6 de set. de 2016

“DEPOIS DE MIM, O DILÚVIO”

Por Clerisvaldo B. Chagas, 5 de setembro de 2016. - Escritor Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.569

Finalmente os bandidos venceram. Uma quadrilha orquestrada e inconformada com a vitória dos pobres; com as conquistas dos negros em universidades; com a interiorização de cursos superiores; com os direitos dos idosos; Com o crescimento sistemático do Nordeste. Com a escancarada roedeira em perder para um torneiro mecânico; com o mais médico para os infelizes; com o salário mínimo crescente para a pobreza; com a minha casa minha vida para o miserável; com a falta de voto no bizaco; com a ameaça constante de prisão pela Lava Jato e mais e mais e mais...

                                         
“A História da Revolução Francesa e da própria França foi marcada, pelo menos a partir de 1792, pelo percurso destes dois homens e pela tensão que entre eles se estabeleceu. Perdido às mãos de Robespierre, que provocaria a sua morte em 5 de abril de 94, Danton profetizou, a caminho do cadafalso, igual destino para o seu rival: ‘Vil Robespierre! Tu me seguirá. Tua casa será arrasada, e o solo que a sustenta semeado de sal’. A 28 de julho do mesmo ano seria a vez da cabeça de Robespierre rolar para o cesto de Samson”.

Fazemos aqui às vezes de Dilma e de Danton: “Vil infeliz traidor e golpista Temer! Tu me seguiras!”

Já iniciou o desmonte do Brasil. Os direitos conquistados pelos pobres, pelos humildes, pela classe trabalhadora, começam a desabar como castelos de cartas. Ninguém sabe agora qual o futuro do país com essa quadrilha denunciada constantemente pelos jornais do mundo inteiro. Quem sabe se a Lava Jato continuará e fará justiça a todos! Os bandidos continuarão no poder dando às diretrizes aos cidadãos de bem! As forças armadas perderão a paciência e fecharão as casas dos poderes repletas de ladrões? O povo pegará em armas?

Ah! Faltou à legítima presidente dizer como Luís XV disse na França: “Depois de mim o dilúvio”.



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