: Cristiano Ferraz
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